Goiás teve um crescimento de 1.239% na criação de empregos com carteira assinada em 2021. Os dados foram divulgados na manhã deste domingo pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ao todo, o estado teve 110.787 novas vagas no último ano contra apenas 8.272 em 2020, em meio às restrições econômicas da Covid-19.Os dados do Caged também apresentam um balanço parcial dos primeiros meses de 2022. Em janeiro e fevereiro deste ano, Goiás teve a criação de 30.038 empregos com carteira de trabalho assinada.Nos últimos dois anos e os primeiros meses de 2022, a atividade econômica que mais contribuiu para a geração de empregos foi a de serviços, com 54.651 novas vagas. Na sequência está a área da indústria, com 31.641, do comércio, com 30.288, construção civil, com 18.043, e da agropecuária, com 14.474.&nbsp;De acordo com os números apresentado pelo Caged, as mais de 110 mil novas vagas representam o melhor desempenho desde 2002, quando o estado teve a criação de 32.300 vagas.Desemprego&nbsp;O estado de Goiás fechou o último trimestre de 2021 com uma queda no número de desemprego. Conforme publicado pelo POPULAR em fevereiro deste ano, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mostram que a <a href="https://opopular.com.br/noticias/economia/desemprego-em-goi%C3%A1s-cai-em-2021-mas-renda-est%C3%A1-no-patamar-de-2017-1.2408982">taxa caiu para 8,7 no quarto trimestre do ano passado.&nbsp;</a>Com esse número, Goiás fechou 2021 com uma taxa de desocupação média de 11,3%, contra 12,7% registrado em 2020.&nbsp;Os dados da pesquisa mostram que, em números absolutos, a população desocupada em Goiás era de 332 mil trabalhadores no quarto trimestre de 2021, uma queda de 124 mil pessoas em relação ao mesmo período de 2020, ou seja, de 27,2%.Por outro lado, o rendimento domiciliar médio ainda está no mesmo patamar de 2017. Entre as causas, estão a alta taxa de informalidade e a inflação.Leia também:-&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/noticias/economia/volta-de-taxa%C3%A7%C3%A3o-pode-desestimular-reciclagem-no-brasil-1.2439268">Volta de taxação pode desestimular reciclagem no Brasil</a>-&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/noticias/economia/produ%C3%A7%C3%A3o-agropecu%C3%A1ria-de-goi%C3%A1s-deve-chegar-a-r-108-8-bilh%C3%B5es-em-2022-1.2437876">Produção agropecuária de Goiás deve chegar a R$108,8 bilhões em 2022</a><div attr-cid="policy:1.1452657" attr-version="policy:1.1452657" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1452657" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1452657', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1452657">Imagem (1.1452657)</a></div>

Goiás teve crescimento de 1.239% na criação de empregos formais em 2021

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Mais de 1,6 mil crianças e adolescentes de até 17 anos ficam órfãos de pelo menos um de seus pais por ano em Goiás, segundo um levantamento inédito&nbsp;realizado pelos Cartórios de Registro Civil. Os dados ainda apontam que, em 2021,&nbsp;a Covid-19 foi responsável por ao menos um terço da orfandade no estado, correspondendo a 654 crianças que perderam seus pais por conta da doença em um total de 1.827 órfãos.

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O levantamento se refere ao período de 2021 a 2024. Neste período, os cartórios conseguiram fazer o cruzamento dos dados dos CPFs dos pais existentes nos registros de mortes com o registro de nascimento de seus filhos. Dessa forma, foi possível chegar ao número exato de órfãos no país ano a ano. Até a metade de 2019 não havia a obrigatoriedade de inclusão do CPF dos pais no registro de nascimento, o que impedia a coleta dessas informações.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/feminicidios-deixam-orf-os-em-goias-1.3106212" target="_blank">Feminicídios deixam órfãos em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-e-2-estado-com-mais-orf-os-da-covid-19-no-brasil-1.2339571" target="_blank">Goiás é 2º estado com mais órfãos da Covid-19 no Brasil</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/redes-de-apoio-s-o-criadas-em-goias-para-acolher-orf-os-da-pandemia-1.2325929" target="_blank">Redes de apoio são criadas em Goiás para acolher órfãos da pandemia</a></div>

