Após a reabertura do comércio, os confeccionistas que vendem seus produtos na Região da 44 enfrentaram muitas barreiras antes de iniciarem esta retomada, como as fortes altas e até escassez de matérias-primas importantes, como tecidos e aviamentos no mercado, o que desanimou muita gente. Para o empresário Lauro Naves, do Shopping 44, os negócios e a ocupação de espaços na região só devem retornar totalmente aos patamares anteriores à pandemia no próximo ano. “Ainda estamos vendendo 20% menos que em 2019, mas no ano que vem devemos recuperar isso”, prevê. Para ele, os números poderiam estar melhores se não fosse a grande presença de camelôs nas ruas da região. “Teríamos menos lojas fechadas e estaríamos gerando mais empregos e renda. É um local de muitas oportunidades, que exige um baixo investimento para começar”, diz. Para ajudar os lojistas que estão voltando ou chegando à região agora, o empresário conta que o shopping está dando carência de 30 dias para o pagamento. A exigência da chamada ‘taxa de luvas’ também acabou. Todos os representantes de shoppings da região lembraram que, durante a pandemia, reduziram ou até isentaram os lojistas de aluguéis e taxas de condomínio para ajudá-los durante o período de fechamento das lojas. “Todos os empreendedores da região estiveram ao lado dos lojistas para facilitar esta retomada”, garante. Agora, eles acreditam que a inflação nos preços dos produtos pode ser a principal barreira ao crescimento das vendas. “As coisas estão voltando ao normal e as contratações de trabalhadores para as vendas de fim de ano estão crescendo. A preocupação agora é com a inflação, que está corroendo o poder de compra do consumidor”, avalia o presidente da AER44, Chrystiano Câmara.