-Imagem (1.2480560)Atualizada às 15h42.O suspeito de balear o policial civil aposentado João do Rosário Leão, de 62 anos, na manhã desta segunda-feira (27) possui três processos contra ele no sistema judiciário goiano. Todos eles são relacionados à ameaças e crimes contra a mulher. O homem de 26 anos que foi até a farmácia onde João do Rosário estava trabalhando é réu em um processo por ameaça, que foi registrado na comarca de Aruanã em novembro de 2020. Em janeiro de 2021, uma mulher em Goiânia conseguiu medidas protetivas contra ele baseadas na Lei Maria da Penha.O processo que consta o suspeito como réu também foi registrado em Goiânia e consta que o homem responde judicialmente por crimes contra a fé pública, supressão de documentos, crimes contra a liberdade pessoal, ameaça e violência doméstica contra a mulher.Leia também: - Homem é baleado dentro de farmácia no Setor Bueno, em Goiânia- Polícia indicia suspeita de injúria racial contra motorista gestante: "Preta gorda"Tiros dentro de farmáciaO policial civil aposentado João do Rosário Leão, de 62 anos, foi baleado dentro de uma farmácia localizada no setor Bueno, em Goiânia, na manhã desta segunda-feira (27). Conforme testemunhas no local, o homem é dono do comércio e teria sido baleado pelo ex-namorado de uma de suas filhas, que é ex-vigilante penitenciário temporário e atuava na Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM).João do Rosário Leão seria dono da farmácia e vinha ajudando as filhas no atendimento e gestão da farmácia, localizada na Avenida T-4. Ele estava atrás do balcão quando foi atingido pelo menos duas vezes: na cabeça e no tórax.O suspeito, conforme informações preliminares, tentava uma reconciliação com a mulher e João do Rosário seria contrário à volta do casal.Testemunhas do casoO suspeito teria chegado de carro, efetuado os disparos e fugido logo em seguida. Relatos de testemunhas dão conta de que uma mulher gritava muito dentro do estabelecimento, o que fez com que a Polícia Militar fosse acionada por terceiros.A funcionária de um comércio que fica perto do local do crime relata ter ouvido cinco disparos. A mulher ainda disse que viu quando o suspeito saiu da farmácia andando tranquilamente, guardou a arma no bolso, entrou em um carro branco e fugiu.A vítima foi levada para um hospital particular localizado em frente ao estabelecimento. Em seguida, ele foi transferido para o Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). O estado de saúde dele ainda não foi divulgado. No entanto, informações preliminares dão conta de que ele deu entrada no centro cirúrgico da unidade.Registro de ocorrênciaNeste fim de semana, João do Rosário Leão havia informado à polícia que esteve em uma festa junina acompanhado da filha e do genro e que seu genro estava na rua, embriagado, efetuando disparos de arma de fogo. João e a filha o levaram para casa e ele ouviu uma discussão entre o casal.A briga seria porque a filha de João do Rosário estaria impedindo o homem de sair de casa embriagado. O genro, então, teria ficado nervoso e atirou novamente pra cima, dentro da casa. Logo em seguida, ameaçou matar pai e filha. João do Rosário informou à polícia que a filha vinha sofrendo diversas ameaças. O autor já possuiu porte de arma.SMM informa que vai exonerar suspeitoA Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) confirmou que o suspeito de balear João do Rosário foi nomeado recentemente para o cargo comissionado de gerente de sinalização da pasta. A nota da secretaria destaca que que a pasta "em nada tem ligação com o fato ou com a vida pessoal do suspeito" e que ele será, imediatamente, exonerado do cargo.