Panorama do potencial de trabalho remoto no País mostra que uma em cada cinco pessoas poderia trabalhar remotamente em Goiás. Isso é o que revela o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), responsável pelo estudo divulgado nesta sexta-feira (27). De acordo com a análise, 623,9 mil pessoas encontram-se em ocupações que são passíveis de serem realizadas de forma remota. Isso representa 20,30% do total de ocupados no Estado, um porcentual inferior à média nacional (24,1%). No Brasil, o teletrabalho poderia ser desempenhado por 20,4 milhões. No ranking, o potencial goiano é o 16º entre os Estados. Na liderança, aparece o Distrito Federal (37,8%) e o Rio de Janeiro (31,9%). Segundo a análise, há predomínio das mulheres nesse potencial. Elas representam 60,92%. Além disso, o perfil da maioria desses trabalhadores é de pessoas com nível superior completo ou pós-graduação (60%) e na faixa etária entre 20 e 49 anos (75,8%). Dados Os dados para analisar esse potencial foram retirados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, de 2021. De acordo com o Ipea, o levantamento considera aqueles que poderiam trabalhar de forma remota, mas não há quantidade de pessoas que já trabalham dessa maneira. Por outro lado, especialistas acreditam que o porcentual é bem inferior ao potencial apresentado pelo panorama. Quando se observa regiões metropolitanas, o cenário é mais favorável para esse modelo de trabalho. O estudo mostra que, no caso de Goiânia, o porcentual sobe para 24,6%. Com isso, há melhor colocação também no ranking nacional. A capital goiana é a 12° com maior potencial. Entre as regiões metropolitanas a de Florianópolis lidera com 40,4% de pessoas que poderiam estar em teletrabalho. Teletrabalho potencialVeja as características dos trabalhadores que poderiam estar em regime remoto em Goiás Número de pessoas que poderiam trabalhar remotamente 623.936 (20,30%) Homens: 243.821Mulheres: 380.115Distribuição por escolaridade Sem instrução ou fundamental incompleto: 4,4%Fundamental completo ou médio incompleto: 4,4%Médio completo ou superior incompleto: 31,2% Superior completo ou pós-graduação: 60%Distribuição por faixa etária 14 a 19 anos: 1,80 %20 a 29 anos: 23,60%30 a 39 anos: 25,70%40 a 49 anos: 26,50%50 a 59 anos: 14,90%60 a 69 anos: 6,40%70 ou mais: 1%Fonte: Ipea Leia também: -Taxa de desemprego fica estável, em Goiás-Maioria das empresas diz que home office não afeta produtividade, aponta FGV-Trabalhar em casa exige planejamento para unir decoração e conforto