A Arquidiocese de Goiânia <a href="https://www.arquidiocesedegoiania.org.br/comunicacao/noticias/1983-programacao-da-semana-santa-2022" target="_blank">divulgou a programação</a> para a Semana Santa de várias paróquias da Região Metropolitana. Estão agendadas diversas missas, bênçãos e procissões entre este domingo (10) e o domingo de Páscoa (17). Nos últimos dois anos as celebrações não aconteceram devido à pandemia da Covid-19.&nbsp;A Semana Santa é uma tradição católica que celebra a Paixão, a Morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição do mesmo, que ocorre no domingo de Páscoa.&nbsp; &nbsp;As celebrações acontecem em todas as igrejas católicas ao decorrer desta semana. Ao decorrer da semana, as celebrações continuam pela manhã e noite em&nbsp; sua grande maioria. Já no final de semana é celebrado o Sábado Santo e o Domingo de Páscoa, com missas e confissões ao decorrer do dia em todas as paróquias da programação.De acordo com a instituição, das 127 paróquias da Arquidiocese de Goiânia, apenas <a href="https://www.arquidiocesedegoiania.org.br/comunicacao/noticias/1983-programacao-da-semana-santa-2022" target="_blank">44 disponibilizaram seu cronograma no site</a>. Mais de 20 missas devem ser realizadas durante a Semana Santa na sede da Catedral Metropolitana, localizada na Avenida Universitária, no Setor Central.Confira programação:&nbsp;Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora&nbsp; - Catedral Metropolitana11/4 - Segunda-feira da Semana Santa- Missas: 19h12/4 - Terça-feira da Semana Santa- Missas: 6h40, 12h e 19h- Atendimento de Confissões: 9h às 11h45; 14h30 às 16h; 16h às 18h45 e das 20h às 22h.13/4 - Quarta-feira da Semana Santa- Missas: 6h40, 12h e 19h- Atendimento de Confissões: 9h às 11h45; 14h30 às 16h; 16h às 18h45 e das 20h às 22h.14/4 - Quinta-feira da Semana Santa- Missa do Crisma: 9h (Santuário-Basílica da Sagrada Família)- Atendimento de Confissões: 14h30 às 16h e das 16h às 18h- Missa da Ceia do Senhor (Lava-Pés): 19h&nbsp;- Adoração ao Santíssimo até 0h.15/4 - Sexta-feira da Semana Santa- Via Sacra: 9h- Atendimento de Confissões: 9h às 12h- Primeiro dia da Novena da Divina Misericórdia: 10h- Celebração da Paixão do Senhor: 15h (Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão)- Procissão com o Senhor Morto: 19h16/4 - Sábado Santo (Dia de Silêncio)- Atendimento de Confissões: 9h às 12h; 14h30 às 16h; 16h às 19h- Segundo dia da Novena da Divina Misericórdia: 15h- Vigília Pascal: 21h17/4 - Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor- Missas: 7h, 9h, 11h, 15h, 17h30 e 20h.Celebrações em Trindade&nbsp;Até o próximo domingo (17), está prevista uma extensa agenda de celebrações, que inclui a 30ª edição da Caminhada de Fé, pela Rodovia dos Romeiros, em Trindade. No dia 15, quando a comunidade católica celebra a Sexta-Feira da Paixão, será realizada a “Caminhada”, a paixão e a morte de Jesus que é encenada ao longo da rodovia GO-060. Serão mais de 300 atores em uma encenação do Grupo Desencanto de Teatro.&nbsp;Às 7h, no Km 5 da Rodovia dos Romeiros, onde fica a primeira estação da Via Sacra, terá início a encenação que depois se estenderá por vários quilômetros até o painel da 7ª estação.&nbsp;&nbsp;Leia também:&nbsp;-&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/semana-santa-em-trindade-tem-retorno-da-caminhada-da-f%C3%A9-confira-programa%C3%A7%C3%A3o-1.2434455" target="_blank">Semana Santa em Trindade tem retorno da Caminhada da Fé; confira programação</a>-&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/v%C3%A9spera-de-sexta-feira-santa-ser%C3%A1-ponto-facultativo-em-goi%C3%A1s-1.2434244" target="_blank">Véspera de Sexta-Feira Santa será ponto facultativo em Goiás</a>&nbsp;&nbsp;

Veja programação das igrejas católicas durante Semana Santa na Região Metropolitana

Cidades

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Matéria - Cidades

Devotos viveram um momento de emoção e fé na manhã desta sexta-feira (30). A imagem de Nossa Senhora das Graças, símbolo central do Totus Tuus 2025, desembarcou no Aeroporto Internacional Santa Genoveva e saiu pela porta de desembarque às 11 horas, sendo recebida por uma multidão de fiéis.&nbsp;

