Com a utilização de peças comerciais de fácil acesso, o projeto Pneuma da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação da Universidade Federal de Goiás (EMC-UFG) desenvolveu um protótipo de respirador mecânico, com preço de custo de R$ 15 mil por unidade, valor que depende da quantidade de empresas que participarão de um consórcio proposto pela UFG para a produção em série do equipamento. O item será apresentado neste sábado (9), às 10 horas, no prédio da EMC, do Câmpus Samambaia, e a expectativa é de produção de 20 unidades por semana. O produto pode ser uma alternativa para a utilização neste momento de pandemia em função do novo coronavírus, tendo em vista a grande demanda mundial pelo aparelho.O professor da EMC Sigeo Kitatani Júnior relatou que o protótipo é uma solução paralela aos ventiladores comerciais e toda a elaboração do projeto visou à criação de uma linha de produção, prezando para que parâmetros técnicos de segurança do paciente sejam plenamente garantidos.A universidade já está em contato com empresas candidatas a essa produção. Uma das empresas irá submeter o projeto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercializar o ventilador. Ele explica que como a empresa não tem linha de produção para fabricar todos os componentes, os pesquisadores sugeriram modificações nos produtos originais e nas linhas de produção de outras empresas para capacitá-las para serem fornecedoras da empresa que pedirá o registro. A UFG, que é detentora do projeto, disponibilizará o direito da produção para esta empresa, para produzir ventiladores para a rede pública de saúde. Para testar este formato de parceria, mesmo antes de ter o registro na Anvisa, a Universidade produzirá algumas unidades – com o intuito de preparar e testar a linha de produção proposta.O preço médio de um respirador encontrado no mercado é de R$ 60 mil e o prazo de entrega gira em torno de 90 a 180 dias. Com a evolução da crise, muitos destes prazos poderão não ser cumpridos: “Poderemos chegar a uma produção de 20 ventiladores por semana, caso tenhamos todos os recursos, inclusive de preparação das empresas”, ressalta Sigeo.O projeto Pneuma também recebe a contribuição do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), bem como de agentes de outras iniciativas públicas e privadas. Dentre os voluntários, estão profissionais como médicos, engenheiros mecânicos, engenheiros eletricistas, técnicos em mecânica, entre outros.