O diretor do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Alexandre Sampaio, prevê uma queda de 30% na ocupação e no faturamento dos hotéis dos principais destinos do carnaval no Brasil, principalmente por causa da suspensão das festas de rua. Com a proibição do carnaval de rua e a capacidade dos hotéis limitada em 50%, o movimento de turistas em Aruanã é maior entre aqueles que possuem casas de veraneio na cidade. “Os hotéis estão contabilizando muito prejuízo desde o início da pandemia”, destaca a secretária de Turismo da cidade, Priscilla Godoy. Isso, segundo ela, afeta a movimentação econômica no comércio em geral, como bares, restaurantes e supermercados. “O carnaval era o período de maior movimento na cidade, fora o período de temporada do Araguaia. Os empresários estão lamentando muito esta situação”, destaca. Para tentar reduzir os prejuízos, a cidade passou a investir mais no turismo de pesca esportiva.Em Pirenópolis, outro destino turístico com grande tradição no carnaval, está proibida a sonorização automotiva e caixas som portáteis no centro histórico, além da circulação com coolers, caixas de isopor, garrafas ou recipientes de vidro. A secretária de Turismo Vanessa Leal também confirma que o turismo tem sido muito afetado pela pandemia. Mas ela reconhece que para haja uma retomada segura das atividades, além dos protocolos de segurança, foi necessário tomar medidas protetivas da comunidade e dos turistas, como a decisão de não realizar eventos públicos e nem emitir alvarás para eventos carnavalescos particulares. Vanessa lembra que a gestão pública municipal estará atuando na orientação e prevenção de problemas durante o feriado. “Tudo tem sido pensado para conciliar o pleno funcionamento das atividades turísticas e evitar aumento de contaminações”, destaca.Em Alto Paraíso, estão proibidos shows públicos e as festas privadas só podem durar até às 2 da manhã neste feriado. Mas o vice-prefeito Fernando Couto acredita que a economia da cidade não seja tão afetada pelas restrições, por se tratar de um destino mais voltado para o turismo de natureza para descanso. Não há limitação para ocupação de hotéis e pousadas, que são de menor porte e já comportam poucas pessoas. “É um turismo mais seguro e sem risco de contaminação, feito em espaços abertos junto à natureza.”