Um dos segmentos mais impactados pela pandemia, o mercado fitness vive uma retomada dos negócios em 2022, com um incremento do número de alunos e de faturamento das academias. Para atender este aumento da demanda, muitas estão ampliando instalações e modernizando e aumentando o número de equipamentos. Mas alguns hábitos adquiridos durante as medidas de isolamento, como o de se exercitar em casa, também estão contribuindo para o reaquecimento deste mercado. Houve uma disparada na venda destes equipamentos para academias de condomínios e de residências particulares. Um levantamento feito pela Tecnofit, uma das maiores plataformas de gestão fitness do Brasil, para compreender os impactos da pandemia e visualizar as perspectivas de retomada, mostrou que, este ano, o número de alunos nas academias já está 17% maior que em 2019. Na comparação com 2021, o crescimento é de 34%. O Life Fitness Experience Road Show, evento do setor realizado recentemente em Goiânia, movimentou R$ 20 milhões em negócios. Curiosamente, um dos fatores de propulsão deste mercado fitness em Goiás tem sido o crescimento do mercado imobiliário. O empresário Tiago Mello, responsável pela venda e distribuição de equipamentos de academia da Life Fitness na região Centro-Oeste, conta que o mercado de academias para condomínios, que antes da pandemia representava apenas 25% dos negócios da empresa, passou a responder por 65% das vendas de equipamentos. Ele lembra que a chegada da pandemia chegou a paralisar 60% dos negócios da empresa em 2020. “O que segurou os 40% restantes foi o crescimento das vendas para o mercado de residências, com as pessoas se exercitando mais em casa”, destaca o empresário. Em 2021, o mercado voltou a crescer com o aumento do número de projetos de academias em condomínios horizontais e verticais, que chegaram a equivaler a 85% do mercado de 2019, e também com a volta gradual das academias tradicionais. AmpliaçõesCom a volta dos alunos aos treinos, Tiago conta que muitas academias também têm ampliado suas instalações, aberto novas unidades e renovado seus equipamentos. Para este ano, a expectativa da Life Fitness é mais que triplicar o faturamento em relação ao ano passado na região, que deve atingir os R$ 20 milhões, principalmente por conta da volta das licitações do setor público.Um bom exemplo é o da Punk Crossfit, que este ano mudou as instalações de uma de suas academias para outro espaço bem maior e renovou os equipamentos de musculação de outra unidade, localizada no Setor Marista. O sócio proprietário, Ricardo Prudente, informa que os investimentos somaram cerca de R$ 500 mil este ano, visando atrair mais alunos. “Depois de ficarmos muito tempo fechados por causa da pandemia, estamos acreditando muito neste mercado hoje, pois as pessoas estão mais preocupadas com a saúde e qualidade de vida. Passaram a dar mais valor a isso”, justifica o empresário. Ele conta que uma das unidades já está com 50% mais alunos que antes da pandemia. Em outra, o incremento é de 20%.AmpliaçõesCom a volta dos alunos aos treinos, Tiago conta que muitas academias também têm ampliado suas instalações, aberto novas unidades e renovado seus equipamentos. Para este ano, a expectativa da Life Fitness é mais que triplicar o faturamento em relação ao ano passado na região, que deve atingir os R$ 20 milhões, principalmente por conta da volta das licitações do setor público.Um bom exemplo é o da Punk Crossfit, que este ano mudou as instalações de uma de suas academias para outro espaço bem maior e renovou os equipamentos de musculação de outra unidade, localizada no Setor Marista. O sócio proprietário, Ricardo Prudente, informa que os investimentos somaram cerca de R$ 500 mil este ano, visando atrair mais alunos.“Depois de ficarmos muito tempo fechados por causa da pandemia, estamos acreditando muito neste mercado hoje, pois as pessoas estão mais preocupadas com a saúde e qualidade de vida. Passaram a dar mais valor a isso”, justifica o empresário. Ele conta que uma das unidades já está com 50% mais alunos que antes da pandemia. Em outra, o incremento é de 20%.CondomíniosMas o maior mercado hoje vem dos empreendimentos imobiliários, com as construtoras ampliando os espaços para academias em seus projetos. Tiago Mello ressalta que, hoje, os compradores de imóveis de médio e alto padrão estão muito mais exigentes quanto à qualidade dos equipamentos para musculação disponíveis nos condomínios. Segundo ele, eles querem os mesmos equipamentos de qualquer academia tradicional que costumavam frequentar. “Só com uma incorporadora, fechamos a montagem de seis academias até 2025”, destaca.Somente este ano, a empresa entregou 18 academias em Goiânia. Considerando todo Centro-Oeste, já foram quase 30. “Goiás é hoje o mercado mais aquecido na região por causa da força do agronegócio”, avalia Tiago. A empresa também teve um crescimento bem expressivo do número de academias instaladas em fazendas goianas e mato-grossenses, seja na casa principal ou em instalações construídas para abrigar hóspedes compradores de safras de uma forma mais confortável.“Estamos montando megaestruturas em fazendas de Goiás e do Mato Grosso. Tivemos investimentos de até R$ 1 milhão em equipamentos. Por isso, já estamos pensando até em participar de feiras do agronegócio”, informa o empresário. Para ele, este é um legado da pandemia, quando as pessoas se acostumaram com o conforto e a comodidade de malhar em casa, sem precisarem se deslocar no trânsito, e onde podem ter um maior controle da segurança sanitária.Nos condomínios, boas academias se tornaram um dos itens essenciais na decisão de compra dos futuros moradores. Para a gerente de Projetos da Brasal Incorporações, a arquiteta Lia Galera, estes espaços para treinos ganharam um novo significado para o mercado imobiliário. “Hoje, o cliente é bem exigente em relação ao bem-estar, cuidados com a saúde e qualidade de vida, por isso tem dado mais valor aos espaços que proporcionam isso”, destaca.Com a pandemia, ela lembra que as pessoas também passaram a valorizar mais as academias dentro de casa, querem espaços maiores para seus treinos e equipamentos de alta qualidade. Por isso, hoje a incorporadora contrata uma consultoria especializada para fazer os projetos das academias instaladas em seus condomínios. “Antes, era o próprio arquiteto quem fazia este projeto”, lembra.Segundo Lia, entre os aspectos considerados, estão o número de equipamentos em relação à previsão do número total de moradores e o espaço necessário para abrigar isso com todo conforto. “Hoje, eles querem um circuito completo, que inclui academia, piscina, sauna e até espaços para descanso”, explica a gerente. Ela conta que o investimento necessário para equipar uma boa academia dentro de um condomínio de alto padrão já fica entre R$ 500 mil e R$ 600 mil, o que impacta muito no custo final da obra. ‘É um valor bem alto, mas não tem mais como fugir disso”, garante a arquiteta.Leia também: - Trabalhadores, maioria mulheres, pedem jornada menor e salário igual para cuidar de filhos- Qatar faz abertura pregando inclusão e diversidade- Copa do Mundo: goianos viajam ao Catar na torcida pelo hexa-Imagem (Image_1.2563541)