Com a retomada do turismo de negócios e eventos, o crescimento da procura por imóveis destinados à locação para curtas e longas estadias (shortstay ou longstay) em Goiânia ampliou as formas de gestão para estes empreendimentos. Hoje, os proprietários já contam com os serviços de empresas especializadas na completa administração destas unidades de hospedagem e não precisam se preocupar com absolutamente nada, desde o enxoval até a divulgação no mercado.A zootecnista e empresária Danielle Curado é proprietária de um apartamento no Setor Oeste, que por muito tempo esteve sob administração de um pool hoteleiro, também chamado de pool de locação, que é a exploração coletiva de unidades imobiliárias. Neste sistema, os donos dos imóveis transferem a gestão para uma administradora de hotéis. Mas a rentabilidade não era satisfatória e ela resolveu gerir por conta própria, mas acabou cansada de ter de lidar com os velhos problemas do mercado de locações.“Muita gente pensa que gerir o próprio negócio reduz o custo, mas isso não é verdade. A cada entrada e saída de hóspedes, eu tinha que me preocupar com itens como enxoval, manutenção de equipamentos, parte elétrica e hidráulica e com a limpeza”, lembra Danielle. Tudo isso tomava muito tempo e consumia recursos, reduzindo ainda mais a rentabilidade.Leia também:- Em Goiânia, impostos municipais agora podem ser parcelados em até 12 vezes no cartão de crédito- Investidor busca referência de sustentabilidadeA empresária garante que os problemas acabaram quando ela contratou uma empresa especializada em gestão, que cobra de 15% a 20% sobre o valor da locação, dependendo do número de hospedagens e da forma do contrato. “Hoje, não preciso mais me preocupar com nada e minha rentabilidade praticamente dobrou. É o sistema de hospedagem do futuro”, diz.A empresa goiana contratada por Danielle há 10 meses foi a Stay, especializada em soluções para problemas de hospedagens tradicionais. A head de hospitalidade, vendas e marketing da Stay, Vanessa Pires Morales, diz que a proposta é conectar pessoas a lugares com mais facilidade, com a possibilidade de hospedagem shortstay ou longstay, que pode chegar aos 90 dias, com possibilidade de renovação do contrato. Além de cuidar da parte operacional, como limpeza, manutenção, patrimônio e enxoval, a empresa também faz as vendas, com distribuição de omnichannel, precificação inteligente e do marketing com posicionamento on-line. A empresa pode ser contratada para fazer desde a decoração do imóvel. “A locação exige uma manutenção constante, como limpeza e lavanderia, além do atendimento de demandas específicas dos hóspedes”, lembra Vanessa. Segundo ela, o crescimento do mercado imobiliário e da demanda por locações para menor tempo na capital, com a retomada do turismo de negócios e eventos, trouxe novas oportunidades. Além disso, Goiânia se tornou alvo de investidores ao ser a capital com maior valorização imobiliária este ano. A empresa atua em dois modelos de negócio: em locações para unidades em hotéis ou de imóveis de proprietários autônomos, além trabalhar com desenvolvimento de produtos. “Goiânia teve um boom de lançamentos compactos, muito procurados por investidores para locação”, destaca a executiva. Mas as imobiliárias oferecem contratos complexos, com exigência de fiadores e cláusulas de rescisão, o que não agrada a todos locadores e locatários, por causa da maior burocracia.Vanessa garante que a rentabilidade também é mais de 100% maior que na locação tradicional. “Um apartamento que proporciona uma renda mensal de R$ 1,5 mil mensais, na curta temporada por render cerca de R$ 3,3 mil”, destaca. Além de turistas, estes imóveis também são procurados por pessoas da própria cidade que estão reformando suas casas. “Durante a pandemia, recebemos até hóspedes que estavam em quarentena com Covid”, lembra.-Imagem (1.2480249)