Os responsáveis por crianças em idade escolar precisam redobrar a atenção na hora de comprar materiais para as aulas. Isso porque uma pesquisa do Procon Goiás apontou que o preço dos itens pode ter variação de até 460% nas papelarias de Goiânia.Segundo o órgão, o levantamento foi feito com 127 itens que fazem parte da lista de material escolar, pesquisados em 14 (quatorze) papelarias de Goiânia, de 13 a 23 de dezembro de 2021. Todos os produtos cujos preços são comparados, são considerados produtos idênticos, de mesma marca, modelo e tamanho.A maior diferença proporcional foi encontrada na borracha branca nº 20 da marca Mercur. Com variação de 460%, ela poderia ser encontrada de R$0,50 a R$2,80.Conforme o Procon, individualmente, alguns itens registraram aumento médio anual de até 41,38%. É o caso, por exemplo, do lápis de cor grande, da marca Faber Castell, cujo preço subiu de R$42,22 em 2021 para R$ 59,69 em 2022.No geral, o aumento médio anual dos materiais escolares ficou em 8,71%. Alguns produtos registraram redução do preço como a caneta esferográfica modelo Cristal, da marca Bic (de R$ 1,50 em 2021 para R$ 1,13 em 2022) – queda de 24,41%. Abusos na lista de material escolarCom o retorno presencial às escolas, a lista de materiais será um pouco maior que a do ano passado. Por isso, avalie a possibilidade de reaproveitar alguns itens. Solicite junto à escola a relação dos itens que restaram do ano letivo anterior e avalie a possibilidade de reaproveitá-los, como tesouras, caixa de lápis de cor, canetas, etc, antes de sair às compras.O valor da mensalidade escolar é definido pela escola com base na planilha de custos, na qual já estão inclusas todas as despesas de custeio, ou seja, os materiais de uso coletivo. Desta forma, quando a escola inclui alguns desses itens de uso coletivo (como papel higiênico) que não serão utilizados no processo didático pedagógico, configura prática abusiva, pois onera excessivamente o consumidor.O Procon orienta que, quando surgir dúvida sobre algum item, questione junto à escola pra qual finalidade será utilizado. Por exemplo, há casos em que uma pequena quantidade de copos descartáveis ou pequena quantidade de papel higiênico, seja utilizada para trabalhos de arte com colagem e pintura, e não necessariamente para uso pessoal coletivo.Vale lembrar que a escola também não pode exigir marca, modelo ou determinar o local da compra do material escolar. Cabe aos pais adquirirem os produtos nos estabelecimentos de sua preferência.O Procon também lembra que o consumidor pode, caso queira, adquirir somente os produtos que serão utilizados no primeiro semestre do ano letivo e, posteriormente, quando a demanda diminuir, poderá adquirir o restante do material.-Imagem (1.2381344)-Imagem (1.2381346)