O setor da construção civil espera abrir mais 6 mil vagas até o fim do ano somente em Goiânia. O número é estimado pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), que acredita que o volume dos lançamentos realizados no ano passado agora movimenta o mercado de trabalho. A procura por profissionais, no entanto, ainda esbarra na qualificação. De acordo com o superintendente da Ademi-GO, Felipe Melazzo, há conversas com governos e com o Sistema S para ampliar a formação e capacitação diante do déficit que o setor tem encontrado quando se trata de mão de obra preparada. Somente no primeiro trimestre deste ano, a associação afirma que foram criados 5 mil empregos na região metropolitana da capital e mais 5 mil no interior do estado. Essa movimentação mais intensa é resultado, como pontua Melazzo, das necessidades dos canteiros de obras que já iniciaram as atividades. Um cenário que também leva ao aumento de custo dessa mão de obra.Deficiência A carência de profissionais ocorre inclusive na etapa primária da construção civil, com mestre de obras, pedreiros, serventes, armadores e carpinteiros. “Há um pouco de tudo, às vezes falta chegar a informação da vaga na ponta final e falta qualificação. Mas já temos escolas de capacitação dentro das obras.” Transformar canteiros de obra em preparatórios também eleva os investimentos, mas o superintendente da Ademi-GO explica que há disposição do setor. “Além disso, melhora a remuneração e melhora o poder de compra de quem faz a economia girar. Por isso, vemos como oportunidade fazer a capacitação.” Ao invés de esperar até a conclusão dos cursos, ele explica que trabalho contínuo precisa ocorrer para que o servente se torne encanador, por exemplo, e o trabalhador possa ir subindo de nível dentro das construções. “Assim, ele vai dando oportunidade também para quem não está no mercado poder entrar.” Oportunidades A maior parte das oportunidades que devem surgir este ano na capital é para canteiro de obras. Porém, a Ademi-Go estima também que vagas para engenheiros também possam ser abertas. “A gente também faz a capacitação desses profissionais. Como todos os setores, precisamos de aprimorar sempre para acompanhar a dinâmica, minimizar riscos e evoluir." De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor de janeiro a abril acumulou saldo de 7.443 postos de trabalho, isso com a diferença entre admissões e desligamentos. Um resultado positivo que contribuiu para o crescimento da geração de empregos no Estado. Leia também: -Custo médio do metro quadrado em Goiás tem maior aumento dos últimos dez anos-Com vendas aquecidas, mercado imobiliário goiano olha para cima-Bom desempenho do agronegócio aumenta número de imóveis de alto padrão no Sudoeste goiano