A emissão de notas fiscais foi um trabalho difícil para alguns empresários no início deste mês em Goiânia. Isso porque o site da Prefeitura passou por um período de instabilidade, o que já ocorreu <a href="https://opopular.com.br/noticias/economia/falha-em-site-da-prefeitura-prejudica-empresas-de-goi%C3%A2nia-1.2379058" target="_blank">outras vezes</a>. De acordo com a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sictec), a plataforma funciona normalmente, o problema é o volume de acessos.&nbsp;Por nota, a pasta informou que o site passou por um período de instabilidade no dia 1º de junho e explicou que isso ocorreu “devido ao volume de acessos que, no início de cada mês, tem aumentado consideravelmente”. Diante desse problema, a Sictec afirma que tem “atuado para ampliar a capacidade do sistema, de modo a torná-lo mais ágil e com estabilidade plena”.&nbsp;Presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado (Acieg), Rubens Fileti explica que os problemas para emissão de notas são esporádicos, mas o sistema cai por conta da tecnologia. “Isso atrapalha o resultado de um mês, as entregas e a confirmação de fluxo de caixa. A tecnologia usada na Prefeitura é antiga, por isso a instabilidade”, avalia.&nbsp;Leia também:&nbsp; -<a href="https://opopular.com.br/noticias/economia/mulheres-tocam-55-dos-pequenos-neg%C3%B3cios-em-goi%C3%A1s-1.2457440" target="_blank">Mulheres tocam 55% dos pequenos negócios em Goiás</a> -<a href="https://opopular.com.br/noticias/economia/goi%C3%A1s-tem-alta-no-emprego-com-saldo-de-13-166-novas-vagas-em-abril-aponta-caged-1.2468571" target="_blank">Goiás tem alta no emprego com saldo de 13.166 novas vagas em abril, aponta Caged</a> -<a href="https://opopular.com.br/noticias/economia/n%C3%BAmero-de-declara%C3%A7%C3%B5es-de-imposto-de-renda-bate-recorde-em-goi%C3%A1s-1.2465972" target="_blank">Número de declarações de Imposto de Renda bate recorde em Goiás&nbsp;</a>

Emissão de notas fiscais esbarra em instabilidades no site da Prefeitura de Goiânia

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Vivemos um tempo histórico. A inteligência artificial (IA) deixou de ser uma previsão futurista e passou a integrar nossas rotinas, transformando a forma como produzimos, consumimos e nos relacionamos. O estado de Goiás, com ousadia e visão estratégica, desponta na vanguarda desse movimento nacional, ao ser o primeiro a oferecer um curso de bacharelado em Inteligência Artificial, atrair investimentos em startups e data centers, além de contar com uma legislação pioneira voltada às novas dinâmicas do trabalho, da inovação e da geração de renda.

Essa revolução se apoia em dados. Volumes imensos de informações são cruzados e interpretados com aplicações que vão da saúde ao trânsito, do mercado financeiro à rotina de empresas e consumidores. Diante desse cenário de transformações aceleradas, a Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), como entidade que há mais de 85 anos impulsiona o desenvolvimento econômico de Goiás, não poderia ficar à margem.

Foi assim que nasceu a Acieg Dataint, uma plataforma que une as mais avançadas tecnologias de Big Data, Business Intelligence (B.I.) e Inteligência Artificial, com o objetivo de apoiar o setor produtivo por meio da análise de dados estratégicos. Um sonho da 50ª Diretoria da Acieg, que finalmente tornou-se realidade ao contarmos com o apoio fundamental da Unimed.

