Reunião da Câmara Deliberativa do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE) aprovou, na terça-feira (17), 108 cartas-consulta ao Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), na modalidade Rural. Os financiamentos somaram R$113,5 milhões. A maioria são pedidos de empreendimentos de pequeno-médio porte (51%). A promessa é de que essa injeção de recursos no agronegócio possa gerar 341 empregos diretos em 55 cidades goianas. O município com maior destaque é Jataí, no Sudoeste do Estado. Já as principais atividades que devem ser atendidas pelos recursos são produção de grãos, bovinocultura de corte, cana-de-açúcar, bovinocultura de leite e suinocultura.De acordo com o superintendente de Produção Rural Sustentável da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Donalvam Maia, há expectativa de investimentos pulverizados pelo Estado e produtores podem investir em tecnologia para impulsionar a produtividade. Uma das maiores demandas dos proponentes, aliás, é por máquinas e implementos, que representam R$ 69,8 milhões. Outros setores Diferente da modalidade Rural, o CDE adiou a aprovação de cartas-consulta do FCO Empresarial. Secretário da Retomada de Goiás, César Moura pediu vistas de todas as cartas, 21 no total. Segundo o governo estadual, a decisão foi tomada como forma de manifestar insatisfação com os atuais encargos financeiros incidentes sobre as operações de crédito para outros segmentos da economia. Isso porque as taxas estão bem acima das praticadas para o setor rural. Uma revisão na metodologia de cálculo é esperada e foi solicitada pelo Estado com objetivo de defender os outros segmentos da economia. Os recursos do fundo são provenientes especialmente de 0,6% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Além disso, outra fonte são os retornos dos próprios financiamentos, os pagamentos efetuados no FCO. Destino dos financiamentos do FCO Rural Saiba como deve ser a distribuição das cartas aprovadas no dia 17 de maioDistribuição do recurso por demandas Máquinas e implementos: R$ 69,8 milhões Matrizes: R$ 24,8 milhões Cana-de-açúcar: R$ 5,3 milhões Benfeitorias: R$ 4,1 milhões Sistemas fotovoltaicos: R$ 4,0 milhõesArmazenamento: R$ 2,1 milhõesBarracão free stall: R$ 1,3 milhão Irrigação: R$ 1,1 milhãoPastagens: R$ 849,3 mil Reprodutores: R$ 8,7 mil Principais municípios beneficiados Jataí, Rio Verde, Goiatuba, Montividiu, Vicentinópolis, Edealina, Goiás, Inaciolândia, Porangatu, Silvânia, Novo Planalto, Itumbiara, Doverlândia, Nova Crixás e Cachoeira DouradaFonte: SeapaLeia também: -Goiás deve receber em 2022 no mínimo R$ 3,2 bi do FCO -Conselho não aprova propostas e pressiona por redução de juros do FCO -Goiás pode ser terceiro maior produtor de grãos, estima IBGE