Ao comentar atritos recentes entre integrantes da base do governo no processo de definição dos nomes da base do governo para a disputa pela Prefeitura de Goiânia,o presidente estadual do PSD e secretário estadual da Casa Civil, Vilmar Rocha defendeu que haja “equilíbrio” e “bom senso” entre governistas. Em tom pacifista, Vilmar considerou normais mal-estares recentes entre os pré-candidatos do PSDB e também os ataques entre membros de sua sigla e democratas. Ele disse, no entanto, que a situação exige cuidado. “É natural que isso aconteça enquanto os partidos apresentam seus nomes, mas não devemos deixar complicar. Uma das coisas importantes agora é ter bom senso”, defende. Conforme o POPULAR mostrou ontem, o deputado federal e presidente estadual do DEM, Ronaldo Caiado, disse não se preocupar em dialogar com o PSD nas articulações para disputa pelo Paço. Segundo ele, a nova sigla “não existe politicamente”. Por outro lado, o deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) declarou ao Giro que o pré-candidato lançado pelo DEM, o vice-governador José Eliton, “foi eleito nas costas” de Marconi Perillo (PSDB) e “não acrescenta nada” ao governador. Vilmar Rocha se recusou a comentar o atrito. “Eu não quero entrar nessa discussão”, disse o secretário. Somada ao mal-estar causado pelo modo como foi feita a escolha do conselho político tucano pelo nome do deputado federal e secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Leonardo Vilela, para o pleito, a situação preocupa alguns governistas. O nome de Vilela só será lançado oficialmente no fim desta semana e foi divulgado antecipadamente pelo Giro na última sexta, sem o conhecimento dos outros dois interessados, o deputado federal João Campos e o deputado estadual Fábio Sousa. Nos bastidores, há o temor de que o contexto de animosidades, ainda que pequenas, acabe por reproduzir o mesmo problema enfrentado pela base em eleições como a de 2008, quando em tentativa de impedir o racha com o ex-governador Alcides Rodrigues (PP), o PSDB abriu mão de lançar candidato para apoiar Sandes Júnior (PP), que não obteve bom desempenho eleitoral. De acordo com Vilmar, a possibilidade não existe por dois motivos. O primeiro seria o fato de que o PSDB apresentou seu nome na “hora certa” e o outro argumento é o de que, atualmente, a melhor opção seria a diluição dos governistas em mais de uma candidatura. “Hoje eu acredito que essa é a melhor opção”, diz. Por último, Vilmar argumenta que o desempenho político e eleitoral do prefeito Paulo Garcia (PT) não é bom. “Não é difícil construir uma candidatura contra a atual administração.” Consenso Apesar do discurso de unidade, a posição levantada pelo secretário da Casa Civil diverge do que defendem tucanos e democratas quando o assunto é a união de todos os partidos governistas em torno de uma única candidatura. Tanto Caiado, quanto José Eliton e Leonardo Vilela consideram que trabalhar apenas um nome é a melhor opção. O presidente do PSDB goiano, Paulo de Jesus, pensa de forma semelhante e diz que “pode até ser mais difícil em algum momento”, mas o consenso sairá. “Agora, quase todas as peças já estão colocadas no tabuleiro e algumas articulações são mais delicadas, outras mais tranquilas. Mas é um jogo normal e acredito que vamos conseguir”, afirmou o tucano.-Imagem (1.126366)