A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou nesta segunda-feira (13), em primeira votação, o projeto de lei que autoriza a venda do Hospital do Servidor Público (HPS) para o Estado de Goiás. A unidade pertence ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) e deverá transformada em nova sede do Hospital Materno-Infantil, em Goiânia, que, por sua vez, dará lugar ao Hospital da Mulher. A matéria teve 24 votos favoráveis e 11 contrários.A justificativa, conforme consta no documento, é o fato de que o Hospital Materno-Infantil estaria operando acima de sua capacidade instalada. A medida, no entanto, não tem a aprovação dos sindicatos que representam os servidores. Em nota, o Sindsaúde e outras entidades que compõem o Fórum de Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás alegam que “um patrimônio construído totalmente com contribuições dos mais de 600 mil servidores, não deve ser entregue ao Estado, ainda mais sem a autorização do Conselho Deliberativo do Ipasgo o do Conselho Estadual da Saúde”.Em novembro deste ano, a coluna Giro havia adiantado que os procedimentos burocráticos estavam em fase avançada e foi esse um dos motivos para a exoneração de Ismael Alexandrino, que acumulava o comando das duas pastas e agora está só na SES. A unidade está avaliada em cerca de R$ 150 milhões, e a mudança demandará investimentos na ordem de R$ 20 milhões, principalmente para a compra de equipamentos. Na ocasião, Ismael também adiantou que havia iniciado uma discussão com a secretária de Economia, Cristiane Schmidt, a respeito da possibilidade de retirar o Ipasgo da Secretaria Estadual de Administração (Sead) e deixá-lo jurisdicionado à pasta que ocupa.