A variante ômicron do coronavírus derrubou bolsas de valores pelo mundo. Mas após sinais de que a cepa pode ser menos letal do que outras, a inflação persiste como o efeito mais preocupante para as finanças, dizem analistas, para os quais diversificação e cautela serão palavras frequentes no vocabulário de quem pretende se preparar para um ano que promete muita volatilidade.Ativos imobiliários são apostas do gestor em períodos de instabilidade. “Entre os ativos reais, os imobiliários estão muito descontados e, ao mesmo tempo, tendem ao bom desempenho em ambientes de crescimento econômico ou quando a taxa de juros para de subir”, diz o economista-chefe da Integral Group, Daniel Miraglia.Oscilações no câmbio também são mais do que esperadas em 2022. Na composição da carteira, ativos ligados a moedas fortes serão um trunfo. “Sugiro ao menos duas, mas o ideal é ter três: dólar, euro e iene.”Chefe de economia da Rico, Rachel de Sá, destaca ações de empresas ligadas ao setor de commodities. Essas companhias “podem ser ótimas alternativas para uma carteira diversificada.”Investidores avessos a oscilações podem destinar até 90% da carteira para ativos de renda fixa, aconselha o sócio da Fatorial Investimentos, Jansen Costa. “A oscilação é o que está matando os investidores, mas com os juros chegando a dois dígitos, o conservador vai ganhar dinheiro”, diz Costa.