Duas semanas após o retorno presencial das aulas na rede municipal de Goiânia, houve 57 casos positivos de coronavírus entre os 2.848 exames realizados na testagem ampliada. Nenhum deles foi em aluno.Até esta terça-feira (31), a Secretaria Municipal de Educação (SME) havia feito cinco rodadas da testagem em locais distintos para alunos, pais, professores e demais servidores. O serviço visa a atender voluntariamente quem não tem sintomas da Covid-19.Na primeira rodada, em 17 de agosto, foram realizados 342 testes, com dois deles positivos, ou seja, 0,6% do total. Desde então, o porcentual vinha subindo e chegou a 2,8% no último dia 27. Na parcial desta terça-feira, foram 590 pessoas que passaram pela avaliação com 14 delas positivadas: 2,4% (veja quadro).A parcela de casos positivos na rede de ensino é inferior à da capital em geral, afirma a SME. Na população total é de 7%.A avaliação geral do titular da SME, Wellington Bessa, é de que a situação está controlada. “A parcela está muito abaixo das testagens de maneira geral. O que significa que nossos protocolos estão sendo seguidos à risca e estão surtindo efeito.”O secretário pontua, entretanto, que mesmo com o porcentual baixo de positivos na comunidade escolar, a situação é de alerta. “Nós não podemos em momento nenhum deixar de nos preocupar.”As aulas presenciais na rede municipal de Goiânia foram retomadas no último dia 16. A secretaria municipal firmou em 50% a parcela de lotação das salas de aula. Bessa afirma que está em torno de 20% o quantitativo de alunos nas unidades de ensino. Ainda segundo Bessa, neste momento não há a intenção de aumentar este porcentual.“Nós colocamos à disposição de todos os nossos servidores da educação infantil e educação fundamental máscaras, face shield e álcool em gel”, ressalta o secretário, ao acrescentar que também houve envio de verba específica para a preparação das unidades para o retorno.A rede municipal de ensino da capital tem 372 unidades, entre escolas Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), que atendem a 108 mil alunos e onde trabalham menos de 17 mil servidores públicos.O protocolo da SME estipula que em caso de algum servidor ou aluno apresentar sintoma da Covid-19, o mesmo é encaminhado para uma unidade de saúde. Se houver confirmação da suspeita da doença, todas as pessoas que tiveram contato com ele devem ser testadas.A testagem ampliada é realizada em pessoas que não apresentam sintomas. Se for apurado o diagnóstico positivo para a Covid-19, e se tratar de professor, o mesmo será afastado e um substituto assume a turma, segundo o secretário.Neste caso, todos os alunos e servidores que tiveram contato com o mesmo param de frequentar a unidade de ensino e só retornam à escola ou Cmei após apresentar um teste negativo para a doença.Até o momento, conforme informação da assessoria de comunicação da SME, não houve nenhuma unidade com diagnóstico de dois ou mais servidores.A pasta informou também que os casos verificados não apresentaram a necessidade de interromper o trabalho em nenhuma sala de aula ou unidade.O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) afirma estar acompanhando o retorno das atividades presenciais tanto em Goiânia, como nas demais cidades do Estado. “Nós estamos cobrando a antecipação da segunda dose contra a Covid-19 para imunizar completamente os profissionais e também dando suporte para que eles possam ter mais tranquilidade”, diz a presidente Bia de Lima.A presidente afirma que a posição do Sintego é a defesa da vacina e que os trabalhadores que se negaram a receber a proteção precisam mudar de posição.O sindicato criou um disque-denúncia para receber queixas de situações nas quais haja exposição ao risco de transmissão. O número é o 62 9.9519-4832.-Imagem (1.2312206)