A taxa básica de juros do País teve mais uma alta na quarta-feira (04), a Selic passou de 11,75% para 12,75% ao ano, o que impacta os investimentos. Segundo especialistas, o momento favorece as aplicações em renda fixa, que segue exatamente essa taxa. Porém, a diversificação é defendida por consultores para aproveitar oportunidades inclusive na bolsa de valores.&nbsp;Como a Selic até o começo de 2021 estava no patamar mínimo histórico, de 2% ao ano, a diferença nos últimos meses tem sido grande. É a maior taxa desde fevereiro de 2017, quando estava em 13%. Isso onera quem precisa de dinheiro emprestado, porém beneficia quem tem dinheiro para investir. “O Boletim Focus mostra que se espera mais meio por cento de aumento”, pontua o assessor da Blue 3, Renato Pontes Suzigan.&nbsp;Para quem pensa em investir a curto prazo, para utilizar o dinheiro aplicado daqui três meses, por exemplo, o especialista indica Tesouro Selic e CDB. Já para horizonte de até 4 anos, pontua que é interessante o título IPCA +, que protege da alta da inflação. "Vivemos um momento inflacionário no mundo. Com o título IPCA + seja do governo ou título de instituição bancária, é possível colher resultados maiores.”Inflação Por outro lado, ressalta que o ideal é manter um mix na carteira, pois a alta da Selic é feita para controlar a inflação no Brasil e há expectativa de que ocorra uma redução em 24 meses, o que vai beneficiar investimentos pré-fixados e gerar oportunidades. “O ideal é buscar ajuda de especialista, ver o horizonte e se adequar”, diz ao ressaltar que até na bolsa de valores há opções para aproveitar o cenário com cautela.&nbsp;Por outro lado, deixar o dinheiro parado na poupança não é indicado. Sócio da V Corp Capital, Marcelo Estrela pontua que essa opção é uma das piores. “Se há incertezas para ganhar mais, na poupança há certeza de que não ganha.” Para ele, momentaneamente os brasileiros podem ganhar dinheiro na renda fixa, mas no longo prazo deixa de ser interessante mesmo sendo este um ano de eleições.&nbsp;&nbsp;“Vamos perceber uma volatilidade, mas entendo que para ter uma carteira completa precisa dosar.” Em comparação com um time de futebol, Marcelo afirma que há momentos que precisam de mais atacantes e para outros a defesa deve ser maior.&nbsp;Leia também:&nbsp; -<a href="http://opopular.com.br/noticias/economia/estrategista-chefe-da-xp-destaca-melhores-setores-para-investir-1.2445115" target="_blank"> Estrategista-chefe da XP destaca melhores setores para investir</a> -&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/noticias/economia/bc-sobe-selic-a-12-75-ao-ano-maior-n%C3%ADvel-desde-fevereiro-de-2017-1.2450062" target="_blank">BC sobe Selic a 12,75% ao ano, maior nível desde fevereiro de 2017</a> - <a href="https://opopular.com.br/noticias/economia/fundos-de-investimento-t%C3%AAm-capta%C3%A7%C3%A3o-recorde-em-2021-1.2382783" target="_blank">Fundos de investimento têm captação recorde em 2021&nbsp;</a>

Com alta da Selic, especialistas indicam melhores investimentos

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Matéria - Economia

O Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central (BC), elevou a taxa básica de juros, a Selic, pela sétima vez consecutiva, em reunião que terminou na quarta-feira (18).&nbsp;Com 15% ao ano, 0,25 ponto porcentual de aumento, o Brasil tem a segunda maior taxa de juros reais do planeta – 9,53% ao ano, descontada a inflação –, atrás apenas da Turquia, cuja taxa real é de 14,44%. É, ainda, o maior patamar em 20 anos.

A alta é o remédio amargo aplicado pelo BC diante da inflação persistente. Começou ainda sob o comando de Roberto Campos Neto, a quem o presidente Lula desferiu ataques constantes, mas permaneceu na gestão de Gabriel Galípolo, indicado pelo petista.

A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tem desacelerado lentamente, mas é resistente. Aliás, desde a pandemia o mundo tem convivido com a alta de preços.

