Sorrisos, viagens em família, paixão por animais e momentos com amigos, são algumas das coisas compartilhadas por Jayda Bento de Souza, de 26 anos, nas redes sociais. Registros muito diferentes do que os seus colegas de trabalho encontraram na noite do último sábado (25), quando a médica foi achada morta no banheiro do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (HEELJ), em Pirenópolis.Ao lado do corpo da vítima, um frasco de Midazolan, medicamento usado para indução rápida do sono para realização de procedimentos terapêuticos com ou sem anestesia local. Até o momento, a Polícia Civil sabe que Jayda teria injetado o remédio na veia antes de ser encontrada. Mas, segundo o delegado Tibério Cardoso, somente a perícia poderá confirmar se realmente ela tirou a própria vida.“A gente precisa de mais resultados da perícia para saber se houve combinação de medicamentos e se a morte foi acidental. Na semana que vem, deve sair o laudo cadavérico e depois, o laudo do local do crime. Só assim teremos condições de avaliar com mais precisão o que aconteceu ali. Pode ter havido um acidente, ela ter injetado as substâncias sem intenção de se matar”, afirmou.Tibério também revela que colegas de trabalho, familiares e amigos começaram a ser ouvidos pela polícia para entender quem era Jayda e os possíveis motivos da morte. Nas redes sociais, essas mesmas pessoas se despediram e descreveram a médica como uma pessoa carinhosa, inteligente, forte e que tinha grande zelo pela família e “que nunca mediu esforços para agradar”.Homenagens“Uma pessoa incrível e amada, tanto que temo ser impossível encontrar outra amiga tão boa, leal, companheira e divertida como você sempre foi, pois ninguém se equipara à sua grandeza”, escreveu Thaís Calixto em uma publicação no Instagram. “Você é rica de alma, natureza. Você é sinônimo de todos os sentimentos e emoções boas e gostosas do mundo”, também publicou Ana Elisa Brito.Segundo os amigos da vítima, Jayda Bueno nasceu no interior de Goiás e se formou em medicina durante a pandemia da Covid-19. O sábado (25) seria o segundo dia que a jovem trabalharia como plantonista em clínica médica no HEELJ, revelou o delegado responsável pelo caso. O corpo da médica foi sepultado na tarde de domingo (26), em Sanclerlândia, a 136 km de Goiânia.Relembre o casoJayda Bento de Souza, foi encontrada pelos colegas de trabalho, próximo ao horário em que deveria assumir o plantão na unidade de saúde. Ela deveria iniciar o plantão ao meio-dia. Mas como ela não apareceu, os colegas a procuraram no alojamento.Eles relataram terem escutado o barulho da torneira ligada no banheiro, chamaram por ela, mas ela não atendeu. Com isso, precisaram arrombar a porta e a encontraram caída no chão ao lado de uma seringa e do frasco, que foram recolhidos para perícia.Nota da unidade de saúdeEm nota, a Fundação Universitária Evangélica (Funev), gestora do HEELJ, informou que “lamenta profundamente o ocorrido”. Segundo a instituição, “todas as informações foram repassadas às autoridades competentes pela investigação do caso”.Leia também:- Medicamento para dormir pode ter provocado a morte de médica, em Pirenópolis- PC apura as causas da morte de médica de 26 anos que foi encontrada em banheiro de hospital-Imagem (1.2481901)