A Associação dos Produtores de Soja, Milho e Outros Grãos Agrícolas (Aprosoja) alertou, no início da safra 2021-2022, que a falta ou não aplicação de insumos no momento adequado do plantio de soja e milho pode comprometer a produção, reduzindo o volume e a qualidade dos grãos. A agrônoma Daniela Rezio, diretora administrativa e conselheira do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-GO) e gerente da Agrodefesa, explica que os problemas com a disponibilidade de insumos provocam atrasos da semeadura à colheita, além de prejudicarem o cumprimento de medidas legislativas para prevenção e controle de pragas e doenças. “Isso pode elevar o custo de produção e afetar a economia agrícola do Estado”, alerta agrônoma. Segundo ela, o cronograma da lavoura pode ser comprometido, afetando o ciclo do plantio. O reflexo chegará ao mercado se houver atraso na comercialização dos grãos, afetando todos os envolvidos na cadeia do agronegócio. “Isso atrasa os tratos culturais, o controle para prevenção de pragas e, por fim, compromete o mercado financeiro do agronegócio.”Para o produtor Adriano Barzotto, diretor da Aprosoja, a preocupação é que empresas estejam segurando produtos para ganhar em cima da dificuldade da cadeia de suprimentos do agronegócio, que enfrenta problemas no mundo todo”. Além das dificuldades de abastecimento provocadas pela pandemia, hoje há uma falta de navios por conta de uma mudança na legislação ambiental sobre emissão de CO2, que tirou vários cargueiros de operação e dificultou ainda mais o transporte de matérias-primas vindas da Ásia.A reportagem procurou a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), mas não obteve resposta.