A inflação em Goiânia registrou alta de 0,81% em abril, a maior para o mês desde 2014, quando alcançou 0,84%. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira (11) pelo IBGE, mudanças nos preços dos alimentos voltaram a pressionar o indicador, assim como o encarecimento dos combustíveis. O que mais pesa na cesta de consumo dos goianienses são os transportes, que tiveram variação de 1,67% no mês. Sendo que os combustíveis se destacam com a alta acumulada de 33,14% em 12 meses. Todos tiveram aumento de preço em abril: etanol (5,84%), óleo diesel (4,21%) e gasolina (3,78%). Porém, os consumidores não tiveram de lidar apenas com esse peso. Oito dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram variação positiva. Artigos de residência tiveram quinta alta consecutiva, puxada principalmente pelas variações nos preços do refrigerador (4,29%), móvel para sala (3,81%), ar-condicionado (3,48%) e computador pessoal (3,33%). DestaquesO vestuário é outro grupo de destaque. As roupas femininas e masculinas ficaram mais caras no mês, 3,33% e 2,73%, respectivamente.Enquanto saúde e cuidados pessoais tiveram crescimento de 1,85%, especialmente por causa dos preços de produtos farmacêuticos,que estão com alta acumulada de 10,89% em 12 meses. No caso dos alimentos, os goianienses tiveram de lidar em abril com o quinto aumento seguido. A alta foi de 1,82%. Entre o que ficou mais caro estão batata-inglesa (16,56%), leite longa vida (11,02%) e macarrão (8,94%). Há itens que tiveram queda, como a cenoura (-14,05%), que, por outro lado, acumula crescimento no valor de 148,80% no ano. O repolho está em situação semelhante, com recuo de 7,32% no mês, mas com acúmulo de 94,30% em 2022. Entre o que ficou mais barato, a energia elétrica teve redução no valor pela primeira vez no ano (-10,49%) – no período, foi anunciado o fim da bandeira Escassez Hídrica. Isso fez com que a habitação tivesse redução de 3,24%, a maior queda para esse grupo de consumo entre todos os locais pesquisados pelo IBGE. Apesar da inflação em alta, Goiânia apresentou a segunda menor variação do IPCA no Brasil. A média nacional do IPCA chegou a 1,06% – o maior resultado para abril desde 1996 (1,26%) –. Todas os locais pesquisados pelo IBGE tiveram variação positiva e a maior foi encontrada na região metropolitana do Rio de Janeiro (1,39%). IPCA em Goiânia Variação registrada no mês de abril Índice geral: 0,81%Alimentação e bebidas:1,82%Habitação:-3,35%Artigos de residência:2,24%Vestuário: 2,06% Transportes: 1,67%Saúde e cuidados pessoais: 1,85%Despesas pessoais: 0,97%Educação: 0,17%Comunicação: 0,09%Leia também: - Mesmo com inflação em alta, vestuário e calçados puxam vendas do comércio em Goiás- Indústria tem recuo na produção em Goiás, aponta IBGE- Goianienses têm mais dívidas com bancos, mostra pesquisa do SPC