-Imagem (1.2409019)O mercado de trabalho goiano se recuperou no fim do ano passado e a taxa de desemprego caiu para apenas 8,7% no quarto trimestre de 2021 em Goiás, bem abaixo dos 12,7% registrados nos três últimos meses de 2020. Com isso, o Estado fechou o ano com uma taxa de desocupação média de 11,3%, menor que os 12,7% no ano anterior. Por outro lado, o rendimento domiciliar médio ainda está no mesmo patamar de 2017. Entre as causas, estão a alta taxa de informalidade e a inflação.Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2021, divulgada nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em números absolutos, a população desocupada em Goiás era de 332 mil trabalhadores no quarto trimestre de 2021, uma queda de 124 mil pessoas em relação ao mesmo período de 2020, ou seja, de 27,2%. O superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira, lembra que a taxa de desemprego anual no Estado ainda é a segunda maior da série histórica anual. Mas ele ressalta que o resultado do quarto trimestre foi muito positivo, por se tratar da menor taxa de desocupação desde o mesmo período de 2018. "Isso representou uma significativa melhora do mercado de trabalho, com uma taxa menor até que a do período pré-pandemia, em 2019", destaca Edson. Ele ressalta que indústria e comércio tiveram resultados positivos em dois meses do trimestre, enquanto o setor de serviços ficou positivo em todos os meses. Por atividade, o setor que teve o maior aumento do nível de emprego foi a construção civil, com alta de 15,2%, seguido pela agricultura e comércio. Este último teve o melhor desempenho em números absolutos.InformalidadeApesar da recuperação do mercado de trabalho, a alta taxa de informalidade ainda persiste: 40,9% no quarto trimestre de 2021 em Goiás, contra uma média nacional de 40,1% no período. O índice também foi maior que os 39,3% registrados no mesmo período de 2020. Para o superintendente do IBGE em Goiás, este é um aspecto negativo, pois revela uma alta dependência do emprego informal.Um dos reflexos disso ocorre na renda. O rendimento nominal mensal domiciliar per capita da população residente em Goiás foi de R$ 1.276,00 em 2021, um valor 1,4% maior que o registrado em 2020. Com isso, o rendimento voltou ao mesmo patamar contabilizado em 2017, que era de R$ 1.277,00. "O emprego informal geralmente paga menos e não oferece os mesmos benefícios", destaca Edson.Mas ele lembra que o rendimento real também foi muito afetado pela escalada da inflação em Goiás e no Brasil. "Para melhorarmos mais nossos indicadores, a economia precisa continuar crescendo. O mercado de trabalho continua muito competitivo e as desigualdades em termos de taxa de ocupação e rendimento persistem", alerta. O superintendente diz que será preciso conferir se a melhora na taxa de desemprego terá continuidade nestes primeiros meses de 2021.