Ocorre que juro alto é um tratamento com efeitos colaterais severos. Ele encarece o crédito e interrompe os investimentos – enfim, trava a economia como um todo.&nbsp;Ao menos o Copom indicou que deve encerrar o ciclo de elevação da Selic. Mas a economia brasileira ainda terá de conviver por um bom tempo com suas sequelas.

Selic: remédio amargo

Editorial

Matéria - Opinião - Editorial

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NIQUELÂNDIA ILHA

O sonho de ter uma ilha particular em Goiás ainda continua vivo. Afinal, uma ilha está à venda no Lago Serra da Mesa, em Niquelândia, no norte do estado. Este é um negócio apenas para quem pode pagar R$ 50 milhões pelos 940 mil m² de faixa de terra cercada por água doce e privacidade.&nbsp;

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A ilha em questão foi anunciada nas redes sociais pelo corretor de imóveis Welerson Antunes. Em entrevista ao POPULAR, o corretor disse que o imóvel localizado às margens do&nbsp;maior lago artificial do Brasil em volume de água já recebeu algumas propostas.&nbsp;

<cite>A propriedade é a segunda maior ilha do Lago Serra da Mesa e fica situada na parte mais larga do lago. O pessoal procura muito esse tipo de propriedade para negócio, como pecuaristas, empresários e muitas incorporadoras. Mas ainda não chegamos a nenhum denominador (para venda da propriedade)”, afirma.</cite>&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/cidade-goiana-tem-ilha-a-venda-por-r-10-milh-es-1.3116544" target="_blank">Cidade goiana tem ilha à venda por R$ 10 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/investidores-ampliam-aposta-na-locac-o-por-temporada-1.3265597" target="_blank">Investidores ampliam aposta na locação por temporada</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/nova-faixa-do-minha-casa-minha-vida-aquece-oferta-de-imoveis-pelo-programa-1.3262582" target="_blank">Nova faixa do Minha Casa, Minha Vida aquece oferta de imóveis pelo programa</a></div>

A ilha de&nbsp;940 mil&nbsp;m² que está à venda por R$ 50 milhões em Niquelândia, no norte do estado, possui preservada a sua mata virgem. De acordo com o corretor de imóveis Welerson Antunes, nessa faixa de terra cercada por água doce e privacidade é possível construir um condomínio horizontal, um resort, uma pista de pouso, além de ser um refúgio privativo para quem busca proximidade com Brasília.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3277063" attr-version="policy:1.3277063:1749918893" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3277063" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3277063', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3277063">WEBSTORIES ILHA SERRA DA MESA (1.3277063)</a></div>

Ao POPULAR, o corretor de imóveis Welerson Antunes contou que a ilha pertencia a uma grande fazenda. Porém, o proprietário desapropriou parte da terra para a construção da Usina Hidrelétrica Serra da Mesa.&nbsp;&nbsp;

Tal como <a href="https://opopular.com.br/economia/conheca-detalhes-da-ilha-a-venda-por-r-10-milh-es-em-cidade-goiana-1.3117292" target="_self">na ilha de Itumbiara, avaliada em R$ 10 milhões,</a> para construir a represa, o território desapropriado foi inundado. Mas segundo Antunes, a parte da ilha não foi afetada, porque ficava em um ponto alto do terreno, acima do nível da água, o que acabou dando origem à ilha.&nbsp;

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Ilha em Goiás está à venda por R$ 50 milhões

Cidades

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Matéria - Cidades

INVESTIMENTO

Mercado mais aquecido

O custo da locação de imóveis residenciais em Goiânia acompanha o aquecimento do mercado imobiliário. A alta acumulada em 2024 foi de 9,12% na capital e os preços médios dos aluguéis já subiram mais que o dobro da inflação oficial, medida pelo IPCA nos quatro primeiros meses deste ano. Um dos motivos é o aumento da demanda, resultado de um movimento migratório de novos moradores na cidade, e o alto custo dos financiamentos imobiliários, por conta da alta nas taxas de juros.

