-Imagem (1.2081602)Para a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor está tentando se adaptar a este ‘outro normal’. O vice-presidente de Políticas de Relações Trabalhistas da CBIC, Fernando Guedes Ferreira Filho, alerta que o fechamento escalonado por 14 dias deve gerar atraso e exigir que as empresas adequem a programação de suas obras a esta realidade. Isso significa que será preciso reprogramar as fases da obra. “De qualquer forma, isso é muito difícil de fazer. Desmobilizar uma obra e mobilizar depois gera muitas dificuldades de gestão”, adverte Guedes.Já em relação às vendas, as empresas estão se reinventando e os fortes impactos das medidas de isolamento no primeiro momento começam a ser mitigados. A saída, segundo o vice-presidente da CBIC, tem sido investir nas formas de venda digitais, até mesmo aplicativos. “Hoje, já existem instrumentos que permitem a visita virtual de apartamentos decorados e a legislação já possibilita a assinatura eletrônica de contratos”, destaca. Ele lembra que as adaptações são constantes, já que a situação atual é mutável, com decretos que determinam o fechamento por setores ou por tempo de fechamento, como o atual.Para Fernando Guedes, o setor já é menos propenso à proliferação do coronavírus, pelo trabalho em ambiente aberto, sem aglomerações em pequenos espaços, e por não ter atendimento ao público. Além disso, seus trabalhadores já são acostumados a usar equipamentos de proteção individual (EPIs), como capacetes, luvas e botas. “Somado a isso, são ambientes amplos e inacabados, que permitem adaptações facilmente, como instalação de lavatórios e o distanciamento entre os trabalhadores”, destaca o vice-presidente da CBIC. Segundo ele, as entidades do setor ainda realizam um trabalho de orientação dos trabalhadores para o convívio dentro das obras e junto a seus familiares. “Mesmo nos períodos de funcionamento, não foi registrada contaminação oriunda de canteiros”, garante.