Lojas de rua, shoppings, camelódromos e galerias de Goiânia foram reabertas ontem com um cenário diferente: uso obrigatório de máscaras, controle de entrada, medidores de temperatura corporal, marcadores de distanciamento nos pisos e álcool em gel por todos os lados. No primeiro dia de reabertura do comércio da capital, depois de uma guerra de liminares na Justiça, o movimento nas principais regiões comerciais aumentou. Clientes chegaram a formar filas nas entradas de camelódromos. Já Algumas lojas nem abriram as portas ontem, pois estão com estoque reduzido, por conta da longa paralisação na indústria. Agora, além de venderem mercadorias, os atendentes também precisam lidar com várias normas de segurança exigidas pelo decreto da Prefeitura de Goiânia que permitiu a reabertura. Vale lembrar que este decreto chegou a ser suspenso por uma liminar em favor do Ministério Público de Goiás (MP-GO), mas acabou derrubada por decisão do desembargador Luiz Eduardo de Sousa. Entre as normas que devem ser seguidas estão a limitação do fluxo de pessoas em 30% da capacidade máxima e a medição da temperatura corporal nas entradas dos estabelecimentos. Comerciantes garantem que as normas estão sendo seguidas à risca, mas algumas são mais difíceis de serem controladas, como o distanciamento entre clientes, que nem sempre é seguido pelos frequentadores. Em alguns momentos, filas chegaram a se formar na entrada do Camelódromo de Campinas.Os comerciantes comemoraram a reabertura. Proprietário de uma banca de brinquedos no Camelódromo, Afonso José Pereira contou que vendeu bem desde o início do dia. Para ele, o trabalho é mais seguro do que as pessoas aglomeradas em festas, praças e distribuidoras de bebidas. “Acho que a doença agora vai diminuir porque as pessoas estão ocupadas”, acredita.Nas lojas de rua, o horário também foi reduzido: das 9 às 17 horas. Na Flávio’s Calçados, agora existe apenas uma entrada para os clientes, que têm a temperatura medida. O gerente Bruno Nunes de Oliveira lembra que as vendas online respondiam por apenas 30% do normal. Com a abertura, os funcionários com contratos suspensos foram reconvocados e a expectativa é atingir 70% ou 80% do habitual. Já o gerente da loja Sherife, Eleandro Carrijo, que também vendia online só 30% do normal, acredita que as vendas ainda devem demorar a voltar ao ritmo anterior. ShoppingsOs maiores shoppings de Goiânia reabriram ontem com novos acessórios e poucos clientes. Os frequentadores do Goiânia Shopping encontrarão corredores cheios de marcadores de distanciamento no piso e muitos totens de álcool em gel. O número de clientes está limitado a 2.100 pessoas simultaneamente. A contagem de pessoas é feita na entrada e saída. Nas escadas rolantes, há marcadores com um distanciamento de três degraus entre os usuários. A praça de alimentação ganhou um novo acessório: pias para lavagem das mãos.Nas praças de alimentação de todos os shoppings, nada de cadeiras e o cliente não pode consumir no local. Quem passa por uma das duas entradas do Flamboyant Shopping Center tem a temperatura medida por uma câmera no teto e a informação é transmitida para um monitor acompanhado por um segurança. O equipamento também faz a contagem de clientes que entram. “Informações serão enviadas a cada hora para uma central, que fará a compilação dos dados para controle do fluxo de clientes”, explica o superintendente de Operações do shopping, Reinaldo Abreu.Vale lembrar que o horário de funcionamento dos shoppings também foi reduzido: das 12 às 20 horas. Reinaldo informa que o quadro de seguranças e auxiliares foi mantido durante o fechamento e, agora, boa parte deles estão envolvidos no controle das medidas de segurança.-Imagem (Image_1.2073981)