A plataforma utiliza a tecnologia para gerar leituras práticas aos usuários. O Big Data permite a coleta e o armazenamento de imensos volumes de dados, oriundos de diversas fontes e em diferentes formatos. Já o B.I. organiza e interpreta esses dados, transformando-os em informações acessíveis por meio de painéis interativos e relatórios analíticos que subsidiam decisões estratégicas. A IA, por sua vez, amplia esse potencial ao identificar padrões, prever cenários e automatizar análises, acelerando os processos de geração de conhecimento

Neste primeiro momento, a plataforma será utilizada para fortalecer a cadeia do Comércio Exterior em Goiás, especialmente em apoio à realização da Ficomex – Feira Internacional de Comércio Exterior, que ocorre nos dias 4, 5 e 6 de setembro, em Goiânia. No entanto, esse é apenas o ponto de partida. Ao longo dos próximos meses, a Acieg Dataint poderá oferecer análises de renda, emprego, desemprego e tendências demográficas, sociais e políticas — sempre com o foco em subsidiar decisões públicas e privadas com base em evidências concretas.

Ao lançar a Acieg Dataint, a entidade reforça seu papel como ponte entre tradição e inovação, criando um ecossistema onde tecnologia e desenvolvimento andam juntos. Goiás tem vocação para o futuro, e a Acieg está pronta para liderar esse caminho. Participe do evento de lançamento, no dia 13 de junho, às 8h30, na Acieg e associe-se à entidade que é indispensável aos empresários goianos – a Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás.

Juliano Guimarães, bacharel em Direito, com pós-graduação em Marketing em Serviços. Presidente da Câmara Setorial de TI e Inovação da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg)

Os artigos publicados não refletem a opinião de O POPULAR. Sua publicação obedece ao propósito de estimular e fomentar a diversidade e o debate de temas locais, nacionais ou mundiais.

Dados que constroem o futuro

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Juliano Guimarães

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A Titano, que foi lançada no ano passado para completar o portfólio de picapes da Fiat, inaugurando a marca no segmento de D-Picapes, chega mais competitiva na linha 2026, trazendo mais potência, tecnologia e segurança. Ela é produzida no Polo Automotivo de Cordoba, na Argentina.

Entre as principais novidades está o novo motor Multijet 2.2, aliado a um novo câmbio automático de oito velocidades. Com o conjunto, a&nbsp;Titano&nbsp;passa a ter 200 cv de potência e 450 Nm de torque.&nbsp;&nbsp;

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

A pré-venda da Fiat Titano 2026 será iniciada em junho próximo, com as primeiras entregas previstas para julho. Será oferecida nas seguintes versões e preços: Fiat Titano Endurance MT (R$ 233.990,00), Fiat Titano Volcano AT (R$ 263.990,00) e Fiat Titano Ranch AT por R$ 285.990,00.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/sobre-rodas/fiat-titano-2026-comeca-a-ser-produzida-na-argentina-1.3263420" target="_self">Fiat Titano 2026 começa a ser produzida na Argentina</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/sobre-rodas/fiat-pulse-2026-chega-reestilizado-a-partir-de-r-98-990-1.3269121" target="_self">Fiat Pulse 2026 chega reestilizado a partir de R$ 98.990</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/sobre-rodas/fiat-pulse-2026-chega-reestilizado-e-com-novas-vers-es-1.3266387" target="_self">Fiat Pulse 2026 chega reestilizado e com novas versões</a></div>

<h2>Consumo</h2>

Conforme informações da Fiat, a nova motorização, com câmbio automático, traz ainda mais economia para a picape, fazendo com que o consumo no ciclo urbano, que era de 8,5 km/l, passe a ser de 9,9 km/l, gerando uma economia de 16%.

Já na estrada, a&nbsp;Titano&nbsp;passa a fazer 10,8 km/l, 17% melhor se comparado aos 9,2 km/l do motor anterior. A aceleração de 0 a 100 km/h passou de 12,4 km/h para9,9 km/h, ou seja, 20% de melhora.&nbsp;

Ainda sobre as novidades mecânicas, destacam-se a nova calibração da suspensão, que, de acordo com a Fiat, proporciona mais conforto e estabilidade em terrenos irregulares, e a direção, que passa a ser elétrica.

