Os dados do último trimestre de 2021 ainda não estão disponíveis, mas o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, estima que a movimentação financeira tenha seguido em alta também de outubro a dezembro do ano passado.“Números preliminares mostram que o cooperativismo de crédito cresceu numa média bem superior ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) em 2021. Podemos projetar um crescimento de 40% no ano passado (em relação a 2020). Com a diminuição dos efeitos da crise sanitária, acreditamos que essa evolução deve continuar em 2022, mas em menor porcentual”, projeta Pereira.Entre os fatores que podem comprometer o ritmo desse crescimento das cooperativas, ele menciona o fato de ser ano eleitoral, o que traz insegurança, diminuindo investimentos e afetando negativamente a performance da economia em geral, “e o cooperativismo de crédito está incluído nesse cenário”. Na sua avaliação, a alta da Selic, a taxa básica de juros, não só não atrapalha o crédito no sistema de cooperativas, como “tende a fazer as margens melhorarem”. É também esta a perspectiva de Raimundo Nonato Leite Pinto, diretor-presidente do Sicoob UniCentro Br. “Uma instituição financeira cooperativa tem uma maneira toda especial de balizar o mercado. A gente sabe que onde as cooperativas financeiras estão, os bancos e demais instituições regulam suas taxas, baixam as taxas de juros e remuneram melhor as pessoas que são poupadoras.”