Assista reportagem da TV Anhanguera sobre a chegada da imagem:&nbsp;<a href="https://globoplay.globo.com/v/13642510/">Totus Tuus 2025: imagem de santa chega em Igreja Nossa Senhora das Graças, em Goiânia</a>

Com cânticos e orações, a imagem peregrina, pela primeira vez no Brasil, saiu nas mãos do idealizador do evento, padre Marcos Rogério, e seguiu até o caminhão do Corpo de Bombeiros para percorrer um trajeto pelas ruas da cidade. O cortejo seguiria por diversos bairros da capital até chegar à Reitoria Nossa Senhora das Graças, no Centro.&nbsp;

A presença da imagem em Goiânia marca oficialmente a abertura do Totus Tuus 2025, que celebra 10 anos de história e devoção. O evento principal será neste sábado (31), no Estádio Serra Dourada, e deve reunir milhares de peregrinos de todas as regiões do País. O evento terá entrada solidária de 1 quilo de alimento não perecível.&nbsp;

Totus Tuus 2025: imagem peregrina de Nossa Senhora das Graças emociona devotos

Catolicismo

As perspectivas são as melhores para a Igreja Católica na América Latina, no Brasil e, afunilando ainda mais, em Goiás, com a <a href="https://opopular.com.br/mundo/cardeal-prevost-e-o-novo-papa-le-o-xiv-1.3261470" target="_blank">eleição do cardeal Robert Francis Prevost</a>, 69, o novo papa Leão XIV. É o que apontam Clóvis Ecco, coordenador da Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC Goiás, e Flávio Munhoz Sofiati, professor de sociologia da UFG e coordenador do Núcleo de Estudos de Religião “Carlos Rodrigues Brandão”.

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Um dos sinais positivos foi a própria escolha da linha dos Leões, observa Ecco, lembrando que Leão XIII foi o papa do diálogo com o mercado de trabalho, com o emprego, aquele que abriu as portas da Igreja aos trabalhadores. “Foi o papa da doutrina social da Igreja, dialogou com capitalismo, socialismo, mas propôs encontrar uma alternativa com a sociedade”, ressalta.

Para Sofiati, a perspectiva é das melhores possíveis, pois se trata de um papa que conhece a realidade latino-americana. “É naturalizado peruano, apesar de ter nascido nos Estados Unidos. Viveu algumas décadas em um país cuja teologia da libertação foi sistematizada pela primeira vez por um padre chamado Gustavo Gutiérrez. Um colega sociólogo da religião peruano que o conhece, informou-me que se trata de um missionário simples, um homem de diálogo e muito reflexivo”, situa.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/mundo/novo-papa-le-o-xiv-indica-linha-progressista-mas-apegada-a-doutrina-1.3261760" target="_blank">Novo papa, Leão XIV indica linha progressista, mas apegada à doutrina</a> 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/le-o-14-primeiro-papa-dos-eua-tem-historico-de-criticas-a-gest-o-de-donald-trump-1.3261519" target="_blank">Leão 14, primeiro papa dos EUA, tem histórico de críticas a gestão de Donald Trump</a> 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/cardeal-prevost-e-o-novo-papa-le-o-xiv-1.3261470" target="_blank">Cardeal Prevost é o novo papa, Leão XIV</a></div>

Para o Brasil, avalia o professor da UFG, é excelente a eleição de um papa com esse perfil, visto que está em sintonia com boa parte do que comunga a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil). “Em Goiânia, o novo papa terá a identificação integral do bispo da Arquidiocese, Dom João Justino, uma pessoa comprometida com as pessoas mais necessitadas que não tem medo de propagar a mensagem de Jesus Cristo que consiste na defesa da vida em abundância para todos e todas”, aposta ele.

Ecco endossa essa afinidade do novo papa com a realidade local. “Tem abertura para o jeito da cultura de Goiás, nosso jeito de ser. Uma informação daqui ele vai saber interpretar, porque ele fala a nossa linguagem”, argumenta.

Trata-se de um papa preparado para dialogar com o mundo moderno, salienta ainda o coordenador da Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC Goiás, chamando atenção para um perfil conciliador. “Prevost é americano, mas com toda uma base da cultura peruana, de convivência com indígenas, natureza, respeito à diversidade, tornou-se cidadão peruano, foi nomeado bispo lá”, menciona. “Vai entender a América Latina, a nossa cultura, o Brasil, os povos amazônicos, os povos originários. Se fosse um europeu, não teria esse alcance”, discorre.

Ecco reforça que por se tratar de uma voz importante em defesa dos excluídos, das mulheres, a CNBB está celebrando, “todos estão felizes com o anúncio”. O novo papa tem experiência pastoral, é jovem, 69 anos, reúne condições para enfrentar o desafio de transitar em meio ao povo, como sucessor de um papa carismático como era Francisco, lista o professor.