<div attr-cid="policy:1.3271449" attr-version="policy:1.3271449:1748647711" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3271449" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3271449', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3271449">Galeria (1.3271449)</a></div>

<h3>Segurança</h3>

Em termos de segurança, a linha 2026 da picape passa a contar com o sistema ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), na versão Ranch, oferecendo recursos como frenagem automática de emergência, monitoramento de ponto cego e piloto automático adaptativo, deixando a condução cada vez mais segura.&nbsp;&nbsp;

Também traz freios a disco nas quatro rodas e o novo sistema de tração integral permanente (AWD), que permite a troca automática entre a tração traseira (2H) e a tração integral (4X4) .

A Titano&nbsp;conta com seis airbags, sete alças de apoio e diversos sistemas avançados de assistência ao condutor. Entre os destaques estão o alerta de saída de faixa, assistente de descida (Hill Descent Control), detector de pressão dos pneus (TPMS) e controle eletrônico de estabilidade (ESP),

Traz ainda assistente de partida em rampa, controle de tração e o Trailer Swing Control, que melhora a estabilidade ao rebocar. Além disso, conta com freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD), garantindo maior controle e segurança em diversas condições de uso.&nbsp;

<h3>Interior e tecnologia</h3>

O interior da&nbsp;Titano&nbsp;também ganhou novo console central, nova alavanca de câmbio mais moderna, tipo manche, e o novo freio de mão eletrônico melhorando o espaço entre os bancos do motorista e passageiro.&nbsp;&nbsp;

O modelo também traz novidade novidades em tecnologia. A&nbsp;Titano&nbsp;tem um novo quadro de instrumentos, que agora passa a ter tela colorida de 7 polegadas para a versão Ranch. Além disso, a central multimídia de 10 polegadas, que pode ser personalizada e facilita o acesso as várias configurações do carro, passa a contar com uma página exclusiva para condução fora de estrada (Off-Road).

Com Apple Carplay e Android Auto, a central foi aprimorada com conexão sem fio para smartphones.&nbsp;A câmera 360° off-road , além de auxiliar o motorista na hora de estacionar, é ativada automaticamente quando obstáculos são detectados durante a direção. Tudo isso graças às quatro câmeras distribuídas no exterior do veículo, que garantem que esteja pronta para enfrentar qualquer terreno.&nbsp;

<h3>Visual</h3>

O frontal do modelo ganhou mudanças no skidplate (parte inferior do para-choques), que passa a ter uma nova cor e, na versão Ranch, um detalhe voltado para receber os sensores do sistema ADAS. Para combinar com a nova cor do skidplate, os para-choques traseiros também passam a ter detalhes na mesma cor.&nbsp;&nbsp;

A picape também apresenta novas opções de cores: Cinza Silverstone e Branco Alaska, disponíveis nas versões Volcano e Ranch.&nbsp;Completam as novidades um catálogo da Mopar, marca de peças e acessórios originais da Stellantis. O modelo conta com um portfólio de mais de 40 acessórios.&nbsp;&nbsp;

Fiat Titano 2026 chega com novo motor e mais tecnologia

Matéria - Sobre Rodas

Sobre Rodas

<img attr-cid="policy:1.3265705" attr-version="policy:1.3265705:1747663891" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3265705/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site (47).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Da esquerda pra direita: Samara Melo, Tatielly Talita, Marina Kátria e Lorena Aires (Montagem/O Popular)

Você já ouviu aquela frase: "O lugar da mulher é onde ela quiser"? Mas e quando esse lugar é o setor de tecnologia? Em Goiás, ainda são poucas as mulheres que escolhem esse caminho. De acordo com o Perfil da Empreendedora Goiana 2025, elaborado pelo Sebrae Goiás em parceria com a&nbsp;Universidade Federal de Goiás (UFG), apenas 5,9 mil mulheres atuam como empreendedoras na área de tecnologia, o que representa apenas 2% das 353 mil empreendedoras goianas.

