Conta de energia elétrica mais alta e escalada do preço dos combustíveis de veículos são os principais responsáveis por fazer com que Goiânia alcançasse a terceira maior inflação para novembro do País. Isso é o que mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE. De acordo com o instituto, apenas a região metropolitana de Belém (PA) não teve alta da inflação (-0,03%) entre os locais pesquisados. No topo, a maior variação ocorreu em Campo Grande (MS) com 1,47%, depois em Salvador (BA), 1,42%. Em seguida, aparece a capital goiana (1,39%). Já a média brasileira do IPCA ficou em 0,95%. Com o resultado, no acumulado dos últimos doze meses, a inflação chegou a 11,01% para Goiânia, enquanto no País atingiu 10,74%. Os itens que pesaram mais na cesta de compras das famílias goianienses no mês incluem o veículo próprio, que subiu 1,99%, os combustíveis (6,51%) e a conta de luz, que teve a maior alta no Brasil (10,96%) e a mais expressiva desde novembro de 2017, quando a variação registrada foi de 14,40%. Ao todo, nos últimos 12 meses, a energia aumentou 35,06%. O maior impacto veio do reajuste tarifário anual da Enel Distribuição Goiás, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em outubro. Essa pressão fez os custos da habitação terem a oitava alta consecutiva. O botijão de gás também contribui para isso, ficou 4,24% mais caro e acumula a 15ª alta consecutiva. Se manter um carro está mais difícil, chamar um carro por aplicativo também. Novembro registrou, conforme o IBGE, alta de 10,46%, a terceira seguida. Já no grupo despesas pessoais, os subitens que concentram maior efeito da inflação foram a hospedagem (3,93%), o tratamento de animais (3,68%) e o serviço de higiene para animais (2,64%). Variação mensal de novembro do IPCA (%) Brasil0,95Variação por regiõesCampo Grande (MS)1,47Salvador (BA)1,42Goiânia (GO)1,39Curitiba (PR)1,07Fortaleza (CE)1,06Brasília (DF)1,04 Recife (PE)1,02Vitória (ES)1,01 Porto Alegre (RS)0,96Aracaju (SE)0,92 Belo Horizonte (MG) 0,92Rio de Janeiro (RJ) 0,88São Paulo (SP) 0,86Rio Branco (AC)0,82 São Luís (MA)0,73 Belém (PA)-0,03Fonte:IBGE