Um grupo de 150 trabalhadores da mina de amianto Cana Brava, da Sama Minerações, em Minaçu, no Norte do Estado, fizeram manifestações ontem, em Brasília, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria Geral da República (PGR). Eles cobram decisão mais rápida sobre pedido de efeito suspensivo visando à continuidade da produção até o julgamento dos embargos de declaração, apresentados por entidades representativas do setor que pedem o fechamento modular da mina no prazo de dez anos.Representantes do grupo foram recebidos na PGR, porém, a reunião terminou sem datas definidas para que o parecer seja enviado para decisão no STF. A PGR está ouvindo vários envolvidos no caso antes de se manifestar, explicou a assessoria do órgão. Um dos manifestantes, Silvano Pereira de Azevedo, mecânico de manutenção industrial, há mais de 21 anos funcionário da Sama, descreve como insustentável a situação. “Estamos sem remuneração há 45 dias.” Eles temem que a empresa, sem condições de produzir há mais de dois meses, perca seus contratos de exportação e decrete falência. “Queremos um fechamento programado, que permita manter postos de trabalho, com responsabilidade social. Se fechar de uma vez, como fica?”, questiona Silvano.Rosa WeberNo dia 26 de fevereiro, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, participou de audiência pública na Câmara Municipal, marcada pelo senador Vanderlan Cardoso (PP) e reunindo cerca de 4 mil pessoas. Após a reunião, a ministra afirmou que, assim que recebesse para análise o parecer da PGR, daria sua decisão o mais rápido possível, estimando prazo até 7 de março. Até ontem, porém, o parecer da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 3470, e da Adin 3406, apensada a ela, ainda permanecia na PGR.