Segundo o especialista, o antecessor preparou essa transição, o que explica a rapidez na escolha de Prevost, já no quarto escrutínio do conclave. “Já havia consenso ao que parece. Há dois anos, Francisco teve reunião com cardeais na qual ajustaram o nome de um sucessor que o mundo precisa, nem europeu, nem africano, nem latino-americano, mas aceito por todos.”

Sofiati vai na mesma direção ao contextualizar que Francisco ficou doente por um bom tempo e, apesar da morte súbita, de certa forma, a Igreja já esperava pelo desfecho. “As conversas de bastidores sobre a sucessão foram acontecendo naturalmente, penso. Francisco nomeou cardeais leais aos princípios do Evangelho em todas as partes do mundo”, cita. O conclave não teve início imediato após sua morte, houve tempo de encontros, de luto da Igreja, prossegue o professor da UFG.

“Entendo que os cardeais iniciaram o conclave já com certo consenso do perfil do novo papa: alguém que seguisse Francisco nas temáticas mais importantes que envolvem a abertura da Igreja para o mundo moderno, para uma nova recepção do Vaticano II. Portanto, entendo que a escolha rápida se deu pela influência do papa falecido que conseguiu plantar a semente do que considerava ser o comportamento adequado a Igreja Católica na contemporaneidade.”

Ainda assim, para Sofiati, não se trata de uma extensão do legado de Francisco, mas de uma postura de recuperação da história da Igreja que almeja o bem-viver. Ele também destaca a escolha de nome que sucede a Leão XIII, o papa da encíclica Rerum Novarum que estabelece a Doutrina Social da Igreja.

“O nome escolhido também remete a Santo Agostinho, ao carisma agostiniano de vida comunitária e serviço ao próximo. A sua experiência pastoral na América Latina e seu comportamento na Santa Sé nos últimos anos apontam para um papado de compromisso com a dignidade humana e preservação da natureza”, enfatiza.

Já em relação a avanços como maior participação das mulheres, o analista não considera possível traçar desdobramento. “Temos que aguardar as primeiras iniciativas do novo papa. No entanto, seu discurso inicial fala em pontes, aponta para menos preocupação com a estrutura e mais compromisso com a missão da Igreja no mundo. Trata-se de um norte-americano naturalizado peruano que não comunga com as ideias de Trump e que, segundo notícias da imprensa romana, também foca em questões de migração, justiça social e acolhimento às pessoas LGBTs.”

Leão XIV traz boas perspectivas de diálogo com o Brasil e Goiás, veem analistas

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Novo papado

Webstories - Papa Francisco morreu devido a AVC e insuficiência cardíaca

O Colégio Cardinalício decidiu iniciar o conclave no dia 7 de maio, quarta-feira que vem, diz a agência de notícias Reuters com base em informações de um membro do Vaticano, nesta segunda (28). A data teria sido decidida após debates no âmbito da quinta congregação geral, a série de reuniões que cardeais fazem desde a semana passada, quando o papa Francisco morreu.

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Apesar de ainda faltar alguns dias para o início dessa assembleia para eleger o novo papa, a Capela Sistina, onde os conclaves são realizados, foi fechada para turistas nesta segunda para permitir os preparativos para a votação.

Os dois últimos conclaves, em 2005 e 2013, duraram apenas dois dias. Mas o cardeal sueco Anders Arborelius disse nesta segunda que espera um conclave mais longo desta vez, já que muitos dos cardeais nomeados por Francisco nunca se encontraram antes.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/mundo/milhares-fazem-fila-para-ver-a-tumba-de-francisco-em-roma-1.3257082" target="_blank">Milhares fazem fila para ver a tumba de Francisco em Roma</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/papa-francisco-e-sepultado-em-cerimonia-reservada-apos-funeral-1.3256888" target="_blank">Papa Francisco é sepultado em cerimônia reservada após funeral</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/missa-funebre-do-papa-francisco-tem-apelos-a-paz-e-defesa-de-imigrantes-1.3256816" target="_blank">Missa fúnebre do papa Francisco tem apelos à paz e defesa de imigrantes</a></div>

O líder morto há uma semana nomeou 80% dos cardeais que devem escolher novo papa - ou seja, aquelas com menos de 80 anos - e fez questão de indicar pessoas de lugares inéditos, como Mianmar, Haiti e Ruanda. O aumento da representação de América Latina, Ásia e África é estratégico, já que essas são as regiões para onde a Igreja caminha e cresce.

"Não nos conhecemos", disse Arborelius, um dos cerca de 135 cardeais aptos a votar que irão à reunião.

Durante as congregações, os novatos não estarão apenas conhecendo seus pares, como também trazendo questões de suas arquidioceses, provavelmente estranhas a ouvidos das regiões mais tradicionais da Igreja.

