O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Goiás (UFG) aprovou, por unanimidade, o uso do nome social da pessoa travesti ou transexual em documentos oficiais da instituição. A aprovação aconteceu na sexta-feira (20) e altera a Resolução Consuni nº 14/2014, de 23 de maio de 2014. A partir de agora, o nome social constará no histórico escolar, certificados, certidões, atas de reuniões e defesas, e demais documentos oficiais relativos às atividades acadêmicas estudantis. Já o nome civil estará no verso dos documentos. No caso do diploma de conclusão de curso, as concordâncias de gênero poderão ser feitas para acompanhar o nome social, a critério do estudante. As mudanças estarão presentes não apenas nos documentos, mas também no tratamento do dia a dia. O estudante deverá ser sempre chamado oralmente pelo nome social, sem menção ao nome civil, inclusive na frequência de classe ou em qualquer solenidade da universidade. Leia também:- Mudança no Passe Livre gera entraves a estudantes em Goiás- UFG oferece cursinho para estudantes de baixa renda- UFG aprova novo modelo de ingresso na graduaçãoJordana Viana, de 21 anos, é estudante de Jornalismo e comemorou a decisão do Consuni. Para ela, a nova medida é um sinal de respeito. “É muito ruim quando você está na sala de aula e não te chamam por aquele nome que você mesmo já reconheceu como sendo a sua identidade. O nome social é quem eu sou de verdade. Não quero ser chamada por um nome que eu já fui um dia”, disse ao POPULAR. A estudante afirma que dessa maneira, as pessoas poderão vê-la da mesma forma que ela se vê. A reitora da UFG, Angelita Lima, afirmou que mudança é um importante passo para a universidade. “Quando nós damos esse passo, nós criamos condições para que as pessoas que reivindicam nome social, por quaisquer que sejam suas motivações, elas estejam adequadamente incluídas, a partir do nome. É uma implementação adequada, justa e necessária em todos os âmbitos na UFG”, disse.