Com a venda da Celg Transmissão (Celg T), agora chamada de EPD Goiás, quase 30% dos trabalhadores concursados podem migrar para órgãos do governo. Segundo o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, dos 175 servidores, 51 devem ser contemplados com essa possibilidade. “Fizemos um processo de identificação do perfil de cada um. Aqueles que precisavam continuar na EPD lá continuarão. Aqueles que tinham perfis que pudessem ser absorvidos por diversos órgãos do Estado assim foi feito e a partir deste mês começam a trabalhar no Estado. Porém, devido às limitações impostas pelo Regime de Recuperação Fiscal (RRF), a questão foi levada para consulta da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Pois é vedada a criação de cargos e funções que aumentem os gastos, mas a cessão não está prevista nas regras. De acordo com Adriano, houve compensação com alguns profissionais que viriam como temporários, por exemplo, de forma que se consiga manter o equilíbrio das contas mesmo com essa manobra. Apesar disso, o diretor presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (Stiueg), João Maria de Oliveira, avalia que parcela maior do que os 29,14% poderia ser absorvida. “Há muita informação restrita que é ruim para o processo de agonia que esses profissionais se encontram”, pontua. Já a EDP promete integração da equipe com direito a entrega de camiseta para criar um sentimento de pertencimento. Pelo edital, a multinacional tem de garantir pelo menos um ano de estabilidade e depois deve promover Plano de Demissão Voluntária (PDV).