De acordo com a Associação dos Registros de Pessoas Naturais do Estado de Goiás (Arpen-GO),&nbsp;além dos 1.827 órfãos contabilizados em 2021, o ano seguinte registrou 1.480 crianças que perderam ao menos um dos pais, enquanto 2023 registrou um aumento para 1.621 órfãos e, até outubro de 2024, o número já totaliza 1.625, o que supera o recorde do ano passado neste período.&nbsp;

Quando consideradas apenas crianças e adolescentes que ficaram órfãos dos dois pais, os números variam. Em 2021 foram 41, em 2022, 38, em 2023, 32 e, até outubro de 2024, 45 órfãos. Em razão de seu contingente populacional, São Paulo é o estado que mais registra órfãos no Brasil, seguido pela Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

<h2>Rastros da Covid-19</h2>

Os dados consolidados do levantamento dos Cartórios de Registro Civil apontam que a Covid-19 deixou, desde 2019, 837 crianças órfãs de pelo menos um de seus pais em Goiás. Ao analisar os dados nacionais, entre as doenças correlacionadas ao coronavírus no mesmo período,&nbsp;o número pode chegar a ao menos 1.243 crianças órfãs no Brasil - considerando a&nbsp;Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – 28; Insuficiência Respiratória – 348; e Causas Indeterminadas – 30.

Ainda segundo o estudo, ao menos 13 crianças perderam os dois pais em razão da doença causada pelo novo coronavírus, número que pode ser ampliado a 18, se forem considerados óbitos de doenças à época relacionadas com a Covid-19, como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – 0; Insuficiência Respiratória – 5; e Causas Indeterminadas – 0. O levantamento ainda aponta reflexo no aumento do número de órfãos em razão do falecimento de seus pais em doenças como Infarto, AVC, Sepse e Pneumonia, que estiveram relacionadas com a pandemia nos últimos anos.

Goiás tem média de 1,6 mil órfãos por ano desde 2021, apontam cartórios

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Rastros da Covid

Em Goiás, o mês de novembro – que tem no seu transcorrer o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres (25), ficou manchado de sangue feminino. Menos de 30 dias após a sanção da Lei 14.994, que endureceu as penas para quem pratica o feminicídio, teve início no Estado uma nova escalada dessa modalidade de crime, reforçando que as mulheres continuam sendo vítimas em uma sociedade marcada pela desigualdade entre gêneros. Goiânia não fugiu dessa realidade.

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Essa violência, na visão da tenente-coronel PM Cláudia da Silva Lira (Avante), vice-prefeita eleita de Goiânia, é o ápice de uma situação que precisa ser trabalhada de forma preventiva, em políticas públicas primárias, para que os frutos sejam colhidos no futuro. A oficial é uma das precursoras da Patrulha Maria da Penha, hoje organizada em Batalhão, que nasceu em Goiânia no ano de 2015. A ideia surgiu para levar segurança às mulheres da região noroeste da capital, então com alto índice de violência doméstica.

Desde a eleição de Sandro Mabel (UB) para prefeito de Goiânia, sua vice tem se dedicado a estruturar a Rede de Proteção à Mulher, prevista no programa de governo, atribuição que ela recebeu do futuro prefeito. “Nosso foco é priorizar as mulheres vítimas de violência, mas também a mulher como um todo. Sem trabalhar vários eixos, como saúde, educação, capacitação e empreendedorismo, ela não tem como sair desse ciclo.” Nos últimos dias, a agenda da futura vice-prefeita está cheia, com várias reuniões. “Estamos fazendo o diagnóstico para definir como implementar as ações nos primeiros cem dias da administração e estabelecer um cronograma.”