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Mesmo entre as que trabalham de casa, a disparidade continua: das 140 mil mulheres que atuam em regime de home office, apenas 5,3 mil são da área de tecnologia, ou seja, cerca de 3,8%.

AO POPULAR, Polyanna Marques, analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Goiás, explicou que a baixa presença das mulheres na área de tecnologia é resultado de uma combinação de fatores históricos, culturais, sociais e estruturais.

<cite>Desde cedo, meninas são desencorajadas, mesmo que de forma sutil, a se interessar por áreas como matemática, ciência e tecnologia. Há uma ideia socialmente construída de que essas áreas são "masculinas", o que afasta muitas mulheres das carreiras em tecnologia logo cedo", destaca Polyanna.&nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/de-m-e-para-m-e-empreendedoras-em-goias-personalizam-produtos-e-servicos-voltados-para-a-maternidade-1.3261821" target="_blank">De mãe para mãe: Empreendedoras em Goiás personalizam produtos e serviços voltados para a maternidade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ong-quer-transformar-favela-na-regi-o-noroeste-de-goiania-em-area-desenvolvida-e-digital-1.3243344" target="_blank">ONG quer transformar favela na região Noroeste de Goiânia em área desenvolvida e digital</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/dobra-numero-de-empreendedoras-mas-com-barreiras-maiores-1.3006325" target="_blank">Dobra número de empreendedoras, mas com barreiras maiores</a></div>

Ela também observa que ambientes majoritariamente masculinos tendem a reproduzir padrões e culturas que desconsideram a experiência feminina. Além disso, muitas mulheres enfrentam a chamada "síndrome da impostora", uma sensação de insegurança e autossabotagem alimentada por contextos onde elas são minoria.

<cite>É importante destacar que a participação das mulheres na área de tecnologia é essencial não só pela representatividade, como também pela diversidade de perspectivas e pela qualidade das soluções que elas agregam", finaliza.&nbsp;</cite>

Apesar dos números ainda tímidos, o cenário vem mudando, puxado por histórias inspiradoras de mulheres que estão à frente da inovação no estado.&nbsp;O POPULAR&nbsp;conversou com algumas 'mulheres tech', que estão abrindo caminhos e servindo de exemplo para outras que sonham em empreender no setor

<h2>Mulheres tech</h2>

Samara&nbsp;Melo Nunes, de 32 anos, é líder de comunidades de inovação, palestrante, mentora e facilitadora de programas de aceleração de startups. Ela é uma referência quando o assunto é tecnologia e empreendedorismo em Goiás. Atualmente, atua como UX Researcher Sênior em uma empresa nacional de tecnologia.

<cite>Empreender, para mim, nasce de um incômodo, da vontade de fazer algo além, de gerar valor e alcançar novos patamares. Meu propósito é ajudar pessoas. Mesmo sem um negócio formal, empreendo ao ensinar outras startups e por meio das comunidades de inovação", afirma Samara Melo.&nbsp;</cite>

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Samara Melo Nunes, de 32 anos, empreende ensinando outras startups e liderando comunidades de inovação (Arquivo Pessoal/Samara Melo Nunes)

Ela também é líder da 'MulheresGO', comunidade voltada para mulheres na tecnologia, inovação e empreendedorismo. "Essas iniciativas surgiram da minha vivência como mulher no setor de tecnologia e da vontade de criar espaços mais inclusivos e colaborativos. São projetos voltados à troca de conhecimento, à formação de redes de apoio e ao fortalecimento do ecossistema local", explica.&nbsp;

Tatielly Talita Batista da Silva, de 35, é proprietária de duas empresas de tecnologia e atua como estrategista de Marketing e Comercial. Ela destaca que promove iniciativas para abrir espaço e fortalecer a presença das mulheres no setor.&nbsp;

<cite>Hoje atuo em dois negócios: a Lextar Tecnologia, que fundei junto com meu marido em 2019, e o Efreela, startup que nasceu em 2022 com o propósito de conectar freelancers a empresas do setor de bares e eventos", afirma Tatielly.&nbsp;</cite>

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Tatielly Talita Batista da Silva, de 35, é uma das fundadoras de duas empresas de tecnologia (Arquivo Pessoal/Tatielly Talita)

Tatielly reforça que a sua atuação é voltada para o crescimento dos negócios digitais, posicionamento de marca, geração de demanda e estruturação de processos comerciais.

