Goiânia tem a quarta gasolina mais barata entre as capitais, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O preço médio do litro, conforme pesquisa, é de R$5,66.De acordo com a tabela divulgada pela Secretaria de Estado da Economia de Goiás, nesta quinta-feira (28), a gasolina mais barata encontrada na capital custa R$ 4,85, em um posto da Vila Brasil I, enquanto o maior preço registrado é R$ 7,59, em um estabelecimento no setor Central.Para Márcio Andrade, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), o fator pouco tem relação com os empresários do setor. "São fatores que contribuíram, como a redução do ICMS, que foi geral, mas deu muita diferença entre um estado e outro", informa."Tínhamos estados com ICMS até mais caro que Goiás, como o Rio de Janeiro, com cerca de 35% da gasolina. Goiás estava entre os mais caros e agora ficou entre os mais baratos por isso. Nivelou todo mundo. Também tem a questão da Petrobrás, que tem custos diferentes para cada localidade. Essa colocação de mais barato é um reflexo dos vários fatores que formam o preço em cada estado, não é uma decisão do empresário", afirma.Leia também:- Petrobras reduz novamente preço da gasolina- Goiânia tem menor inflação para julho no País impulsionada pela redução no preço dos combustíveis- Postos vendem gasolina abaixo de R$ 5 o litro, em GoiásFlutuaçãoAndrade ainda afirma que foi surpreendido pela nova redução anunciada pela Petrobrás, que deve diminuir em R$ 0,15 o valor da gasolina a partir de sexta-feira (29). "O cenário vai mudando. Tivemos alterações no dólar e no barril do petróleo. Não esperava uma redução em um intervalo tão pequeno, de aproximadamente dez dias. É uma boa notícia", ressalta o presidente do Sindiposto.Quando perguntando se há relação entre as reduções com o ano eleitoral, Andrade diz que não. "A postura da Petrobrás continua a mesma em relação a acompanhar o mercado internacional. Não acredito que seja uma questão eleitoreira. É mais uma política da empresa sendo colocada em prática e que está com o cenário favorável para a gasolina", afirma.Sobre a última alta do etanol, registrada na última semana, o empresário afirma que são movimentos naturais do mercado. "Em julho tem menos consumo. As ruas ficam mais vazias e o trânsito mais leve em função das férias escolares. Muita gente viaja. Então, o consumo cai. Os postos, para buscar clientes, baixam os preços e fazem com que as reduções sejam mais acentuadas que o esperado. A tendência é que alguns postos já estão recuperando as margens que eles haviam aberto mão e estão retornando aos seus preços normais", explica.Se há previsão de mais quedas, o presidente do Sindiposto reafirma que acredita em estabilidade, mas diz que é imprevisível. "Depende de fatores internacionais, da cotação do dólar internamente, da cotação em relação ao real e todas as movimentações. Tudo isso pode mudar do dia para a noite. Eu espero que não mude para cima, mas que a gente consiga manter essa linha descendente de preços, que é o que estamos precisando no Brasil e no cenário internacional.