Depois de confirmar as projeções em duas notas técnicas, a Universidade Federal de Goiás (UFG) atualizou os estudos e prevê de 129 a 162 mortes por dia por coronavírus no Estado no final de julho se o isolamento social não aumentar. Os dados da terceira nota técnica foram apresentados na manhã desta quinta-feira (28) por especialistas da UFG em videoconferência promovida pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) com participação de prefeitos, entidades do setor empresarial e representantes dos poderes e órgãos autônomos.De acordo com o estudo, o pico da pandemia em Goiás ocorrerá no final de julho, com previsão de pelo menos 5.360 mortes, podendo chegar a quase 6 mil, se mantivermos o índice de isolamento registrado nas últimas semanas. A nota técnica, produzida pelo Grupo de Modelagem da Expansão da COVID-19 em Goiás, apresenta três cenários como possibilidades para o avanço da doença no Estado. No cenário azul, com isolamento de 50% a 55%, a projeção é de 634 a 839 mortes até 31 de julho. Já no cenário verde, com média de isolamento de 38,29%, os óbitos previstos são de 3.443 a 4.054 no mesmo período. No pior cenário, o vermelho, com média de isolamento de 37,91%, as mortes seriam de 5.360 a 5.938.O isolamento registrado ontem no Estado foi de apenas 36,1%. "Não é o momento de relaxar", afirmou a professora e pesquisadora Cristiana Toscano.Antes da apresentação do estudo pela UFG, o governador pediu na videoconferência que o presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi, expusesse um resumo das reivindicações do setor empresarial pela retomada das atividades. Marcelo estava no Paço Municipal, onde ocorre reunião com o comitê de crise da Prefeitura para definir critérios e protocolos para ampliar a flexibilização na capital. O prefeito Iris Rezende (MDB) anunciou ontem que na segunda-feira haverá permissão para mercados municipais, imobiliárias e treinos coletivos. O Paço discute ainda a reabertura de shoppings e lojas da Rua 44.