<cite>No dia a dia divido meu tempo entre os dois negócios. A tecnologia sempre me encantou pela capacidade de criar soluções que resolvem problemas reais. Ver ideias saírem do papel e impactarem positivamente a vida das pessoas é o que mais me motiva a continuar", afirma Tatielly.</cite>

<h2>Soluções digitais</h2>

Marina Kátria Gonçalves Barbosa, de 32, presta serviços como QA (Quality Assurance) para um banco público, onde é responsável por garantir a qualidade de um software ligado ao Banco Central e a segurança de dados. Desde 2020 ela atua em home office, mas está na área de tecnologia há mais de 10 anos.

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Marina Kátria Gonçalves Barbosa, de 32, desenvolve soluções digitais para atender projetos corporativos (Arquivo Pessoal/Marina Kátria)

Desde então, trabalhou para diversas empresas de Goiânia desenvolvendo o chamado 'software house', que são soluções digitais para atender projetos corporativos. Marina destaca que o ambiente da tecnologia ainda é totalmente masculino e que ainda são poucas as mulheres em cargos de liderança na área.

<cite>Eu já tive que quebrar muitos paradigmas e provar duas vezes mais minha competência que um parceiro de trabalho simplesmente por eu ser mulher. Eu já tive que ser a louca várias vezes para ser ouvida", afirma.&nbsp;</cite>

Lorena Clotilde Aires de Morais, de 33, atua em uma área que une Tecnologia da Informação e Experiência do Cliente (Customer Success) em uma empresa de tecnologia em Goiânia. Se formou em Sistemas de Informação e presta serviços criando soluções digitais.&nbsp;

<cite>Sempre tive facilidade e interesse por tecnologia, além de acreditar no seu potencial transformador. Escolhi essa área porque vejo nela uma ferramenta poderosa para construir soluções que realmente impactam positivamente a vida das pessoas e o futuro da sociedade", explica Lorena Aires.</cite>

<img attr-cid="policy:1.3266148" attr-version="policy:1.3266148:1747747598" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3266148/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site (52).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Lorena Clotilde Aires de Morais, de 33, atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas para melhorar a experiência do cliente (Arquivo Pessoal/Lorena Aires)

Ela explica que não atua diretamente no empreendedorismo, mas a sua principal responsabilidade é desenvolver soluções tecnológicas alinhadas com as necessidades e expectativas dos clientes. Na área, ela afirma que no início da carreira já enfrentou desafios por ser mulher.&nbsp;

<cite>Já tive minha capacidade técnica questionada apenas por ser mulher, o que reforça a importância de continuarmos buscando mais equidade e representatividade no setor", lembra.&nbsp;</cite>

As histórias dessas mulheres mostram que, embora ainda sejam minoria, elas têm construído pontes, redes e soluções que impactam o presente e o futuro da tecnologia em Goiás. Representam não só talento, mas também resistência, diversidade e transformação. Se o lugar da mulher é onde ela quiser, a tecnologia precisa ser, cada vez mais, um desses lugares.

<h2>Diversidade</h2>

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Camis Moreira se identifica como uma pessoa não binária e representa a diversidade na tecnologia em Goiás (Arquivo Pessoal/Camis Moreira)

Camis Moreira, de 29 anos, é coordenadora de tecnologia, palestrante, mentora e fundadora da comunidade goiana 'Portera Tech'. Ela atua na área há mais de 10 anos e&nbsp;lidera uma equipe com cerca de 9 desenvolvedores em uma empresa de Goiânia. Camis se identifica&nbsp;como uma pessoa não binária, ou seja, que não se identifica como homem ou mulher. Fora do ambiente corporativo, ela empreende ministrando palestras, mentorias e treinamentos na área de tecnologia.

