-Imagem (1.2583718)Após a morte da psicóloga Bruna Nunes de faria, de 27 anos, na última quarta-feira (21), durante a realização de um exame ressonância magnética do coração em Goiânia. Sua mãe, a professora de educação física Jane Alves de Souza, denuncia que houve falta de preparo por parte da equipe médica que atendeu a jovem no momento em que ela começou a passar mal. Um vídeo mostra quando os socorristas e paramédicos tentam reanimar Bruna, mas sem sucesso.De acordo com a mãe, assim que o contraste foi aplicado para dar início ao exame, Bruna começou a tossir e avisou que estava passando mal. “Eles pegaram ela no colo e levaram para esse quartinho. Eu fui junto e falei ‘pelo amor de Deus, o que está acontecendo com a minha filha?’. Nesse momento, aplicaram uma injeção, e a última coisa que a Bruna disse foi ‘estou sem ar’”. A família acredita que ela tenha sofrido um choque anafilático, desencadeado pelo contraste radiológico que ela recebeu para realizar o exame. Para sua mãe, Jane Alves, a clínica não tinha suporte para atender pacientes que, por ventura, sofressem uma reação alérgica durante o procedimento. “Quando a glote dela fechou, aplicaram adrenalina, mas não tinham um desfibrilador, não tinham uma estrutura adequada. Chamaram uma ambulância, que demorou mais de 15 minutos para chegar”.Relembre o casoA psicóloga Bruna Nunes de Faria, de 27 anos, morreu após passar mal ao receber contraste para um exame de ressonância magnética do coração em uma clínica de Goiânia. Sua mãe, Jane Alves, acredita que a jovem teve um choque anafilático, que é a forma mais grave de reação de hipersensibilidade, desencadeada por diversos agentes, inclusive o medicamento usado na preparação para o exame.Bruna havia sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico 45 dias antes de sua morte. A ressonância foi solicitada como forma de investigar as causas da sua condição. Segundo a mãe, ela já tinha feito esse exame, mas no coração era a primeira vez.Bruna nasceu em Bonfinópolis, onde foi velada e sepultada na quinta-feira (22). A jovem trabalhava como psicóloga da Prefeitura de Silvânia, na região central de Goiás, e fazia parte da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) da Secretaria Municipal de Saúde.Em nota, a prefeitura lamentou a morte da servidora. “É com profundo pesar que o Governo de Silvânia comunica a perda inesperada da nossa servidora. Lamentamos a perda e no solidarizamos com a família neste momento."Leia também:Psicóloga de 27 anos morre após passar mal ao receber contraste para exame em clínica, diz famíliaClínica nega que houve falha na prestação de socorro à psicóloga que morreu após exameConselho de Medicina apura morte de psicóloga após exame em clínica de GoiâniaDefesaO Centro de Diagnóstico por Imagem Portugal, que se identifica como CDI Radiologia, em Goiânia, nega que tenha havido falha na prestação de socorro à paciente. A psicóloga veio para a capital do estado realizar uma ressonância, a fim de investigar as causas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico que ela sofreu há cerca de 45 dias.O CDI informou por meio de seu advogado que “todos os procedimentos técnicos necessários foram adotados, tanto pela equipe médica e de enfermagem da Clínica quanto pela equipe da FlashMed que deram o suporte de socorro imediato”. Em nota, a clínica afirma que em todos os exames são adotados elevados padrões de segurança, buscando garantir o bem-estar e a saúde dos pacientes.E completou: "Aguardaremos o resultado do laudo que vai determinar a causa da fatalidade, mas, desde já, nos solidarizamos com os familiares e amigos da paciente e seguimos à disposição para prestar toda a assistência necessária.” O relatório da autópsia para identificar a causa da morte deve ficar pronto em 15 dias. O caso foi registrado na Polícia civil.EsclarecimentoEm nota, a gestão da CDI Diagnósticos em Cardiologia e da CDI Diagnósticos Angiotomográficos e Nuclear, administradas pelo dr. Luiz Rassi e dra. Colandy Nunes Dourado, informou que não possuem relação com o caso. O comunicado esclarece que o nome da clínica é operado por dois grupos distintos, que estão em processo de separação judicial, e que a morte da jovem aconteceu no Centro de Diagnóstico por Imagem Portugal, que se identifica como CDI Radiologia.