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-e-preso-suspeito-de-esfaquear-companheira-e-tentar-subornar-policiais-com-pix-de-r-2-mil-em-porteir-o-1.3189862" target="_blank">Homem é preso suspeito de esfaquear companheira e tentar subornar policiais com pix de R$ 2 mil, em Porteirão</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-leva-18-pontos-na-cabeca-apos-ser-agredida-com-golpes-de-madeira-por-homem-durante-briga-em-rio-verde-diz-gcm-1.3185110" target="_blank">Mulher leva 18 pontos na cabeça após ser agredida com golpes de madeira por homem durante briga em Rio Verde, diz GCM</a> 
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Durante a campanha eleitoral, Cláudia Lira recebeu de grupos organizados uma carta de intenção com 49 sugestões de ações. “Muitas estão contempladas na Rede de Proteção à Mulher, mas ela será construída por várias mãos”, enfatiza. Ela explica que a experiência adquirida na polícia comunitária mostra que “quanto mais pessoas participam, tudo melhora”. E, em razão das muitas vozes que tem ouvido, aumenta a convicção de que a tecnologia pode ser uma importante aliada na proteção das mulheres em risco de violência doméstica.

Coronel Cláudia lembra que o aplicativo Mulher Mais Segura, criado em maio de 2023 pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás, se mostrou eficiente. Entretanto, ela quer ir além. “Vamos buscar estratégias para melhorar a prevenção, como o uso de inteligência artificial e videomonitoramento.” Ex-bolsista da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), ela recebeu no ano passado a oferta, pela embaixada japonesa, de um aplicativo para a área de prevenção. Nesta sexta-feira (29), ela se reuniu com representantes da embaixada do Japão para tratar do assunto.

Outro “grande desafio”, como afirma a coronel Cláudia Lira, é a entrega da Casa da Mulher Brasileira, um espaço criado pelo Ministério das Mulheres, com dez unidades funcionando no País. A da capital, localizada no bairro Goiânia 2, deveria ter sido entregue em novembro de 2023, mas até o momento apenas 7% da obra avançou. “Já fizemos uma série de reuniões para alinhar o andamento do projeto e esperamos entregar este equipamento, que é muito importante, em outubro ou novembro de 2025.”

Um dos eixos do programa Mulher Viver sem Violência, do Ministério das Mulheres, a Casa da Mulher Brasileira foca no atendimento multidisciplinar e humanizado às mulheres. Num mesmo espaço há acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público; Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças; alojamento de passagem; e central de transportes.

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<h2>Plano de prefeito eleito prevê ações de proteção primária</h2>

A Rede de Proteção à Mulher, conforme prevê o plano de governo de Sandro Mabel, conta com 19 propostas. A vice-prefeita eleita, coronel Cláudia Lira, será a coordenadora das ações que, em sua opinião, não podem ser desenvolvidas de forma isolada. E outras ideias podem ser agregadas às propostas. “Mais da metade da população de Goiânia (52,8%) é composta por mulheres e grande parte delas são chefes dos lares. É preciso vê-las no todo e implantar ações de proteção primária, como a garantia de vagas em Cmeis para que possam buscar o sustento familiar. Elas suportam a condição de violência porque não têm como se manter.”

Da mesma forma, a vice-prefeita eleita acredita que a proteção primária, uma atribuição do município, segundo ela, também passa pela questão da saúde e da capacitação para empregabilidade. “Temas transversais que começam na educação, como o respeito às diferenças e a cultura da paz, precisam ser levados em conta na Rede de Proteção à Mulher.”

<h3>Questões estruturais</h3>

Membro da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), o juiz de Direito Vitor Umbelino lamenta a repetição dos feminicídios não apenas em Goiás, mas em todo o mundo. Ele lembra que o machismo, o sexismo e o racismo são questões estruturais na sociedade que devem ser combatidas e desconstruídas. “Isso não acontece da noite para o dia, por isso estamos fazendo a nossa parte. Para uma sociedade ser democrática, precisamos ter igualdade plena entre homens e mulheres. Isso está no Artigo 5º da Constituição Brasileira.”