<cite>Eu já dei aula durante dois anos no Senac Goiás e fui professora de programação. Eu sempre tive paixão de ensinar e treinar as pessoas, já dei treinamento em eventos de tecnologia e dentro das próprias empresas que eu já passei também", explica Camis.&nbsp;</cite>

Camis relembra que, antes de empreender, atuou como voluntária em eventos de tecnologia, onde palestrava e compartilhava conhecimentos. Foi nesse ambiente que percebeu o potencial de transformar sua expertise em negócios digitais. No entanto, o caminho até alcançar um cargo de liderança e conquistar respeito não foi fácil.

<cite>O mercado de trabalho é tão difícil que muitas vezes temos medo de mostrar quem realmente somos. Não somos avaliados pela nossa competência, mas pelos estereótipos: como falamos, nos vestimos e causamos a primeira impressão. Precisamos ser dez vezes mais competentes para provar nosso valor”, afirma.</cite>

Mulheres tech: como elas estão criando negócios digitais em Goiás

Tecnologia 

Nos últimos anos, temos acompanhado uma transformação importante nas dinâmicas do comércio exterior, com impactos diretos na produção agrícola nacional e, em especial, goiana. A sinalização de que a China pretende ampliar a importação de soja brasileira, diante de um cenário global de tensões comerciais, é mais do que uma notícia interessante: é um indicativo claro de que estamos diante de um momento estratégico que precisa ser compreendido com maturidade e visão de futuro.

O interesse chinês já era esperado. O cenário internacional, marcado por conflitos comerciais entre potências econômicas, naturalmente provoca uma reorganização nas rotas comerciais. Nessa lógica, o Brasil desponta como um dos principais fornecedores mundiais de grãos e proteínas, e Goiás, por sua vez, assume papel de destaque nesse tabuleiro. Produzimos muito, com qualidade e capacidade de expansão. No entanto, para aproveitarmos plenamente essa conjuntura, é fundamental estarmos preparados para os desafios logísticos, diplomáticos e estruturais que acompanham oportunidades dessa magnitude.

A Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) acompanha de perto os movimentos do mercado global e entende que, para além do aumento da demanda, o que está em jogo é a consolidação de parcerias duradouras, baseadas na confiança mútua e na previsibilidade das relações comerciais.

Neste contexto, a própria Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex), que neste ano será realizada, em Goiânia, entre 4 e 6 de setembro, entra em cena como um evento estratégico para fortalecer as relações entre empresas e exportadores brasileiros com o mercado internacional. É uma plataforma que oferece oportunidades ao setor empresarial, que entende desafios e potenciais das micro às grandes empresas.

Não se trata apenas de vender mais, mas de construir pontes sólidas, sustentáveis e equilibradas. É nesse ponto que a diplomacia econômica torna-se um pilar estratégico: o diálogo aberto, a clareza nos acordos e a boa relação entre os países são fatores decisivos para o sucesso das negociações.

Também é preciso compreender que o Brasil, mesmo sendo um dos maiores produtores de soja do mundo, não consegue absorver internamente toda a sua produção. Isso exige de nós uma atuação coordenada para ampliação dos mercados internacionais, diversificação dos parceiros comerciais e fortalecimento das cadeias logísticas. Goiás, com sua vocação agrícola e capacidade de articulação, tem condições reais de crescer ainda mais.

Neste cenário, cabe ao setor produtivo goiano unir esforços, investir em infraestrutura, buscar inovação e, sobretudo, manter-se atento às demandas do mercado internacional. A oportunidade está posta. O desafio é responder à altura, com competência, responsabilidade e visão estratégica. O futuro das exportações brasileiras — e goianas — passa, cada vez mais, pela capacidade de dialogar com o mundo.

Rubens Fileti, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg)