-Imagem (Image_1.2483664)Uma geração de jogadores precisou criar memórias do penta do Brasil, que completou 20 anos nesta semana, por meio de vídeos e experiências que outras pessoas presenciaram na época da Copa do Mundo da Coreia do Sul e Japão. Isso ocorre porque muitos jovens, hoje com 20 anos, tinham poucos meses de vida quando o ex-lateral Cafu levantou o troféu do último mundial conquistado pela seleção brasileira.Na semana em que foram celebrados os 20 anos do penta, o POPULAR conversou com atletas da base dos clubes goianos nascidos em 2002, ano em que o Brasil conquistou seu último Mundial.Histórias contadas por parentes e a curiosidade em saber como foram os gols, as partidas e quem foram os craques da Copa do Mundo de 2002 ajudaram jogadores de 20 anos, que já atuam nas equipes profissionais ou estão na última categoria de base do futebol brasileiro, a conheceram mais sobre o penta.Alguns atletas de 20 anos dos três principais clubes goianos, como Juan (lateral esquerdo) e Pedro (atacante) que atuam no profissional do Goiás, Gabriel Vitor, goleiro do time sub-20 do Vila Nova, e Léo, goleiro do sub-20 do Atlético-GO, tinham meses de vida ou nem tinham nascido quando o ex-atacante Ronaldo marcou duas vezes contra a Alemanha no dia 30 de junho de 2002.Leia também:+ Toque goiano no caminho do penta+ "(O penta) significa tudo na minha carreira", diz Luizão ao POPULAR+ Análise da Copa: sede dupla, novo eixo e quedas precocesFamiliares ajudaram os jogadores a conhecer um pouco sobre como foi a conquista do pentacampeonato. O atacante Ronaldo, craque do Brasil no Mundial, foi citado por pais, padrastos e tios como principal referência para os jogadores que fizeram ou fazem 20 anos em 2022.“Meu pai falava muito sobre o Ronaldo, cresci ouvindo histórias de como foram os jogos de 2002 e como ele jogou muito. Soube mais do penta por ele. Nem por vídeo eu busquei muito, mas, para o meu pai, ficou marcado talvez por ter sido no ano do meu nascimento. Ele sempre me falou também sobre o clima nas ruas nos dias de jogos”, contou o lateral esquerdo do Goiás, Juan, que tinha pouco mais de dois meses quando o Brasil foi campeão em 2002.O goleiro do time sub-20 do Vila Nova, Gabriel Vitor, sequer era nascido quando o Brasil conquistou o penta. O jogador nasceu quatro meses depois da conquista da seleção brasileira - completa 20 anos em outubro.“Cresci com meu pai comentando sobre a Copa. Ele me falou que foi uma experiência bem legal. Mais velho, procurei ver muitos vídeos. Sei que o Ronaldo Fenômeno foi o craque, mas gostava de assistir aos vídeos dos goleiros. O Dida, principalmente por causa da frieza, é até hoje minha referência”, declarou o jogador colorado, que foi campeão goiano na categoria sub-20 um dia antes (quarta-feira, 29) da data que celebrou os 20 anos do penta.Os craques do Brasil em 2002 não foram as principais inspirações dos jovens para se tornarem jogadores, mas alguns campeões do mundo na Coreia do Sul e Japão são considerados ídolos. “Até hoje, vejo vídeos do Roberto Carlos. Não existe ninguém na minha posição para ver vídeos antigos. Ver o que ele fez só comprova que é o melhor de todos os tempos na posição”, opinou o lateral esquerdo do Goiás, Juan, que também tem Guilherme Arana como referência na posição.Pedro Bahia, atacante do Goiás, é conhecido pela velocidade, explosão e dribles. “Procurei muitas imagens do Denilson. Era driblador e, como é minha característica, busquei ver para aprender um pouco. Vi muitos lances do Ronaldinho Gaúcho, mas principalmente no Barcelona”, salientou o esmeraldino, que tem nos atacantes Neymar, Richarlison e Vinícius Júnior algumas das inspirações na atual seleção brasileira.Como não viram o Brasil campeão do mundo, jogadores dos clubes goianos esperam que o cobiçado hexa seja conquistado neste ano no Catar.“Por mais que em 2002 o Brasil foi campeão e eu tinha dois meses de vida, seria legal ter na memória minha vibração vendo o Brasil campeão de novo. Em 2010, eu tinha 8 anos e chorei muito com a derrota para a Holanda nas quartas de final, aquela goleada (7 a 1 para a Alemanha) de 2014 foi difícil de superar e até hoje não entendo como a seleção de 2018 perdeu o jogo para a Bélgica pelo time que a gente tinha”, analisou o goleiro Léo, do sub-20 do Dragão.Não só jogadores dos times goianos vivem essa realidade de não ter a memória de ter visto o Brasil campeão. Alguns nomes que possivelmente vão representar a seleção brasileira no Catar eram nascidos quando Cafu ergueu o troféu de campeão, mas já declararam em entrevistas que não possuem lembranças do Mundial da Coreia do Sul e Japão.São os casos dos atacantes Vinicius Júnior e Antony, que tinham 2 anos em 2002, do meia Bruno Guimarães, que tinha 3 anos, e do jovem Rodrygo, que tinha 1 ano e seis meses no último título de Copa do Mundo da seleção brasileira.-Imagem (Image_1.2483665)