O magistrado reforça que os crimes contra mulheres são resultado de uma sociedade patriarcal, construída há cinco séculos. “Muitos ainda acreditam que o homem tem de ser reverenciado pela mulher, que ela é subordinada hierarquicamente a ele e que ele tem de ocupar o papel central na família, na sociedade, na política e no direito. Mas não é assim.” Vitor Umbelino lembra que é política obrigatória do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para todos os tribunais do País, a realização de ações, programas e projetos para prevenir e enfrentar a violência doméstica.

Em Goiás, o TJGO atua em duas frentes. No enfrentamento dos feminicídios, os processos têm tramitação célere em todas as comarcas, uma prioridade definida pela Corregedoria Geral de Justiça. “Não tem processo relacionado a feminicídio parado. A determinação é que o julgamento seja agilizado. Nas Semanas da Justiça pela Paz em Casa, como a que estamos realizando esta semana, damos suporte para os mutirões que agilizam esses processos para que os agressores sejam punidos.”

Na parte de prevenção, a Coordenadoria da Mulher leva para instituições de ensino o Projeto Educação e Justiça: Lei Maria da Penha na Escola, que trabalha com professores e estudantes a temática da igualdade de gênero e do combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres. “Desde a publicação da Lei Maria da Penha, em agosto de 2006, houve muitos avanços, há uma maior conscientização. Naquela época não se falava no tema e, quando o homem batia na mulher, pagava uma cesta básica”, lembra.

Os quase 50 grupos reflexivos para autores de violência doméstica, implantados em várias comarcas goianas são, na opinião de Vitor Umbelino, uma ferramenta importante. “Os agressores são obrigados a frequentar o grupo para refletir sobre a violência, a cultura de paz e a igualdade de gêneros.” Em média, o índice de reincidência após o autor passar por esses grupos é de 4,18%, o que comprova sua eficiência. O magistrado destaca a sanção em outubro da Lei 14.994, pela qual agressores de mulheres, principalmente autores de feminicídios, podem pegar de 20 a 40 anos de reclusão, ao contrário da pena anterior, que era de 12 a 30 anos. “É a pena mais grave do Código Penal.” 
 
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Vice-prefeita eleita, Cláudia Lira aposta na Rede de Proteção à Mulher (Diomício Gomes / O Popular)

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<h3>Maioria foi assassinada por pessoa próxima</h3>

Na segunda-feira (25), Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, a ONU Mulheres e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) divulgaram o relatório Feminicídios em 2023: Estimativas globais de feminicídios por parceiro íntimo ou membro da família. O documento revela que o feminicídio continua sendo um problema generalizado em todo o mundo. No ano passado, segundo o relatório, globalmente 85 mil mulheres e meninas foram mortas de maneira intencional e, desses crimes, 60% (51 mil) foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família.

No mesmo dia, no Brasil, o Instituto Patrícia Galvão e a empresa Consulting do Brasil divulgaram a pesquisa “Medo, ameaça e risco: percepções e vivências das mulheres sobre violência doméstica e feminicídio”. O levantamento mostra que duas em cada dez mulheres brasileiras (21%) já foram ameaçadas de morte por parceiros atuais ou ex-parceiros românticos e seis em cada dez conhecem alguma que vivenciou essa situação. Para 60% das entrevistadas, a sensação de que os agressores não pagam pelo mal que fazem tem relação com o aumento dos casos de feminicídio.

No dia 26, a Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado Federal aprovou o projeto de 5.881/2023 que prevê a publicação, a cada dois anos, de relatório com informações e análises de dados sobre violência contra as mulheres. O relatório deve ser produzido a partir do Registro Unificado de Dados e Informações sobre Violência contra as Mulheres, que está previsto na Lei 14.232, de 2021. Agora a proposta segue para a Comissão de Direitos Humanos (CDH).

