Uma troca de bebês é investigada pela Polícia Civil de Goiás. O caso aconteceu no Hospital São Silvestre, em Aparecida de Goiânia, região metropolitana.De acordo com titular da Delegacia de Proteção a Criança e do Adolescente (DCPA), responsável pelo caso, o erro foi descoberto durante o procedimento de alta da mãe e do recém-nascido. A recepcionista da unidade de saúde constatou a troca após checagem da pulseira de identificação, no dia 31 de dezembro do ano passado, e informou a direção.A investigação levantou que no mesmo dia o hospital realizou um exame de DNA para o cruzamento do material genético da mulher e da criança. O resultado saiu no dia 24 de janeiro, e confirmou que os bebês haviam sido trocados.Ainda conforme a delegada Bruna Coelho o erro foi registrado na Policia Civil no mesmo dia em que saiu o resultado do exame, pela advogada do hospital, Luciana Luiza de Castro Azevedo. No registro, foi informado que o hospital tentou destrocar os recém-nascidos, porém devido à emoção, as famílias decidiram ficar com as respectivas crianças.A delegada informou que vai intimar as equipes responsáveis pelo parto e de acompanhamento neonatal dos bebês e das mães, a recepcionista que identificou o erro, testemunhas, além dos pais das crianças.Conclusão do inquéritoO inquérito deve ser concluído após os depoimentos e a realização de um novo teste de DNA, que pode levar até 30 dias, e deve se basear no artigo 229 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Somente após a conclusão, será realizada a destroca das crianças. O que diz o Hospital“O Hospital São Silvestre vem através desta informar que no dia 29/12/2021, houve quebra de protocolo após o nascimento de duas crianças. A situação foi percebida quando da alta médica de uma das mães, sendo que de imediato as duas famílias foram comunicadas e foi solicitado pelo Hospital a realização de teste de DNA. As famílias se mostraram resistentes a todo momento a qualquer exame, o qual levaria quinze dias para ficar pronto (conforme determinação do laboratório responsável pelo exame).O resultado do exame foi informado as famílias na última segunda feira (24/01/2022), todavia devido a emoção da situação vivenciada, as famílias não levaram o resultado, o qual foi disponibilizado e já entregue a uma das famílias quando procuraram o Hospital.Não procede a informação de negativa por parte do Hospital de demonstrar qualquer documento ou exame realizado. Sempre nos colocamos a disposição de qualquer um dos pais.Informamos que o Hospital abriu processo administrativo interno ainda no dia 01/01/2022 para apuração dos fatos e das responsabilidades, e já houve a suspensão de vários envolvidos. Ontem, dia 27/01/2022, o Hospital solicitou abertura de investigação na Delegacia de Proteção a Criança e do Adolescente, para que auxiliasse o Hospital na condução do caso e na troca dos bebês, se for caso.Hoje foi protocolado petição ao Ministério Público, para que preste o mesmo auxílio, tendo em vista tratarem-se de duas crianças. O Hospital entende a gravidade dos fatos, e se coloca, como se colocou em todos esses dias, a disposição das famílias ao que for necessário a fim de tentarem encontrar o melhor caminho.A psicóloga do Hospital procurou as duas famílias para prestar assistência, mas não foi aceito, e reafirmamos a disponibilidade desta profissional para auxiliar na condução do caso. O Hospital reafirma que entende a gravidade dos fatos, e da dor nas duas famílias e se dispõe a prestar qualquer auxílio que se fizer necessário para solucionarmos os fatos da melhor maneira possível.”