Vale lembrar que o pequizeiro é uma planta protegida por lei e que não pode ser arrancada. Com a safra atual no início, ainda é difícil prever como será o desempenho da extração este ano em Goiás, que depende muito do desempenho do clima em alguns momentos.Para o superintendente de Produção Rural Sustentável da Seapa, Donalvam Maia, a aceleração da extração nos últimos anos também foi consequência do aumento da demanda na Ceasa. Ele lembra que a extração e produção de derivados de pequi geram cada vez mais renda extra para a agricultura familiar, além de ser uma opção de atividade sustentável, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Noroeste do estado, que mais carecem de políticas de desenvolvimento. “A cada dia, mais produtos derivados do fruto também ganham espaço no mercado”, destaca. Por isso, há mais de 10 anos a Emater desenvolve um trabalho de melhoramento genético do fruto e conta com o maior banco de germoplasma de pequi do mundo, com mais de mil pés plantados na estação experimental, visando melhorar cada vez mais a produção para a agricultura familiar no Estado.Outro trabalho da Emater é incentivar a fabricação e a venda de derivados junto a pequenos produtores rurais, para incrementar a geração de renda nas propriedades. “O fruto ajuda muito a movimentar a economia nas principais regiões produtoras, que são justamente o foco de políticas de desenvolvimento regional do governo estadual, por abrigarem municípios mais carentes”, afirma Donalvam.