O grupo de trabalho criado pela Prefeitura de Goiânia para discutir o valor a ser cobrado na Taxa de Limpeza Pública (TLP) estabeleceu duas hipóteses para a fórmula de cálculo, e em ambos os casos o limite seria de R$ 300 anuais por contribuinte, ou R$ 25 por mês. Na primeira possibilidade, considerando o tamanho da área do imóvel, será cobrado R$ 1 por mês para cada 10 m², tendo como limite até 250m². Mais que isso o contribuinte segue pagando R$ 25 mensais. Na segunda, levando em conta o consumo de água, para cada 10m³ consumidos mensalmente, será cobrado R$ 10 na taxa de lixo, chegando também ao limite de R$ 25 por mês e R$ 300 por ano.Imóveis no valor venal que consta no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) até R$ 60 mil estariam isentos da taxa, independentemente do tamanho do imóvel ou do consumo da água.O presidente da Agência de Regulação de Goiânia (AR), Paulo César Pereira, afirmou que nos dois modelos se conseguiria cobrir os custos de R$ 135 milhões pela gestão de resíduos domésticos.Conforme O POPULAR mostrou ontem, apesar de a Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg), empresa pública que presta este serviço, ter afirmado que os custos girariam em torno de R$ 160 milhões por ano, relatório da AR aponta que o valor, na verdade, é 15% menor.O grupo de trabalho também avalia a forma como a taxa será cobrada, e são três possibilidades por enquanto: um boleto próprio a ser enviado para os contribuintes, junto com a conta da água e esgoto ou junto com o IPTU. Nas duas primeiras, a cobrança seria mensal.Até o final de semana, o grupo quer apresentar ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos) as simulações de valores que serão cobrados, até para saber qual seria a taxa média da cidade. Ainda não foi levantado quantos contribuintes pagariam o valor máximo.Paulo César argumenta que as duas fórmulas são simples de calcular e estimulam a redução de produção de lixo, pois quanto menor o custo total com o lixo menor as duas contas. No caso do cálculo envolvendo o consumo de água, Paulo César explica que quanto menor o consumidor gastar com água também interfere no valor da taxa a ser cobrado.Em entrevista na manhã desta terça-feira (3), o prefeito disse que ainda não teve acesso a estas fórmulas desenvolvidas pelo grupo, mas voltou a dizer que “não é interesse de nenhum gestor cobrar taxa de ninguém” e que busca a menor de todo o país.Cruz também afirmou não ter previsão de quando ela começaria a ser cobrada. Isso só seria possível após a aprovação do projeto de lei que tramita na Câmara Municipal.