A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) de Goiânia estuda liberar parte das pistas da trincheira do Complexo Viário Luiz José Costa, localizado no cruzamento da Avenida Jamel Cecílio com a Marginal Botafogo, para que motoristas que trafegam pela marginal no sentido centro-sul possam seguir em direção ao Setor Pedro Ludovico e à Segunda Radial sem precisar passar pelo desvio sobrecarregado pela Rua PL-3 até a Jamel Cecílio e às ruas do Setor Pedro Ludovico.O prazo para a entrega do complexo, que leva o nome do cantor Leandro, falecido em 1998, da dupla com Leonardo, é em maio e apesar da intenção de liberar a trincheira antes não há uma data para isso. Neste trecho da obra falta asfaltar as vias e fazer a marcação do meio-fio e sinalização. Como estamos no período de fortes chuvas, é considerado um serviço mais demorado, refém da meteorologia.A liberação da trincheira também permitiria que fosse utilizada a pista da marginal expandida entre a Jamel Cecílio e a segunda radial, cujas obras estão prontas desde o final de 2020 no sentido centro-sul e mais recentemente no outro sentido, faltando apenas alguns detalhes.O trecho de acesso à Jamel pela Rua PL-3 para quem sai da Marginal Botafogo no sentido centro-sul é considerado, atualmente, um dos piores pontos de engarrafamento da cidade, assim como no cruzamento da marginal com o viaduto da 88. Ambos pelo menos motivo, a construção do complexo viário.A estrutura do complexo já está praticamente concluída. No local poucos operários da vencedora do processo licitatório aparecem para acertar detalhes da obra, mas o local já estaria pronto para receber veículos, não fossem os serviços que faltam ser feitos pela Prefeitura: asfalto da trincheira e nas pistas de acesso, sinalização, grades de proteção e iluminação.O complexo é composto por três partes. O viaduto que liga a Avenida Jamel Cecílio foi inaugurado no dia 22 de dezembro de 2020, nos últimos dias de gestão do prefeito Iris Rezende, que morreu no ano passado. Já na rotatória que conecta a Alameda Leopoldo de Bulhões ao complexo e na trincheira faltam os serviços da prefeitura, sendo que nesta última é principalmente o asfalto e a pintura.A Seinfra afirma que na próxima semana, “se o tempo estiver adequado”, serão retomados os serviços de pavimentação, “que demandam um bom tempo”.Até lá, a rotatória tem sido usada por pedestres e motociclistas como atalho para atravessar o complexo e o trecho expandido da marginal até a Segunda Radial, que estava liberada para motoristas que vinham da Alameda Leopoldo deBulhões está bloqueada. O canal por onde passa o córrego Botafogo está concluído desde junho de 2021.No final do ano, O POPULAR mostrou que o complexo estava com 94% das obras concluídas. A entrega foi adiada algumas vezes desde o primeiro prazo, previsto para o final de 2020. O mais recente era agosto de 2021, antes ser adiado para dezembro do ano passado e novamente para maio de 2022.Também no final do ano, O POPULAR mostrou que o viaduto da Jamel Cecílio é considerado por especialistas em trânsito um dos pontos de maior risco para pedestres em Goiânia, por não ter espaços adequados para a travessias deles. Isso não impede que cidadãos percorram a pé o local, seja nas vias de acesso ainda não liberadas seja onde passa um grande fluxo de veículos.As obras no complexo tiveram início em setembro de 2019. Ao todo, custou R$ 26,4 milhões. Há previsão da construção de um monumento sobre o elevado, em formato de anéis e com 41 toneladas de aço, mas esta parte da obra ficou para um futuro ainda não definido, com abertura de outro processo licitatório.O complexo é considerado uma obra estratégica para o trânsito de Goiânia por conectar bairros populosos, uma área comercial forte e o centro da cidade, além de ser uma região de grande fluxo de veículos tanto no sentido norte-sul como leste-oeste.