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Violência letal contra as mulheres está em alta em Goiás

Feminicídios

A taxa de desemprego voltou a recuar e atingiu 6,2% no Brasil no trimestre até outubro, apontam dados divulgados nesta sexta (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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É o menor patamar da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que teve início em 2012.

Antes da divulgação desta sexta, a mínima havia sido registrada no trimestre até dezembro de 2013. À época, a taxa foi de 6,3%.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/desemprego-tem-menor-taxa-da-serie-para-3-tri-ibge-ve-reflexo-de-economia-aquecida-1.3193917" target="_blank">Desemprego tem menor taxa da série para 3º tri; IBGE vê reflexo de economia aquecida</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/comercio-goiano-ja-acusa-apag-o-de-m-o-de-obra-neste-fim-de-ano-1.3194597" target="_blank">Comércio goiano já acusa apagão de mão de obra neste fim de ano</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/fim-do-ano-chegando-como-guardar-dinheiro-para-pagar-contas-e-realizar-sonhos-1.3166990" target="_blank">Fim do ano chegando: como guardar dinheiro para pagar contas e realizar sonhos?</a></div>

O maior patamar da série, por outro lado, ocorreu nos intervalos finalizados em março de 2021 e setembro de 2020, quando o indicador alcançou 14,9%, sob impacto da pandemia.

<cite>Do ponto de vista dos indicadores, eles são muito consistentes", disse Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.</cite>

A técnica associou o resultado à geração de empregos em diferentes setores da economia. "É uma melhoria que vem sendo sustentada trimestre após trimestre", afirmou.

O desemprego estava em 6,8% no trimestre até julho deste ano, que serve de base de comparação.

Para o intervalo até outubro, o mercado financeiro já esperava a mínima de 6,2%, segundo a mediana das projeções de analistas consultados pela agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 6% a 6,4%.

Conforme o IBGE, o número de desempregados atingiu 6,8 milhões até outubro. O instituto afirmou que esse é o menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014 (6,6 milhões). O número era de 7,4 milhões até julho deste ano.

A população desocupada reúne pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e que seguem à procura de oportunidades. Quem não está buscando vagas, mesmo sem ter emprego, não faz parte desse grupo nas estatísticas oficiais.

<h4>OCUPAÇÃO RENOVA RECORDE</h4>

O número de pessoas ocupadas com algum tipo de trabalho foi estimado em 103,6 milhões no trimestre até outubro. Isso significa que o indicador voltou a bater recorde. O contingente era de 102 milhões até julho.

O IBGE indicou que o aumento do número de ocupados veio espalhado por diferentes setores, destacando as variações na indústria (2,9%, ou mais 381 mil), na construção (2,4%, ou mais 183 mil) e em outros serviços (3,4%, ou mais 187 mil). O comércio, por sua vez, teve uma expansão de 248 mil ocupados, o que significa um avanço de 1,3%.

O chamado nível da ocupação subiu a 58,7%, outro recorde da pesquisa. O indicador mede o percentual de pessoas que estão trabalhando em relação à população total de 14 anos ou mais.

<h4>RENDA FICA ESTÁVEL</h4>

A renda média dos trabalhadores ocupados foi de R$ 3.255 por mês no trimestre até outubro. O resultado mostra uma variação positiva de 0,8% ante o período até julho (R$ 3.230), mas o IBGE considera o dado dentro da margem de estabilidade.

Ante o trimestre até outubro do ano passado (R$ 3.133), o rendimento cresceu 3,9%. Valores mais altos do que o mais recente (R$ 3.255) só foram encontrados pelo IBGE em 2020, durante a pandemia.

À época, a saída do mercado de trabalhadores informais contribuiu para elevar a média dos ocupados. Ou seja, o rendimento não cresceu na ocasião devido a ganhos salariais, mas, sim, por uma mudança na composição da mão de obra.

<h4>ECONOMIA AQUECIDA PUXA QUEDA DO DESEMPREGO</h4>

Analistas afirmam que a redução do desemprego reflete principalmente o aquecimento da economia. A proximidade do final do ano também pode estimular contratações temporárias.

