Dois homens foram presos na última segunda-feira (13) suspeitos de emprestarem as contas bancárias para uma organização criminosa que atraia vítimas por meio de anúncios de vendas de ágios de automóveis. As prisões foram realizadas pela Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA) e são resultado da Operação Ágio Premiado, desencadeada no segundo semestre de 2021.De acordo com as investigações, a organização anunciava em jornais, na OLX e em redes sociais a venda de ágios de um veículo com parcelas de financiamento reduzidas. As vítimas, por sua vez, entravam em contato pelos números anunciados e quem atendia se identificava (de forma falsa) como sargento do Corpo de Bombeiros Militar. Ele dizia, inicialmente, que já tinha vendido o automóvel anunciado.Antes de finalizar o contato, entretanto, o criminoso afirmava que tinha um familiar, que era pastor, interessado em vender um veículo em condições semelhantes. Neste momento, as vítimas telefonavam para a pessoa que alegava urgência em quitar uma dívida. Segundo a Polícia Civil, o estelionatário convencia a vítima a transferir aproximadamente R$ 5 mil como sinal.Contas bancárias vendidasOs dois presos na última segunda-feira (13) foram identificados como responsáveis por vender suas contas bancárias para a associação criminosa. Com isso, eles viabilizavam a continuidade dos golpes. As investigações continuam com o objetivo de identificar novos envolvidos.A operaçãoEm setembro de 2021, quatro mandados de prisão temporária e três de busca e apreensão foram cumpridos contra um grupo suspeito de aplicar golpes anunciando a venda de um ágio de um veículo com parcelas de financiamento reduzidas. As ordens judiciais foram executadas em Aparecida de Goiânia e em Senador Canedo, na região metropolitana da capital.Entre os presos, segundo a Polícia Civil (PC), estaria o líder do grupo. Ele já tinha sido detido em 2014 pelo mesmo crime. De acordo com a polícia, o investigado tem facilidade em fazer várias vozes e se utiliza disso para enganar as vítimas.A quadrilha estaria atuando desde 2019, segundo a polícia. Mais de 20 pessoas foram identificadas por venderem ou emprestarem cartões bancários para os estelionatários. No ano passado, mais de 30 vítimas foram identificadas.Leia também: Grupo suspeito de aplicar golpe do ágio premiado é alvo de operação em Aparecida e em Senador Canedo