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Goiânia figurou entre as cidades com maior procura por imóveis no País no primeiro trimestre de 2025, segundo o Índice de Demanda Imobiliária (IDI-Brasil). A capital só ficou atrás de Curitiba (PR) no segmento de famílias com renda de R$ 2 mil a R$ 12 mil e liderou a busca entre quem ganha de R$ 12 mil a R$ 24 mil. Estas pessoas, geralmente, também buscam imóveis melhores e bem localizados. 
Para Wanessa Rizzo, diretora comercial de Locação e Revenda da Rizzo Imobiliária, este boom se intensificou em janeiro, com o aumento da demanda.

“As pessoas começaram a analisar que era mais interessante locar um imóvel do que comprar. Com o rendimento numa aplicação gerando 12% ao ano seria muito melhor investir que imobilizar o dinheiro num imóvel”, avalia. Além disso, as taxas de financiamento aumentaram e muita gente queria resolver problemas de mobilidade sem investir dinheiro num imóvel onde não conseguiria pagar parcelas muito altas.

Com dinheiro em uma aplicação, muita gente teria rendimento muito melhor, pagando aluguel e ainda tendo a liquidez. “As pessoas querem resolver problemas de mobilidade para ida ao trabalho e escola dos filhos. Muitas têm imóveis em condomínios fechados ou em regiões mais afastadas, mas resolveram alugar e vir mais para mais perto”, destaca Wanessa.

Ao mesmo tempo em que há um público que busca imóveis maiores, com ambientes mais amplos e com quintal, outros vêm do interior e de outros estados para a capital, por conta das necessidades de trabalho e educação. “O custo de vida de Goiânia ainda é baixo, se comparado a outras capitais, e o metro quadrado é mais barato, tanto para locação, quanto para venda. Pessoas também buscam melhor infraestrutura e serviços”, diz.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-estabelece-regras-para-as-construc-es-em-goiania-1.3274334" target="_blank">Prefeitura estabelece regras para as construções em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/venda-de-imoveis-em-goiania-inicia-ano-em-alta-1.3267489" target="_blank">Venda de imóveis em Goiânia inicia ano em alta</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/petrobras-reduz-em-5-6-o-preco-da-gasolina-nas-refinarias-1.3272272" target="_blank">Petrobras reduz em 5,6% o preço da gasolina nas refinarias</a></div>

A expectativa é que a demanda continue alta nos próximos meses. Para ela, enquanto não houver mudança na política econômica, não haverá mudança neste cenário. “Com o bom retorno, pessoas que estavam com imóveis à venda já estão colocando para locação, diante da parada do mercado de venda de usados e prontos”, ressalta a diretora. Muitos proprietários também estão procurando a imobiliária alegando que seus imóveis estão com preços defasados e pedindo reavaliação para readequação de valores atuais de mercado.

Quando o inquilino pede para reduzir o reajuste pedido na renovação do contrato, o proprietário está negando. “Hoje, estamos fechando em 8% e os inquilinos querem a metade disso, mas os proprietários estão negando por conta da demanda alta”, conta. Imóveis que demoravam de 15 a 20 dias no estoque, hoje têm saído em 7 dias.

Para Gyselle Campos, diretora comercial da URBS, Goiânia teve uma grande quantidade de lançamentos de empreendimentos de alto padrão que contribuíram para o aumento do valor no metro quadrado. A cidade teve um boom de lançamentos em bairros mais nobres como Bueno, Jardim América e Setor Marista. Ela lembra que o valor do imóvel depende de fatores como a localização, padrão do empreendimento e o acabamento da unidade. Outra fonte de pressão foi a alta no custo de construção, em virtude do dólar, como elevadores e ar-condicionado, que são importados, além do custo dos terrenos em regiões mais centralizadas.&nbsp;

Adensamento

De acordo com a diretora da URBS, atualizações no Plano Diretor também tornaram algumas regiões mais atrativas ao investimento imobiliário, pela possibilidade de maior adensamento. A demanda também foi impulsionada pela vinda de famílias de outros estados para a capital, em busca de mais qualidade de vida e segurança. “A procura por imóveis em condomínios fechados, um produto com valor maior, ajudou a elevar a média dos preços”, completa.

