A Universidade Federal de Goiás (UFG) está solicitando e recomendando que estudantes bolsistas que moram nas Casas do Estudante Universitário (CEUs) voltem para suas cidades de origem. O objetivo é evitar aglomerações e a falta de funcionários suficientes para realizar os serviços de limpeza e alimentação. As empresas terceirizadas responsáveis por esses serviços diminuíram a quantidade de trabalhadores para conter a disseminação do novo coronavírus. Goiânia possui seis CEUs que abrigam cerca de 300 estudantes, sendo três no tamanho de casas comuns e três com estrutura mais ampla. Na tarde desta quinta-feira (19) havia 174 alunos, já que muitos deixaram a capital após a universidade suspender as aulas no último domingo (15). A previsão é que até o final da semana a lotação chegue em 130 estudantes, segundo a pró-reitora de assuntos estudantis da UFG, Maisa Miralva da Silva. “Vamos dar apoio para quem ficar e para quem vai sair”, garante a gestora. Ela diz que a saída dos alunos das Casas já era um movimento que estava acontecendo e que a universidade pode pagar a passagem para quem não tem condições de voltar para a casa. As bolsas em dinheiro serão repassadas normalmente. Segundo Maisa, a decisão pela saída dos estudantes foi tomada após ouvir especialistas em Saúde da própria universidade. “O que vai garantir a segurança não é o fato de estar aqui ou em outra cidade. O que vai garantir é o comportamento de isolamento social da pessoa”, assevera a pró-reitora ao ser questionada sobre a possibilidade de um estudante levar o vírus para outro município. O reitor, Edward Madureira, também afirma que a saída é opcional. Um e-mail com o pedido da universidade repercutiu de forma negativa nas redes sociais por ser visto como uma espécie de despejo. “Talvez o tom do e-mail tenha levado a alguma interpretação, mas não é impositivo”, diz. Ele sugere que, quem não puder voltar para sua cidade, fique na casa de algum amigo ou familiar. De qualquer maneira, a UFG diz que vai haver alimentação para quem permanecer nas Casas, seja fornecendo os alimentos para preparo ou marmitas. “Vamos nos desdobrar”, garante Edward. Atualmente o Restaurante Universitário (RU) está fechado e os moradores das CEUs estão recebendo marmitas.