A sétima edição da Feira Internacional das Esmeraldas terá início nesta sexta-feira (24) em Campos Verdes, na região norte de Goiás. Depois de dois anos sem ser realizado, o evento traz rodadas de negócios com intenção de atrair novos investimentos para mineração e também oportunidade para que a população em geral possa “minerar” e encontrar pedrinhas que chegam a valer R$ 70 mil. De acordo com a organização, há expectativa de gerar mais de R$ 12 milhões em negócios efetivos este ano. O prefeito Haroldo Naves acredita que possa ocorrer uma retomada para além do evento. A intenção é atrair mais de 20 mineradoras com novas pesquisas e termos de compromisso ambiental, conjunto de ações que acredita ter potencial para gerar até mil empregos diretos. “Mapeamento geológico mostra que 90% da jazida não foi explorada”, pontua sobre a riqueza local. Na intenção de incentivar a reativação da mineração no município e o comércio internacional de pedras preciosas, ele explica que a feira é importante para chamar atenção do setor. Na programação, que vai até o dia 26 de junho, há debates, exposições de joias, turismo mineral e shows. Retomada “É um momento de retomada pela questão da pandemia, que trouxe prejuízo. Havia uma comitiva de 20 empresários de Taiwan que viriam para a feira em 2020, o que não foi possível. Ainda teremos menos visitantes do exterior, mas vamos mostrar o potencial de Goiás na comercialização de pedras preciosas", diz o prefeito de Campos Verdes. Ele explica que são mais de 20 tipos de pedras, o que inclui as semi-preciosas. Para democratizar o acesso às esmeraldas, ele pontua que há no evento o que chamam de “garimpe e pague”. Nessa atividade, é possível o visitante adquirir porções de xisto por R$15, que após lavagem podem revelar esmeraldas. Recentemente, ele lembra que um morador adquiriu um carrinho carregado de xisto por R$ 200 e conseguiu encontrar esmeralda que foi vendida por R$ 70 mil. Para entrar nesse clima, durante os três dias de evento, há possibilidade também dos visitantes realizarem visitas às áreas de garimpagem de pedra preciosa e acompanhar confecção de joias. Outra peculiar atração é a corrida do carrinho do bamburro, que faz referência à sorte que é possível ter com carregamentos de xisto. Mais de 16 duplas já se inscreveram para participar da competição, onde um minerador carrega o outro no carrinho e os que chegam primeiro são os campeões. Já do lado dos negócios, o otimismo para Haroldo Naves está na apresentação para mineradores de relatório inédito com estudo que pode ajudar a reduzir o custo da exploração com melhor direcionamento de onde estão as fissuras das rochas e os veios promissores. Leia também: -Goiás amplia em 36% arrecadação com atividade de mineração-Mineração pode movimentar em Goiás mais de R$ 30 bi em dez anos-‘Será um diagnóstico do setor de mineração’, diz especialista -Imagem (1.2478723)