O valor de locação também está ligado ao de venda, pois o investidor busca boa rentabilidade. Juros altos, variando de 11% a 12,5%, dependendo da instituição, têm levado pessoas a adiar a compra e partir para locação. “Neste cenário, observamos o crescimento da procura por consórcios de imóveis”, destaca.&nbsp; 
Os reajustes anuais da locação geralmente são feitos pelo IPCA e pelo IGPM. Mas, a partir de três anos de contrato, caso o proprietário identifique que o valor está abaixo do praticado no mercado, ele tem direito de solicitar uma atualização. Mas a negociação ainda prevalece. “Temos a valorização do metro quadrado, mas também um cenário econômico onde a qualidade dos cadastros de locatários cai. Por isso, é importante que o proprietário avalie o histórico do cliente, pois um reajuste muito alto pode resultar na perda de um bom pagador”, alerta.

O presidente do Secovi Goiás, Antônio Carlos da Costa, acredita que a demanda em Goiás foi favorecida por fatores econômicos, como o bom desempenho do agronegócio e desta safra, que se reflete diretamente no mercado imobiliário. A alta dos juros, com taxas proibitivas, foi outro fator restritivo, que fez muita gente postergar a compra. Além disso, os bancos ficaram mais restritivos para liberar o crédito.

Além disso, as aplicações financeiras estão dando um bom retorno para investimento e morar de aluguel pode ser uma boa opção no momento. Outro ponto, segundo Costa, é que a oferta de imóveis não aumenta instantaneamente e precisa de políticas de mais longo prazo. Na renovação dos contratos, ele também defende que o melhor caminho é negociar e quem tem histórico de pagamentos pontuais, usa isso para conseguir um reajuste menor.&nbsp;

A servidora pública Isabella Barbosa Sepulveda Sávio está deixando um bom apartamento de 103 metros quadrados, onde mora há três anos, pagando um aluguel de R$ 3,3 mil, porque o proprietário precisou retomar o imóvel. Ela procurava outra opção há seis meses e reconhece que ficou bem mais difícil encontrar um valor mais acessível, com esta alta dos aluguéis. “O apartamento aqui tem um padrão muito bom. Hoje, neste mesmo prédio, a gente já não consegue mais apartamento por esse preço. Agora, o mínimo é R$ 3.900”, conta.&nbsp;

A melhor opção encontrada foi outro com a metragem um pouco maior, mas por R$ 4.200. “Os aluguéis estão muito altos, em média de R$ 6 mil para um apartamento de cento e poucos metros quadrados, se não for muito antigo”, destaca. Ela conta que a família está adiando a compra do imóvel próprio para reunir um valor maior para entrada. “É um financiamento longo e fica muito caro por conta dos juros e encargos”, justifica.

<div attr-cid="policy:1.3274647" attr-version="policy:1.3274647:1749431974" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3274647" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3274647', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3274647">Mercado mais aquecido (1.3274647)</a></div>

Com maior demanda, aluguel em Goiânia sobe acima da inflação

Mercado imobiliário

Reportagem na edição do fim de semana mostra o impacto da escassez de infraestrutura no desenvolvimento econômico. Estudo feito pelo Instituto Mauro Borges revela que o PIB de Goiás cresceria 1% caso houvesse acréscimo de 10% na energia elétrica. Seriam R$ 40 bilhões a mais injetados na economia, com benefícios substanciais para o setor industrial e para o agronegócio, permitindo a instalação e expansão de indústrias, hoje travadas pelos gargalos do sistema.

O mesmo relatório aponta também os municípios com maior demanda e que, portanto, devem ser prioridade nos investimentos. Entre elas estão cidades que sofrem com indisponibilidade de energia em razão da falta de ponto de suprimento, o que depende de leilão do governo federal. São vazios de linhas de transmissão, no Norte e Noroeste de Goiás, que provocam forte demanda reprimida nas regiões.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anuncia leilão para este ano, que deverá contemplar municípios goianos. Ao mesmo tempo, o governo estadual estuda projetos para solucionar gargalos de energia. São medidas urgentes, que poderiam dar nova velocidade ao desenvolvimento do estado e imprimir um ritmo econômico que faria Goiás se destacar mais ainda no cenário nacional.&nbsp;

Energia e economia

O Popular