Decreto publicado ontem no Diário Oficial do Município de Goiânia permitiu a reabertura do comércio varejista, comércio atacadista, shoppings, serviços e atendimento presencial para profissionais liberais a partir de segunda-feira (22). Mas com limitações do fluxo em 30% da capacidade para os centros comerciais e redução de até quatro horas no horário de funcionamento.O documento, que foi assinado na quinta-feira (18) pelo prefeito Iris Rezende (MDB) após reunião do Comitê de Crise, libera o funcionamento com protocolos de segurança que vão do uso obrigatório de máscara a medidas como barreiras para controle de entrada e saída de pessoas e aferição de temperatura. Os shoppings e galerias poderão funcionar somente com 30% da capacidade máxima, com um terço das vagas de estacionamento e das 12h às 20h. Esse horário foi definido por portaria da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), porque as atividades que retornam participam agora do escalonamento de horários, que é medida obrigatória desde 20 de maio. Mas não se aplica aos sábados, domingos e feriados.As praças de alimentação continuarão fechadas – exceto a modalidade de pegue e leve – bem como os cinemas, áreas de lazer, brinquedotecas e aluguel de carrinhos. O novo decreto também não recomenda a presença de crianças menores de 12 anos. Para controlar quem entra e quem sai, define a obrigação de distribuir senhas ou criar outro mecanismo para que seja possível fiscalização do fluxo nos ambientes.Nesta segunda etapa de flexibilização, a Prefeitura também ampliou de um para dois dias a permissão das celebrações religiosas com público. Porém, esses eventos só poderão ocorrer em alguns dias da semana – domingo, quarta-feira ou sábado – e com 30% da capacidade máxima dos locais. Segundo o texto, dos dois dias de atividades de organizações religiosas, um obrigatoriamente tem de ser domingo – ou sábado para os sabatistas. O outro dia liberado para os católicos e segmentos espíritas são os sábados. Já para evangélicos as quartas-feiras, bem como para as demais religiões. Conforme o titular da Sedetec, Walisson Moreira, as regras consideraram a combinação de medidas para evitar aglomeração e é “fruto de diálogo com as instituições, pois são dias sem impacto para religião”. Foi por conta de tratativas intensas e entrega de protocolos que a administração municipal também justifica o retorno de estabelecimentos comercias da Região da Rua 44 para o dia 30 de junho. O secretário reconhece que a região demanda muita fiscalização e é “arriscado epidemiologicamente falando”. Mas garante que haverá reforço e atenção desde restrição de circulação de pessoas até horário reduzido – com funcionamento das 9h às 17h. Para os estabelecimentos que descumprirem as regras do decreto entre as penalidades está multa de R$ 4.705,30. leitos de UTIsA segunda etapa de flexibilização – que iniciou em 1º de junho com mercados, treinos de futebol e imobiliárias – ocorre no contexto de baixo isolamento social e preocupação com a disponibilidade de leitos de pacientes com Covid-19. O decreto municipal considera que mesmo com atuação de fiscalização há abertura informal de estabelecimentos e justifica “que pode ser mais eficiente, para o controle da transmissão da doença, fiscalizar os protocolos sanitários do que a clandestinidade”. Ao mesmo tempo, nota técnica da Secretaria de Saúde ressalta Goiânia como sexta capital brasileira com menor taxa de mortalidade por Covid-19, ao citar dado do Ministério da Saúde, e informa que, nos últimos 30 dias, o número de leitos contratados teve aumento de 125%.Outros segmentos podem ser liberados para reabrir nas próximas semanas. Novas reuniões sobre isso ocorrerão na próxima semana no Paço.