Após denúncias de consumidores, o Procon Goiás fiscalizou nesta terça-feira (13) postos de combustíveis em Goiânia e Região Metropolitana para verificar se o aumento nos preços da gasolina e do etanol é abusivo. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto) afirma que o aumento foi feito para recuperar a margem de lucro dos estabelecimentos.Segundo o órgão de defesa do consumidor, foi identificado aumento nas bombas nos preços do etanol e da gasolina comum, que está sendo vendida acima dos R$ 5. Entretanto, a última mudança anunciada pela Petrobras ocorreu no dia 2 de setembro, quando a empresa reduziu em R$ 0,25 o valor do litro dos combustíveis nas distribuidoras.Por isso, o Procon notificou os estabelecimentos para apresentar as notas fiscais de compra e venda desses combustíveis, além das planilhas de custo operacional, referentes aos últimos 60 dias. De acordo com o órgão, os empresários terão um prazo de 20 dias para apresentar toda a documentação.Margem de lucroEm nota, o Sindiposto destacou que durante período de reduções constantes, alguns postos de combustíveis também reduziram as margens de lucros e que, em algum momento, os empresários tendem a buscar recuperar essa margem. “A movimentação dos preços é constante no mercado”, afirmou.O objetivo do Procon Goiás é identificar se o aumento resulta em uma eventual margem de lucro abusiva, o que fere os direitos dos consumidores. O superintendente do órgão, Levy Rafael Cornélio, explica que a análise será feita com base nas planilhas de custo operacional."Se essa margem subir consideravelmente, é considerado aumento abusivo. Neste momento, achamos por bem exigir as planilhas operacionais, exatamente para verificar se a justificativa que está sendo dada pelo Sindiposto, que é a recomposição da margem de lucro, está adequada ou não”, afirmou.A Gerência de Pesquisa e Cálculo do órgão deverá analisar as documentações e, caso seja constatado aumento abusivo e injustificado, as empresas serão autuadas. “Elas estarão sujeitas a uma multa cujo valor varia de R$ 754 a R$ 11,3 milhões”, informou o Procon Goiás.Leia também: - Após paralisação, frentistas realizam manifestação em postos de Goiânia- Serasa prorroga ação 'Limpa Nome' com descontos de até 90% no valor de débitos; veja como participar- Mais sete cidades de Goiás terão praças de pedágio; confira os pontos