O volume do setor de serviços em Goiás praticamente se manteve estável em novembro de 2021, na comparação com outubro, com recuo de 0,2%, informou nesta quinta-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em sentido oposto, o setor de serviços cresceu 2,4% no Brasil. A alta nacional veio após dois meses consecutivos de queda. E o resultado ficou acima das expectativas do mercado financeiro. O setor de serviços envolve uma grande variedade de negócios, desde bares e restaurantes até instituições financeiras, de tecnologia e de ensino. Também é o principal empregador no País. Em Goiás, entre as atividades pesquisadas, o destaque foi o de serviços prestados às famílias, que registrou um crescimento de 12,7%, sendo a oitava alta seguida. Com essa série de crescimentos, a atividade realiza maior volume de serviços que realizava antes da pandemia de Covid-19, estando 11,4% acima do patamar de fevereiro de 2020. A atividade apresenta um acumulado de 37,9% no ano e de 31,9% nos últimos 12 meses.Brasil Nacionalmente, quatro das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE avançaram em novembro, frente a outubro.Segundo o instituto, o destaque veio de serviços de informação e comunicação (5,4%), que recuperaram a perda de 2,9% verificada nos dois meses anteriores. A atividade está em patamar 13,7% acima do verificado em fevereiro de 2020.O segundo impacto positivo em novembro veio da atividade de transportes, que cresceu 1,8% e praticamente recuperou a perda de 1,9% entre setembro e outubro. A atividade opera 7,2% acima de fevereiro de 2020.Já os serviços prestados às famílias subiram 2,8%. Esse ramo reúne empresas bastante impactadas pelas restrições na pandemia, como bares, restaurantes e hotéis. Os serviços prestados às famílias, contudo, ainda estão 11,8% abaixo de fevereiro de 2020.A atividade de outros serviços, por sua vez, cresceu 2,9% em novembro, recuperando apenas uma parte da queda de 12,6% entre setembro e outubro. Já os serviços profissionais, administrativos e complementares amargaram a quarta taxa negativa seguida, de 0,3%.Ao longo da pandemia, a prestação de serviços diversos sofreu um choque no país. O baque ocorreu porque o segmento reúne atividades dependentes da circulação de clientes, que despencou após a adoção de restrições para conter a Covid-19.O que amenizou o tombo nas primeiras ondas da pandemia foi o avanço de serviços ligados à tecnologia. Essas atividades tiveram demanda aquecida no período de isolamento social.No segundo semestre de 2021, as atividades de caráter presencial passaram a apostar em uma melhora dos negócios devido ao impulso da vacinação contra a Covid-19 e da reabertura da economia.Porém, a recuperação tem sido ameaçada pelo cenário de escalada da inflação, juros mais altos e renda fragilizada. Em conjunto, esses fatores diminuem o poder de compra dos consumidores. Outra ameaça é a variante ômicron, apontada como responsável pelo novo avanço da Covid-19 no Brasil.