Com as altas taxas de juros, as solicitações dos empresários acabam não se concretizando e o FCO Rural fica com a maior parte dos recursos. O secretário da Retomada, César Moura, reconhece que os juros para o setor empresarial foram elevados a patamares considerados ‘absurdos’, devido a uma fórmula ainda no governo Michel Temer. Mas, segundo ele, o que mais prejudica é a lenta discussão de garantias exigidas pelo Banco do Brasil. “Já fizemos audiência pública e ações com deputados federais e a pressão foi grande. Esperamos que no final do ano saia uma portaria do Conselho Monetário Nacional permitindo ao Empresarial o mesmo que no Rural: optar pelo juro fixo e não passar mais por este problema”, informa. Enquanto a taxa fixa seria de cerca de 7,5% ao ano, na fórmula adotada atualmente ela ultrapassa os 23%. Já no FCO Rural, os juros oscilam entre 5,36% e 7,14% ao ano. O teto dos empréstimos para investimentos é de R$ 20 milhões por tomador, inclusive para grupo empresarial ou agropecuário, cooperativa ou associação de produtores rurais. Para projetos considerados de alta relevância e estruturantes, o teto máximo é de até R$ 100 milhões. Em nota, o Banco do Brasil diz que está representado pelo apoio histórico ao agronegócio, com carteira de crédito agro ampliada de R$ 225,8 bilhões em 2021, alta de mais de 18,5%. “Como principal parceiro do setor, o banco busca desenvolver soluções digitais para simplificar os fluxos operacionais e tornar o processo de crédito mais ágil e seguro, considerando as necessidades dos clientes e seguindo rigorosamente todas as prerrogativas do Manual de Crédito Rural”, disse.