As interdições em rodovias pelo País impactaram a vinda de excursões para a Região da 44 e teriam afetado, principalmente, ônibus vindos dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. O presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), Lauro Naves, estima que quase 200 ônibus podem ter cancelado as excursões por medo de ficarem retidos nos bloqueios. “Estimamos que, a cada semana que essas caravanas de compras deixam de vir para Goiânia, haja um prejuízo de aproximadamente R$ 100 milhões para nossa região”, afirma.Lauro informa que há várias reclamações de donos e gerentes de hotéis na região, que estão tendo cancelamento de caravanas de ônibus previstas para vir de várias partes do País. “Só na quarta-feira, tivemos 60% das caravanas previstas para esta semana canceladas”, revela Galileu Pereira, gerente do Hotel Mega Moda, um dos maiores no polo de moda. O presidente da AER44 lembra que o problema ocorre, justamente, na época de maior movimento de compradores, no fim de ano, e que a situação tem causado apreensão nos mais de 15 mil lojistas.Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Estado de Goiás (Sindilojas-GO), Cristiano Caixeta, o comércio ainda não foi afetado porque trabalha com pedidos feitos com, pelo menos, uma semana de antecedência. Mas, segundo ele, se as interdições continuarem, pode haver um acúmulo de entregas de produtos, já que estão sendo feitos pedidos para a Black Friday. “Os pedidos para o Natal começam a ser despachados no fim do mês, mas podemos ter algum atraso com as mercadorias recebidas para a Black Friday, pois algumas ainda estão chegando”, alerta Cristiano.Leia também:- Bloqueios em rodovias impactam indústria de remédios e polo de confecções em Goiás- Ceasa pode ter problemas de abastecimento em Goiás- Interdições já impactam diferentes setores em GoiásO presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Gilberto Soares, informa que as lojas tiveram apenas alguns atrasos pontuais de entregas, mas sem nenhuma ruptura no abastecimento. “Um carregamento de batatas e cebolas, por exemplo, vindo de Cristalina, teve alguns contratempos, mas nada que afetasse a oferta. Os bloqueios foram mais maleáveis com produtos perecíveis”.O secretário de Indústria e Comércio do Estado, Joel Braga, confirma ter recebido informações de que algumas indústrias de frangos tiveram problemas pontuais para recebimento de matérias-primas, como as aves. “Mas, como tivemos um desbloqueio rápido em Goiás, não chegamos a ter grandes prejuízos”, afirma o secretário.