Com a decisão dos governadores de prorrogar por mais 90 dias do congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre gasolina, etanol e gás de cozinha (GLP), o Estado de Goiás está deixando de arrecadar cerca de R$ 40 milhões mensais. Para o governador Ronaldo Caiado, a medida é importante porque faz com que este recurso retorne ao bolso do contribuinte num momento de preços elevados.O Governo de Goiás defendeu a manutenção do congelamento do ICMS sobre os combustíveis por mais 90 dias, durante o 10º Fórum de Governadores, realizado na última terça-feira (dia 22). Anteriormente, o congelamento terminaria em 1º de abril. “Goiás abre mão de receita para auxiliar o cidadão. Vamos continuar mantendo essa posição”, diz o governador.O ICMS em Goiás que está sendo cobrado sobre o preço de referência fixo de R$ 6,5553 para o litro da gasolina comum; R$ 4,9876 para o óleo diesel; R$ 8,0400 para o quilo do gás de cozinha; e de R$ 4,7720 para o etanol hidratado vendidos no Estado. O imposto recolhido pelo governo estadual está reduzido porque estes valores de referência estão bem abaixo dos de mercado praticados hoje nos postos. A medida ajuda a evitar novos aumentos de preços ao consumidor por conta da elevação do imposto estadual.Os governadores estudam ingressar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para declarar inconstitucional a lei que determinou a fixação de alíquota única do ICMS sobre os combustíveis. A lei foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. Para o coordenador do Fórum de Governadores, o governador do Piauí, Wellington Dias, a lei que definiu o cálculo para a alíquota do diesel é uma “usurpação” dos poderes dados aos estados para decidir sobre as próprias tributações.-Imagem (1.1874625)