Os investimentos para instalação de mais antenas para ampliação do sinal 5G em Goiânia dependem de mudanças na lei municipal de instalação de antenas. A falta de definição de regras claras, que incluem até os locais permitidos para a colocação das antenas, faz com que não haja segurança jurídica necessária para que as empresas façam os investimentos, que são elevados. O coordenador de Infraestrutura da Conexis Brasil Digital, que reúne as empresas de telecomunicações e de conectividade, Diogo Della Torres, explica que, sem isso, as operadoras trabalham baseadas em regras genéricas e correm o risco de ter que fazer mudanças posteriores, o que poderia implicar em novos custos. Mas ele afirma que o número inicial de antenas instaladas até superou a determinação inicial da Anatel.“Sem a legislação municipal específica, as operadoras não têm segurança para investir na ampliação da cobertura e ficam sujeitas a sanções. Por isso, é preciso celeridade nisso”, destaca o coordenador da Conexis. Ele lembra que a Anatel exige que, até 28 de novembro, todas as capitais tenham, pelo menos, uma antena para cada 100 mil habitantes. Em 2023, esta proporção cai para 50 mil habitantes. “O mercado já tem aparelhos de preços intermediários compatíveis com 5G. Por isso, quando a pessoa for trocar o celular, o ideal é dar preferência a estes modelos, recomenda.O secretário de Planejamento Urbano e Habitação da Prefeitura de Goiânia, Valfran de Sousa, informou que a pasta se reunirá ainda esta semana com a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) para conclusão do texto da nova legislação, que será enviado à Casa Civil.A tecnologia 5G promete melhorar as experiências de games online, e-commerce, realidade virtual e muito mais. Ela deve possibilitar a chegada de novas tecnologias, como a integração com a chamada ‘internet das coisas’, como lembra o professor de engenharia elétrica da UFG e da PUC Leonardo Guedes. Entre os exemplos, estão carros que se comunicam para evitar colisões, semáforos inteligentes que sincronizam seus tempos sozinhos, de acordo com o volume de carros nas vias, e recursos de telemedicina. Mas o professor alerta para a real necessidade de uma velocidade 20 vezes maior para usuários comuns. “A rede 4G já tem capacidade suficiente para a maioria das aplicações, inclusive vídeos de alta qualidade.” Portanto, se houver aumento de custos, o 5G pode não ser essencial para todos. Para o professor, o maior benefício é a possibilidade da chegada de serviços de tecnologia mais avançada para a sociedade, que possibilitarão o uso do 5G em toda sua plenitude.