Os sete árbitros e assistentes goianos que estão em atividade nos jogos da Série A passaram por treinos em campo, entre os dias 2 e 5 de agosto, durante a pausa de jogos das competições nacionais. No Rio, eles integram a equipe de 95 profissionais do quadro da CBF que trabalharam sob olhares e orientações do presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme.A iniciativa partiu da CBF, que aproveitou para treinar os profissionais. A confederação utilizou as instalações de um clube da Aeronáutica no Rio para capacitar árbitros, auxiliares e árbitros de vídeo. A atividade surgiu como forma de “resposta” em meio à crise que a arbitragem brasileira passa.Leia também:+ Polícia Civil divulga imagem de suspeito de injúria racial contra o volante Fellipe Bastos“É uma iniciativa muito útil. Estamos no meio da temporada, mas com muitos erros. É uma oportunidade para alinhar conceitos, decisões e comunicação entre árbitros e árbitros de vídeo. Acredito que a resposta virá nas próximas rodadas (do Brasileirão) com melhora na arbitragem, é isso que esperamos para a sequência da temporada”, avaliou o secretário da comissão de arbitragem de Goiás, Cleiber Elias.Os árbitros Wilton Pereira Sampaio, Jefferson Ferreira, Eduardo Tomaz, André Castro e Elmo Rezende, além dos assistentes Bruno Pires e Fabrício Villarinho, estiveram nos treinamentos como representantes da Federação Goiana de Futebol.Todos participaram de treinamentos que envolveram simulações de lances, como marcação de pênaltis, toques da bola na mão, expulsões, uso do VAR em uma cabine montada no local e revisão de lances em vídeos. O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Wilson Seneme, participou de tudo.“A linha do Seneme é essa, de tentar fazer uma única comunicação entre todos. O árbitro de campo pode tomar mais decisões e ser só orientado pelo VAR em casos de erros claros. Não dá para usar o VAR como se fosse a procura de pelo em ovo. Tenho certeza que, depois desse treinamento, mais decisões em campo serão feitas e teremos ajustes nos conceitos”, completou Cleiber Elias.Uma das principais reclamações de jogadores, técnicos e dirigentes é sobre tomadas de decisões em lances similares. O Goiás, por exemplo, reclamou recentemente que um pênalti foi marcado contra ele no empate (3 a 3) com o São Paulo, mas que uma jogada similar não teve o mesmo desfecho para o time esmeraldino na derrota (3 a 2) para o Fluminense. Nos dois lances, a bola bate na mão de um defensor dentro da área.“Os treinos também foram feitos para ter esse ajuste de conceitos. Não dá para tomar uma decisão em um jogo e, em outra partida, uma jogada similar ou igual ter outra decisão”, concluiu Cleiber Elias.Neste final de semana, dois profissionais da arbitragem goiana estão escalados para jogos da Série A. O árbitro Wilton Pereira Sampaio será auxiliado pelo assistente Bruno Pires no jogo entre Avaí e Corinthians, neste sábado (6), pela 21ª rodada do Brasileirão.