Passageiros com voos marcados para a manhã de hoje, partindo do Aeroporto Internacional de Goiânia, devem buscar informações junto à companhia aérea antes de saírem de casa. É que a paralisação dos aeronautas deve continuar afetando a regularidade das rotas que passam pelo Terminal, vindas de outras cidades incluídas no movimento de greve. Na segunda (19), duas decolagens foram canceladas e quatro atrasadas no Aeroporto Santa Genoveva, o que prejudicou centenas de passageiros com viagem marcada. Em todo País, a paralisação resultou em 22 cancelamentos de voos. Leia também:- Após greve dos aeronautas, aeroporto de Goiânia tem atrasos e cancelamentos de voos- Pilotos de avião aprovam greve a partir desta segunda-feira- Quatro dos novos caças Gripen estão operando em AnápolisApesar do Aeroporto Internacional de Goiânia não estar incluído no movimento de greve, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) confirmou que ele é afetado indiretamente, já que suas operações também dependem de voos vindos de outros locais. A CCR Aeroportos, que administra o da capital, confirmou que quatro voos tiveram atraso e dois foram cancelados ontem, mas sem nenhum impacto em suas operações.A paralisação dos aeronautas envolve os profissionais que exercem atividade no interior de uma aeronave, como piloto, co-piloto, comissário de bordo, mecânico de voo, navegador e radioperador. A categoria cobra melhores condições de trabalho e reajustes salariais. No domingo (18), os aeronautas rejeitaram a proposta para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2023, feita pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). A paralisação dos voos está marcada para ocorrer sempre entre as 6 e 8 da manhã, mas acaba provocando efeito cascata, com atrasos e cancelamentos das decolagens dos horários seguintes. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou, na última sexta-feira (16), a manutenção de 90% dos aeronautas em serviço durante a greve da categoria. A Latam informou que sua operação encontra-se normal, tendo tido apenas impactos pontuais em alguns voos com saída na manhã de ontem.RemarcaçõesA companhia pede para que os passageiros verifiquem o status do voo em latam.com antes de se dirigirem ao aeroporto. “Os passageiros afetados pela greve poderão remarcar gratuitamente seus voos ou, em caso de desistência, solicitar o reembolso dos bilhetes. Os afetados por atrasos receberão todas assistência prevista pela legislação em vigor”, disse a Latam.A GOL informou que, durante o período da paralisação dos aeronautas ontem, todos os voos previstos foram operados e apenas alguns sofreram atrasos. Segundo a companhia, todos os esforços estão sendo empregados em tratar as contingências com os clientes, minimizando os impactos, que colocou todos seus canais de atendimento à disposição e recomenda que os clientes acompanhem o status dos seus voos.Empresas dizem que trabalham para manter o atendimentoO Aeroporto de Congonhas, principal hub doméstico do país e um dos mais afetados pela greve, registrou 38 atrasos e 5 voos cancelados na segunda (19). A partir dele, um efeito cascata de atrasos atingiu os demais aeroportos e prejudicou pousos e decolagens de passageiros numa época do ano de alta demanda por voos por causa das festas de fim de ano e da proximidade das férias.O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) divulgou nota informando que acompanhou o movimento de paralisação dos aeronautas nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Galeão, Santos Dumont, Viracopos, Porto Alegre, Brasília, Confins e Fortaleza. “É importante reforçar que, ao longo do final de semana, foi apresentada uma proposta pelo TST que foi aceita pelas empresas aéreas, mas rejeitada pelos aeronautas, que optaram por manter a greve. Diante disso e para proteção dos clientes, a decisão atual do TST é que 90% das operações sejam mantidas durante o período da greve e que sejam informados pela ANAC os efeitos decorrentes da paralisação”, disse o sindicato.A nota alerta que o TST também determinou que não serão tolerados descumprimentos da decisão judicial e, inclusive, advertiu sobre a possibilidade de responsabilização civil e criminal por atos praticados ao longo da greve. A multa pelo descumprimento é de R$ 200 mil por dia.O SNEA garantiu que as companhias aéreas trabalharam e continuarão a trabalhar para minimizar os impactos aos seus clientes seguindo a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). -Imagem (1.2581140)-Imagem (1.2581143)