Há muitas especulações sobre o perfil do próximo papa. O funeral de Francisco e a procissão por Roma até seu local de sepultamento, na Basílica de Santa Maria Maior, atraíram multidões estimadas em mais de 400 mil pessoas, o que foi visto como uma aprovação ao seu papado.

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O cardeal alemão Walter Kasper, por exemplo, disse ao jornal La Repubblica que a grande quantidade de pessoas em luto por Francisco indicava que os católicos queriam que o próximo papa continuasse com seu estilo reformador. "O Povo de Deus votou com os pés", disse Kasper, que tem 92 anos e não participará do conclave. "Estou convencido de que devemos seguir em frente nos passos de Francisco."

Primeiro papa da América Latina, Francisco permitiu o debate sobre questões como a ordenação de mulheres como clérigos e a aproximação com católicos LGBTQIA+. Essas questões, no entanto, são sensíveis, e um bloco de cardeais conservadores certamente buscará um papa que restrinja a visão de uma Igreja mais inclusiva.

Fridolin Ambongo, 65, arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo, por exemplo, habita a lista de favoritos por ser uma aposta conservadora, perfil que prevalece na liderança católica do continente que mais tem seminaristas no planeta. Ele se opôs à decisão de Francisco de permitir a bênção a casais homossexuais em 2023.

Algo parecido ocorre com o prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Robert Sarah, 79, da Guiné, com mais atritos no currículo.

Conclave para escolher novo papa começa no dia 7 de maio, diz agência

CATOLICISMO

Com a morte de Francisco, os olhares da Igreja católica e da sociedade já se voltam para o Conclave, evento que decide quem será o novo papa. No entanto, ainda é preciso considerar o legado deixado por Francisco para as novas gerações. Entendo que seu papado é marcado pela reconciliação da Igreja com a modernidade, configurando-se em uma retomada no seio da Igreja dos ensinamentos do Vaticano II, Concílio que abriu as portas do catolicismo para o mundo contemporâneo.

Compreendo, inclusive, que Francisco, de certa forma, recristianizou a Santa Sé, contaminada pelo “espírito do capitalismo”, visto que se encontrava há décadas voltada para dentro de si e preocupada com as disputas de poder, focada na lógica da condenação e, consequentemente, da exclusão. Em contrapartida, o papa ofereceu partilha, acolhimento e inclusão, valores centrais do Evangelho. Além disso, negou-se a condenar pessoas LGBT’s, iniciou um processo de compartilhamento de poder com as mulheres e, sobretudo, convocou as juventudes, católicas e não católicas, a repensarem a relação com a economia numa perspectiva que fosse menos danosa para a humanidade e para a natureza.

Na Encíclica Laudato Si’ (Louvado Sejas), posicionou-se a favor dos empobrecidos e evidenciou que justiça social e climática andam juntas. Criticou a exploração das pessoas e da natureza pelo modelo que chamou de “economia global”, isto é, a economia de mercado, a economia capitalista. Propôs, em contrapartida, a Economia de Francisco e Clara, a economia do cuidado, a economia do “ter em comum”. Uma economia da circularidade, que propagasse a inclusão, a solidariedade, a vida comunitária, contra a economia predominante que concentra, explora, exclui e gera individualismo.

Em outra Encíclica central de seu papado, Fratelli Tutti (Todos Irmãos), Francisco atualiza o conceito de amizade social, propondo a fraternidade universal como elemento central da união entre todos os seres vivos do planeta. Defende a tese da importância da dignidade dos humanos e de todos os seres viventes. O texto rejeita o uso da religião para a promoção da intolerância e violência, enfatizando o papel da mesma na promoção de uma cultura de paz.

Francisco esteve sempre aberto ao diálogo. Aproximou-se de outras vertentes religiosas, cristãs e não cristãs, promoveu o diálogo de católicos com marxistas na Europa, se opôs às guerras, principalmente de Israel contra o povo palestino. Seu papado foi de construção de pontes para o entendimento e busca da dignidade humana.

Com o lema “Igreja em saída”, voltou seus olhos e estendeu suas mãos para aqueles que foram “condenados” pelo sistema, solidarizando-se com migrantes, refugiados e com as pessoas em situação de precariedade social. Assumiu o lado do trabalhador nas relações de exploração e convocou a Igreja a estar presente nas periferias territoriais e existenciais.

Nesse sentido, o papado de Francisco seguiu com afinco os ensinamentos de Cristo e, por isso, pode ser considerado como um pontífice determinadamente cristão. Esse é o seu legado: o seguimento fiel ao projeto de Jesus.

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Flávio Munhoz Sofiati é sociólogo, professor de Sociologia da UFG e coordenador do Núcleo de Estudos de Religião “Carlos Rodrigues Brandão”