<cite>É um cenário de resiliência do mercado de trabalho, que já vem há algum tempo, desde a saída da pandemia", diz o economista Bruno Imaizumi, da consultoria LCA.</cite>

Embora seja considerado fator preponderante para entender os dados, o desempenho positivo da atividade econômica não explicaria sozinho o fato de o desemprego estar em um patamar tão baixo para a série do IBGE.

De acordo com Imaizumi, um ponto secundário que contribui para o resultado é a taxa de participação mostrar nível inferior ao do pré-pandemia.

Esse indicador mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais que estão inseridas na força de trabalho como ocupadas (empregadas) ou desempregadas (à procura de oportunidades).

No pré-pandemia, a taxa de participação estava acima de 63%. Durante a crise sanitária, o indicador caiu, e a recuperação não foi suficiente para a retomada do nível anterior à crise. O percentual foi de 62,6% no trimestre até outubro deste ano.

Conforme Imaizumi, o quadro pode estar associado principalmente ao envelhecimento da população.

Tradicionalmente, os mais velhos estão entre os brasileiros com menor inserção no mercado, o que contribuiria para frear a procura por trabalho e, assim, reduzir a pressão sobre a taxa de desemprego.

<cite>Mas isso não anula o fato de que o mercado de trabalho está absorvendo as pessoas, tanto na formalidade quanto na informalidade", diz o economista.</cite>

Ele também vê estímulos para a geração de empregos com a volta de serviços presenciais após a pandemia e com a redução de custos judiciais para empresas depois da reforma trabalhista de 2017.

A taxa de desemprego já havia marcado 6,4% no trimestre até setembro deste ano. O IBGE, contudo, evita a comparação direta entre períodos com meses repetidos, como é o caso dos intervalos finalizados em setembro e outubro.

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Desemprego recua a 6,2% e atinge mínima da série histórica

MERCADO DE TRABALHO

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Operação Influencers

<img attr-cid="policy:1.3204409" attr-version="policy:1.3204409:1732797457" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3204409/image/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2024-11-28T081515.275.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Policiais cumprindo os mandados de busca e apreensão. (Divulgação/Polícia Federal)

Os influenciadores suspeitos de dar curso ensinando como contrabandear eletrônicos operavam em Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas, segundo a Polícia Federal (PF). Muito bem estruturada, a organização contava com divisões de tarefas internas e&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/influenciadores-suspeitos-de-ensinar-como-importar-eletronicos-sem-pagar-impostos-movimentaram-r-2-7-bilh-es-em-2-anos-1.3204821" target="_blank">movimentou R$ 2,7 bilhões nos últimos dois anos</a>, causando um prejuízo de R$ 80 milhões aos cofres públicos, segundo a Receita Federal.&nbsp;

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Para Marcela Rodrigues de Siqueira Vicente, superintendente Regional da PF em Goiás, o prejuízo causado pelo grupo atinge não só o Estado como instituição, mas também o cidadão comum, porque o que se deixa de arrecadar com a ação criminosa é repassado aos contribuintes e aos lojistas que trabalham dentro da legalidade.

Como os nomes dos envolvidos não foram divulgados, a reportagem não conseguiu localizar as defesas deles até a última atualização deste texto.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/influencers-suspeitos-de-ensinar-como-importar-eletronicos-sem-pagar-impostos-s-o-alvo-de-operac-o-da-pf-em-camelodromo-1.3204370" target="_blank">Influencers suspeitos de ensinar como importar eletrônicos sem pagar impostos são alvo de operação da PF em camelódromo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/influenciadores-suspeitos-de-ensinar-como-importar-eletronicos-sem-pagar-impostos-movimentaram-r-2-7-bilh-es-em-2-anos-1.3204821" target="_blank">Influenciadores suspeitos de ensinar como importar eletrônicos sem pagar impostos movimentaram R$ 2,7 bilhões em 2 anos</a></div>

