Gustavo Henrique Rocha, de 24 anos, é engenheiro químico e mestrando da área de alimentos da Universidade Federal de Goiás (UFG) e vai representar o estado em um evento apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, nos Estados Unidos. O estudante, que é conhecido por criar um chocalate sem gordura, agora apresenta um nova ideia. Ele lidera um grupo que foi selecionado entre dez equipes do mundo todo para criar soluções para alimentar 10 bilhões de pessoas de forma sustentável até 2050. Formada por mais quatro pessoas, a equipe de Gustavo é a única finalista da América Latina.O desafio se chama Thought For Food (TFF), uma organização mundial ligada aos Sistemas Alimentares da ONU, e que neste ano recebeu mais de 3.000 projetos de 140 países diferentes. O projeto dos goianos intitulado como "Elixir Food" apresentou a ideia de usar o resíduo do cacau como adoçante após Gustavo visitar a Bahia e conhecer um sistema agloflorestal, onde o fruto é produzido sob a sombra da Mata Atlântica.Segundo o engenheiro, os produtores de cacau descartam o resíduo por falta de condições necessárias para garantir a segurança do consumo do alimento. "Além de desperdiçar um superalimento, o descarte deste resíduo (cerca de 52 mil toneladas por ano) causam grande impacto na floresta nativa, e afasta dos produtores um novo potencial de fonte de renda", explica. VaquinhaO primeiro encontro do desafio acontecerá entre os dias 27 de setembro ao dia 1º de outubro, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Depois disso, Gustavo deve voltar em dezembro para apresentar o projeto oficialmente. Os melhores projetos e o grupo vencedor poderão ganhar até 30 mil dólares, além de outros prêmios.Gustavo explica que o evento não consegue custear os valores das passagens e hospedagem para toda a equipe, que é formada por ele e mais quatro integrantes, sendo Radharani Claro, Ana Santos, Joyce Beatriz e Namie Yoshioka.O grupo "Elixir Foods" está mobilizando uma vaquinha virtual para conseguir arrecadar o valor necessário."O evento apenas cobre os custos do líder da equipe. Estamos tentando mandar outros integrantes", finaliza. Leia também:- Medicamento para pets desenvolvido por startup da UFG controla parasitas sem efeitos colaterais- UFG desenvolve teste para monkeypox com diagnóstico em menos de 1 hora- Estudantes de Goiânia criam minisatélites para monitorar lavouras e incêndios-Imagem (1.2525355)-Imagem (1.2525375)-Imagem (1.2525359)