<h2>Como o grupo agia&nbsp;</h2>

<a href="https://opopular.com.br/cidades/influencers-suspeitos-de-ensinar-como-importar-eletronicos-sem-pagar-impostos-s-o-alvo-de-operac-o-da-pf-em-camelodromo-1.3204370" style="font-size: 12px;" target="_blank">Alvos de uma operação realizada nesta quinta-feira (28)</a>, que apreendeu diversos eletrônicos e carros de luxo, durante o cumprimento de 76 mandados de busca e apreensão, o grupo ostentava viagens e outros luxos nas redes sociais. De acordo com os investigadores, a organização criminosa era especializada na compra e venda ilegal de produtos eletrônicos, na sua maioria vindos do Paraguai, país que faz fronteira com o Brasil.

<img attr-cid="policy:1.3204436" attr-version="policy:1.3204436:1732822794" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3204436/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2024-11-28T095925.517.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Veículos apreendidos na operação nesta quinta-feira (28) (Divulgação/Polícia Federal)

Com a promoção de cursos para ensinar a comprar produtos ilegalmente na internet, os influenciadores investigados também passavam estratégias para ocultar as operações criminosas. De acordo com o delegado de Polícia Federal, Eduardo Augusto Maneta, o grupo usava criptomoedas para realizar a lavagem do dinheiro e "burlar" a fiscalização das autoridades. Todo o passo a passo era detalhado para os ‘alunos’.&nbsp;

<cite>Era vendido todo um aparato de estrutura criminosa, desde de facilidades por meio de, como nós denominamos, ‘criptodoletos’, a estrutura de transporte, para que essa mercadoria ingressasse ilegalmente no território brasileiro - oriunda de muitos países - para que fossem direcionadas para depósitos clandestinos, alguns deles localizados em Goiânia. Esses depósitos contam com alta vigilância e funcionam como uma espécie de ‘rampa’ para distribuição no Centro-Oeste e em outras regiões”, detalhou o delegado da Polícia Federal, Eduardo Augusto Maneta.</cite>

De acordo com o delegado da Receita Federal, Djalma Alencar Lustosa Sobrinho, as pessoas que compraram esses cursos, em sua maioria, são cidadãos comuns, e serão responsabilizadas criminalmente, na medida de sua culpabilidade.

<div attr-cid="policy:1.3204919" attr-version="policy:1.3204919:1732895902" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3204919" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3204919', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3204919">webstories (1.3204919)</a></div>

<h2>Investigação&nbsp;</h2>

De acordo com a PF, as investigações começaram com a prisão em flagrante de transportadores de mercadorias na Operação Mobile, em abril deste ano. Neste período, a polícia descobriu uma rede de contrabando que incluía importação clandestina, depósito e distribuição dos produtos em cidades como Goiânia, Anápolis, Palmas, Manaus e Confresa (MT).

Já nesta quinta, após avanço nas investigações, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em supostos depósitos e lojas com produtos contrabandeados. <a href="https://opopular.com.br/cidades/influencers-suspeitos-de-ensinar-como-importar-eletronicos-sem-pagar-impostos-s-o-alvo-de-operac-o-da-pf-em-camelodromo-1.3204370" target="_blank">Parte dos mandados judiciais foram cumpridos em endereços que ficam no Camelódromo de Campinas, em Goiânia.&nbsp;</a>

<div attr-cid="policy:1.3204415" attr-version="policy:1.3204415:1732797508" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3204415" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3204415', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3204415">Operação Influencers (1.3204415)</a></div>

Ao todo, foram apreendidos cerca de R$ 1,5 milhão em mercadorias. Além disso, do bloqueio judicial de veículos de luxo, que somados chegam a um montante de R$ 9 milhões, segundo o delegado da Receita Federal, Djalma Lustosa.

A Polícia Federal informou que o grupo deve responder por descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de dinheiro. As penas, se somadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão.

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Colaborou: Letícia Grazielly e Sylvester Carvalho